Novo Estudo Aponta Que 'Habitats Microbianos Potenciais' Podem Existir no Gelo Marciano

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Imagem: Página MARS Daily do Portal Space Daily
Ilustrativo.
 
No dia de ontem (18/10), a página MARS Daily do portal Space Daily noticiou que depósitos de gelo em Marte podem apresentar condições adequadas para a vida fotossintética, de acordo com um estudo recente publicado na revista Communications Earth and Environment. A pesquisa sugere que regiões de gelo exposto nas latitudes médias de Marte poderiam oferecer um ambiente protetor para a vida microbiana, protegendo-a da radiação ultravioleta (UV) prejudicial, enquanto ainda permite luz suficiente para a fotossíntese ocorrer.
 
De acordo com a nota do portal, a superfície de Marte está exposta a altos níveis de radiação UV, tornando quase impossível a sobrevivência da vida na superfície do planeta. No entanto, os pesquisadores propõem que a vida poderia existir sob uma camada de gelo espessa o suficiente para bloquear os raios UV, mas fina o suficiente para permitir a luz visível necessária para a fotossíntese. Esse equilíbrio poderia criar o que é chamado de "zona habitável radiativa" logo abaixo da superfície.
 
O estudo, liderado por Aditya Khuller e colegas, examinou se tal zona poderia se formar dentro do gelo empoeirado observado em Marte. Eles determinaram que o gelo altamente empoeirado bloquearia luz solar demais para a fotossíntese, mas o gelo com concentrações de poeira entre 0,01% e 0,1% poderia potencialmente suportar vida a profundidades variando de 5 a 38 centímetros, dependendo do tamanho e da pureza dos cristais de gelo. Em depósitos de gelo mais limpos, a zona habitável poderia se estender mais profundamente, entre 2,15 e 3,10 metros.
 
Além de oferecer proteção contra a radiação, os pesquisadores observam que partículas de poeira dentro do gelo poderiam causar derretimento localizado a profundidades de até 1,5 metros, fornecendo a água líquida necessária para qualquer vida fotossintética potencial. Embora as regiões polares de Marte sejam muito frias para esse processo, o derretimento subsuperficial poderia ocorrer em áreas de latitudes médias, especificamente entre 30 e 50 graus de latitude.
 
Apesar dessas descobertas, os pesquisadores enfatizam que a existência de uma zona habitável não confirma a presença de vida em Marte. No entanto, os resultados apontam para algumas localizações específicas nas latitudes médias marcianas como alvos-chave para futuras missões de exploração em busca de sinais de vida.
 
 
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