Resultados de Pesquisa da AEB Serão Apresentados no 2º Fórum da Indústria Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (21/11) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que os resultados de pesquisa da
AEB serão apresentados no 2º Fórum da Indústria Espacial.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Resultados de Pesquisa da AEB Serão
Apresentados no 2º Fórum da
Indústria Espacial
Apresentados no 2º Fórum da
Indústria Espacial
Coordenação de Comunicação Social – CCS
Publicado em: 21/11/2018 - 19h04
Última modificação: 22/11/2018 - 09h41
A pesquisa Processo de Identificação e Análise de Demanda
ao Setor Espacial Brasileiro, realizada este ano, em âmbito nacional, pela
Agência Espacial Brasileira (AEB) será tema do 2° Fórum da Indústria Espacial
Brasileira. O evento será realizado em São José dos Campos (SP), nos dias 27 e
28 de novembro, ocasião em que os resultados parciais serão apresentados e
validados pela indústria nacional.
Realizada pela AEB, a pesquisa tem como objetivo promover
maior alinhamento entre o Programa Espacial Brasileiro e as necessidades
prioritárias da sociedade, além de orientar as ações da indústria espacial e
dos institutos de pesquisa na obtenção de soluções para os problemas nacionais,
regionais e locais.
De acordo com a coordenadora da pesquisa e Tecnologista
da AEB, Fernanda Lins, o processo de identificação e análise de demandas
nacionais ao setor espacial é relevante para entender como as missões espaciais
atuais (nacionais e estrangeiras) têm colaborado no suprimento das demandas
existentes, no reconhecimento dos benefícios gerados pelos satélites nacionais
e nas possíveis deficiências de tecnologias espaciais disponíveis no Brasil;
para a identificação de demandas futuras, a médio e a longo prazos; e para a compreensão
do cenário atual de investimentos estratégicos do governo e, nesse contexto,
uma melhor caracterização da transversalidade das aplicações dos produtos
espaciais e de sua importância para o desenvolvimento do País.
Para realização da pesquisa, a AEB utilizou a aplicação
de questionários para especialistas do setor público federal e universidades,
em seis áreas diferentes: Observação da Terra, Coleta de Dados, Meteorologia,
Comunicações, Posicionamento e Navegação e Missões Científicas. A iniciativa,
pioneira no setor espacial, contou com a participação expressiva de
especialistas nas seis áreas. Segundo Marcelo Maranhão, Gerente de
Geotecnologias Aplicadas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a iniciativa da AEB em fazer um mapeamento das demandas nacionais de
observação da terra foi fundamental para o alinhamento de políticas públicas e
investimentos em ciência e tecnologia.
“Esse levantamento dará a devida legitimidade a uma
matriz de prioridades que atenderá principalmente as questões de monitoramento
do meio ambiente, às quais corroboram com compromissos internacionais assumidos
pelo governo; segurança e defesa; gestão de riscos a desastres naturais e
infraestrutura e planejamento urbano. Também deverá estar prevista a forma de
disponibilização e acesso aos dados a serem gerados, o que implicará uma
estrutura de TI dedicada a atender às tecnologias, como cubo de dados,
processamento em nuvem e protocolos de acesso via geoserviços”, afirmou Marcelo
Maranhão.
Na primeira rodada da pesquisa, 205 especialistas
responderam aos questionários, sendo 130 do setor público, 11 do privado e 64
da academia. Participaram da segunda rodada 131 especialistas, sendo 78 do
setor público, 4 do privado e 49 da academia. A segunda rodada serviu para
dirimir algumas dúvidas encontradas na primeira.
Os resultados obtidos na pesquisa nortearão os
investimentos nos próximos anos. Por exemplo, na área de Observação da Terra,
constatou-se que os programas e projetos nacionais nas instituições partícipes
têm sido atendidos por uma série de produtos disponibilizados por satélites
nacionais e estrangeiros, de acesso amplo ou limitado. Os resultados indicam
uma ampla utilização de produtos e serviços dos satélites das séries Landsat,
CBERS, RapidEye, Sentinel e Ikonos. A demanda por sensores de alta resolução
espacial é seguida pela busca do aprimoramento das resoluções espectral e
temporal dos sensores de média e baixa resolução espacial. As instituições
nacionais apresentam, ainda, crescente demanda por sensores do tipo SAR para
regiões com ampla cobertura de nuvens e aplicações específicas.
“Na última década, a comunidade científica internacional
e brasileira demonstraram crescente interesse pelos problemas da área de
Observação da Terra/Sensoriamento Remoto, primeiramente terrestre e, em
seguida, a atenção para questões espaciais para monitorização da terra,
exploração planetária e geolocalização de pessoas, objetos e veículos em
movimento”, afirmou o professor adjunto Dr. Giancarlo Santilli, do Laboratório
de Ciência Aeroespacial e Inovação da Universidade de Brasília (UnB). Ele
acrescentou ainda, que dada a importância e envolvimento ativo da Academia no
desenvolvimento de tecnologia e pesquisa aplicada ao setor espacial, é fundamental
atentar para as necessidades e indicações que vêm desse importante ator.
Necessidades e Indicações
Na área de coleta de dados constatou-se
uma crescente demanda pela disponibilização de dados em tempo quase real e pela
densificação das Plataformas de Coleta de Dados em cobertura nacional. Enquanto
alguns especialistas tendem a escolher soluções de satélites geoestacionários
para fornecimento do serviço, outros sugerem uma constelação de nanossatélites
para um novo sistema nacional.
Com relação à área de Meteorologia ficou
evidente a necessidade de utilização cada vez maior dos dados de forma
operacional. Os serviços de previsão imediata do tempo exigem investimentos em
novas tecnologias de comunicação e disseminação de dados de diferentes fontes, de
forma rápida e com baixo custo.
Na área de Comunicações, grande parte da
demanda refere-se a serviços de internet. Um país de território vasto como o
Brasil depende de tecnologias capazes de conectar áreas remotas com os grandes
centros urbanos, de forma a promover o desenvolvimento regional e a oferecer
serviços de qualidade aos cidadãos. Há tendências nas áreas de Internet das
Coisas, Defesa e Comunicações Estratégicas.
Quanto à área de Posicionamento e Navegação por
satélite, notou-se um aumento considerável da demanda por serviços baseados em
localização. O controle de tráfego aéreo, terrestre e aquático, incluindo
atividades de monitoramento e fiscalização, apresentam-se como tendência em
aplicações, além de atividades de mapeamento e cadastro urbano e rural. Outra
demanda bem caracterizada é o desenvolvimento de sistemas de aumento da
precisão com base em satélites.
Já na área de Missões Científicas,
observou-se demandas mais demarcadas na área de fenômenos atmosféricos e clima
espacial, astronomia/astrobiologia e no desenvolvimento de engenharia, em
específico na construção de pequenos satélites e de foguetes de pequeno porte.
Missões de observação da Terra, de minimização do custo com nanossatélites e
constelação de satélites com sensores SAR são as tendências mais
caracterizadas.
Os relatórios poderão ser acessados e as inscrições para
o 2º Fórum da Indústria Espacial Brasileira podem ser feitas aqui
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bem leitor, tenho cá minhas duvidas se essa
pesquisa foi mesmo realizada pela AEB ou criada lá por dentro mesmo, para assim
tentar aparecer e mostrar serviço nesses que são os últimos dias do Sr. Braga
Coelho à frente deste órgão insignificante, pelo menos é o que espera toda
Comunidade Espacial do país realmente comprometida com o Macro e o trabalho conjunto,
e não com o Micro e o egocentrismo. De qualquer forma, caso realmente esta
pesquisa tenha sido feita, e profissionais setor público federal e de universidades da área tenham recebido e respondidos
a estes tais questionários, por gentileza, em nome da transparência, dê o ar de
sua graça confirmando ou não aqui no Blog a sua participação nesta pesquisa,
para assim dar mais credibilidade a mesma, se não em seu conteúdo final, pelo
menos na captação dessas informações junto aos profissionais participantes.
Caro Duda,
ResponderExcluirPrimeiramente, gostaria de destacar a seriedade e competência da Dra. Fernanda Lins da AEB, essa sim, um exemplo de profissional muito capaz e dedicada, que abdicou de uma carreira como Engenheira Militar formada pelo IME para ir para a AEB desenvolver um trabalho com qualidade e pautado nas melhores práticas éticas e metodológicas que devem ser seguidas um servidor público e/ou um pesquisador, assim como as empregadas nesse trabalho.
Posso atestar também que o referido trabalho, ainda em fase inicial à época de junho de 2017, quando eu ainda estava os quadros da AEB, foi utilizado por mim para a elaboração de uma Nota Técnica que, posteriormente, serviu de base para o artigo que apresentei no 1o Congresso Aeroespacial Brasileiro (I CAB), realizado no início do mês em Foz do Iguaçu - PR.
Na nota técnica e no artigo que submeti ("Revisão da Realidade Brasileira em Termos da Aplicabilidade de Pequenos Satélites para Missões de Sensoriamento Remoto") me utilizei desse relatório parcial, fruto de um questionário elaborado pela Dra. Fernanda e outros colegas, em que 20 órgãos do governo responderam sobre as necessidades dos mesmos, no segmento de sensoriamento remoto. Com essas informações do relatório bruto, por mim compiladas e agrupadas em termos quantitativos, foi possível identificar as principais demandas do setor governamental para sensoriamento remoto e, posteriormente, ainda que de forma amostral, e confrontar tais demandas com os principais programas do PNAE atual, comprovando que os mesmos não atendem ao que tais órgãos necessitam, dentre outros, mas, principalmente, no que tangem a sensoriamento por radar de abertura sintética ou em qualidade métrica e submétrica de imagens.
Com as informações do relatório mais completo agora apresentado na matéria, creio que será possível a nova gestão do PEB estabelecer missões mais alinhadas e coerentes com as necessidades nacionais e com as tendências modernas internacionalmente adotadas em sensoriamento remoto e outros segmentos.
Aproveito o ensejo para parabenizar a Dra. Fernanda Lins, e toda a equipe do grupo de trabalho dela, pelo feito e desejo sucessos a todos em novas iniciativas sérias e cruciais para a tomada de decisão como essa.
Saudações fraternas a todos!
Olá leitor!
ExcluirPois então, apos esse depoimento do Sr. Rui Botelho, profissional este que foi servidor dentro desta Agencia de Brinquedo e que merece minha confiança e credibilidade, não há como não dar um voto de confiança a Dra. Fernanda Lins e ao seu trabalho de pesquisa. Assim sendo Dra Fernanda Lins, lhe parabenizo e desejo que esta pesquisa venha cumprir seu objetivo e que possa em curto, médio e longo prazo, ajudar no desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (PEB). Sucesso sempre, são os votos do Blog BRAZILIAN SPACE.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)