Dados da 'Missão LRO' da NASA, Mostram Que Depósitos de Gelo Lunar São Amplamente Distribuídos
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Imagem: Space Daily
No dia de ontem (04/10), a página MOON DAILY do portal Space Daily noticiou que uma nova análise da Missão Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA revelou que os depósitos de gelo lunar são mais disseminados do que se acreditava anteriormente. Essas reservas de gelo podem servir como recursos críticos para futuras missões lunares, fornecendo água para proteção contra radiação, consumo humano e para a produção de combustível e ar respirável.
De acordo com a nota do portal, estudos anteriores haviam detectado gelo nas regiões permanentemente sombreadas (PSRs) próximas ao Polo Sul lunar, incluindo crateras como Cabeus, Haworth, Shoemaker e Faustini. No entanto, a pesquisa mais recente mostra que o gelo se estende além dessas áreas. "Encontramos evidências generalizadas de gelo de água dentro dos PSRs fora do Polo Sul, até pelo menos 77 graus de latitude sul", disse o Dr. Timothy P. McClanahan, do Goddard Space Flight Center da NASA, autor principal do estudo publicado no 'Planetary Science Journal'.
O estudo fornece novos mapas e insights sobre as condições da superfície, ajudando os planejadores de missões a localizar e priorizar áreas para exploração. "Nosso modelo e análise mostram que as maiores concentrações de gelo são esperadas perto das localizações mais frias dos PSRs, abaixo de 75 Kelvin, e perto da base das encostas voltadas para o polo dos PSRs", acrescentou McClanahan.
No entanto, determinar com precisão o volume dos depósitos de gelo ou se estão enterrados sob o regolito continua sendo um desafio. "Esperamos que, para cada superfície de 1,2 jardas quadradas acima desses depósitos, haja pelo menos cerca de cinco quarts de gelo dentro dos primeiros 3,3 pés da superfície", disse McClanahan. O estudo também identifica áreas onde concentrações menores ou mais baixas de gelo podem existir, principalmente em regiões mais quentes e periodicamente iluminadas pelo sol.
O gelo pode se acumular no regolito lunar por meio de impactos de cometas, exaustão do interior da Lua ou reações químicas envolvendo hidrogênio do vento solar e oxigênio do regolito. Os PSRs, que estão localizados em depressões topográficas perto dos polos, permanecem em escuridão perpétua e frio extremo devido ao baixo ângulo do Sol. Esse ambiente ajuda a preservar moléculas de gelo que podem se acumular ao longo de bilhões de anos. O gelo em superfícies expostas à luz solar provavelmente evapora rapidamente, impedindo a formação de depósitos.
A equipe de pesquisa usou o Detector de Nêutrons para Exploração Lunar (LEND) do LRO para detectar sinais de gelo medindo nêutrons de energia moderada. Especificamente, eles utilizaram o Sensor Colimado para Nêutrons Epitermais (CSETN), que cobre uma área de 18,6 milhas de largura. Ao medir reduções na energia dos nêutrons, que correspondem à presença de hidrogênio, a equipe pôde inferir a existência de gelo nos PSRs.
"Hipotetizamos que se todos os PSRs tiverem a mesma concentração de hidrogênio, então o CSETN deve detectar proporcionalmente suas concentrações de hidrogênio em função de suas áreas", explicou McClanahan.
O estudo analisou dados de nêutrons de 502 PSRs, com áreas variando de 1,5 milhas quadradas a 417 milhas quadradas. Embora a correlação entre a concentração de hidrogênio e o tamanho dos PSRs tenha sido mais fraca para os PSRs menores, aumentou significativamente nos PSRs maiores.
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