China Apresenta Sua Futura Estação Espacial Durante Feira Aeronáutica e Aeroespacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (06/11) no site
“G1” do globo.com destacando que a China apresentou sua futura estação espacial
durante feira aeronáutica e aeroespacial.
Duda Falcão
CIÊNCIA E SAÚDE
China Apresenta Sua Futura Estação Espacial
Durante Feira
Aeronáutica e Aeroespacial
Estação deve se tornar a única no espaço após a retirada
planejada da Estação Espacial Internacional (ISS).
Por France Presse
06/11/2018 - 10h59
Atualizado há 21 horas
Foto: WANG ZHAO / AFP
China apresenta réplica de sua estação espacial.
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A China apresentou nesta terça-feira (6) uma réplica de
sua primeira grande estação espacial, que planeja lançar a partir de 2022 e
deve se tornar a única no espaço após a retirada planejada da Estação Espacial
Internacional (ISS).
Com um manequim usando traje de astronauta e adornada com
bandeiras chinesas vermelhas e amarelas, a nave branca é uma das grandes
atrações da Feira Aeronáutica e Aeroespacial realizada em Zhuhai, no sul do
país.
A Estação Espacial Chinesa (CSS), também chamada de
Tiangong ("Palácio Celestial"), terá três partes: um módulo principal
com cerca de 17 metros de comprimento (local de vida e trabalho) apresentado
nesta terça-feira e dois anexos (para experiências científicas).
Três astronautas poderão viver continuamente na estação,
com um peso total de pelo menos 60 toneladas e equipada com painéis solares.
Eles poderão realizar pesquisas em ciências, biologia e microgravidade.
A montagem da CSS deve começar por volta de 2022. Sua
expectativa de vida é estimada em 10 anos.
A estação chinesa deve se tornar a única estação que voa
no espaço após a retirada planejada em 2024 da ISS, que associa os Estados
Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá. Será, no entanto, muito menor.
"A China vai utilizar sua estação espacial da mesma
maneira que os parceiros da ISS utilizam a sua atualmente: pesquisa,
desenvolvimento de tecnologia e preparação das equipes chinesas para voos de
longa duração", explicou Chen Lan, analista para o GoTaikonauts.com, site
especializado no programa espacial chinês.
A China anunciou, por outro lado, junto ao Escritório de
Assuntos Espaciais da ONU, que sua estação estará aberta a todos os países para
realizar experimentos científicos.
Institutos, universidades e empresas públicas e privadas
foram convidadas a apresentar projetos. A China recebeu 40 propostas de 27
países e regiões, que agora devem passar por um processo de seleção, disse a
televisão estatal CCTV em outubro.
"Ao longo do tempo, tenho certeza que a China
colherá bons frutos", prevê Bill Ostrove, especialista em questões
espaciais na Forecast International, escritório de aconselhamento americano.
"Muitos países e um número crescente de empresas
privadas e universidades têm programas espaciais, mas não o dinheiro para
construir sua própria estação espacial. A possibilidade para eles (graças a
China) de enviar cargas úteis para uma plataforma de voo habitada e realizar
experimentos é algo extremamente precioso", observa.
A Agência Espacial Europeia (ESA) já está enviando
astronautas para treinar na China com o objetivo de viajar um dia para a
estação chinesa.
Apesar da rivalidade entre Pequim e Washington, engajados
numa guerra comercial, um astronauta americano poderia trabalhar a bordo da
CSS.
"A agência espacial chinesa e a ONU poderiam
planejar algo assim. Mas não é certo que o Congresso americano seja da mesma
opinião", apontou Chen.
Pequim investe milhões de dólares em seu programa
espacial, coordenado pelo exército. Coloca os satélites em órbita, por conta
própria (observação da Terra, telecomunicações, sistema de geolocalização
Beidu) ou para outros países. Também espera enviar um robô a Marte e humanos à
Lua.
O gigante asiático se tornará "uma das grandes
potências do espaço", mas a Rússia, o Japão e a Índia continuarão a
desempenhar "um papel importante" e "os Estados Unidos continuam
sendo o poder espacial dominante atual", diz Bill Ostrove.
"As empresas privadas também estão se tornando cada
vez mais importantes no mercado espacial, tornando difícil para um ou dois
países dominar a indústria da mesma forma que os Estados Unidos fizeram durante
a Guerra Fria". aponta.
"Dominar o espaço nunca foi uma meta para a
China", disse Lan. "Mas as questões comerciais estão se tornando cada
vez mais importantes no espaço, e ela percebe a inovação e a ciência como
importantes impulsionadores econômicos".
Fonte: Site “G1” do globo.com - 06/11/2018
Comentário: Pois é leitor, tendo agora um ministro da
C&T astronauta e um governo que acena em direção de uma nova politica para
o setor espacial, visando fazer parcerias com qualquer país do mundo desde que a
mesma realmente traga benefícios para o desenvolvimento do PEB, esta é uma
grande oportunidade para que o Brasil finalmente crie o seu Astronauta Corps,
não só para atuar nesta estação chinesa, bem como na Estação Espacial
Internacional (ISS) e na futura Estação Espacial Lunar. É Claro que a engenharia
politica necessária para se avançar este objetivo não será nada fácil devido à guerra
comercial hoje existente entre a China e os EUA, mas todo programa espacial
vive de desafios e este é um deles que o Brasil terá de enfrentar com sapiência
e muito jogo de cintura em prol do nosso 'patinho feio'. Aproveitamos para agradecer
ao nosso amigo leitor Rui Botelho pelo envio desta notícia.
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