Acordo Com os EUA Para o Uso Comercial da Base de Alcântara Pode Sair Até o Início de 2019

Olá leitor!

Trago agora para você uma reportagem do telejornal “Repórter Brasil” da TV Brasil do Governo Federal, exibida que foi no dia (19/11) destacando que o Brasil espera fechar o acordo de parceria com os EUA para uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão até o início de 2019.

A parceria dependerá de aprovação no Congresso Nacional e terá que enfrentar a realocação de dois mil moradores de comunidades quilombolas que estão dentro da área de expansão da base.


Quero aqui voltar a ratificar leitor que a assinatura deste este acordo é uma questão de escolha:

Se quisermos atuar no mercado comercial internacional de lançamento de satélites e cargas uteis orbitais, ou de espaço profundo, como sonda espaciais de pequeno porte, por exemplo, não há alternativa, temos de assinar este acordo. Repito, desde que o mesmo não venha ferir a nossa soberania e que traga reais benefícios ao Brasil. É praxe leitor, o TIO SAM manda no mercado e todos países que atuam nele, e tem sua base comercial de lançamento com foguetes próprios ou não, já assinaram ou vão assinar acordos semelhantes, não há outra alternativa.

Talvez o único país que ainda não assinou e nem pretende assinar um acordo semelhante com os americanos seja à China, pois vive de lançar os seus próprios satélites e de alguns satélites pingados de países que não utilizaram tecnologia americana na construção de seus equipamentos. Um bom exemplo disto leitor, esta no próprio Brasil. Você tá lembrado do Satélite Amazonia-1 que o INPE vem dizendo que será lançado em 2019? Pois então, ele se encaixa nesta situação de não poder ser lançado pelos chineses, porque se não fosse assim, por quem você acha que o Brasil lançaria este satélite? Uma das dificuldades que o INPE vem enfrentando é o de encontrar um lançador autorizado que lance o Amazonia-1 dentro do prazo (2019) estabelecido por eles, o que será difícil. Se fosse os chineses era muito mais fácil, mas eles não podem lançar o Amazonia-1 pelo fato de não terem um acordo semelhante com os EUA. É caro leitor, bem vindo ao mundo de verdade.

Aproveitamos para agradecer publicamente ao nosso leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio desta reportagem. 

Duda Falcão

Comentários

  1. Para competir num mercado, vc precisa de "vantagem competitiva", a nossa brasileira é a localização da Base de Alcantara, próxima ao equador. Entregar a base aos concorrentes, anulará nossa vantagem competitiva ... dai, então, estamos alijados do mercado.

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  2. Não se trata de "entregar base aos concorrentes", somente a viabilização comercial para os lançamentos, algo que os franceses fazem muito bem em um local não muito longe de Alcântara, aliás os franceses não devem gostar nenhum pouco de ver a viabilização do nosso centro de lançamento.O nosso problema realmente além de todas a variáveis é a falta de um lançador.

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  3. Peraí amigo, o único país que não assinou um acordo como esse foi a China??? E qual foi os outros países que assinaram um acordo como esse com os EUA??

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    1. Olá Progressista!

      Primeiramente todo país que tem sitio de lançamento e lança satélites e cargas úteis americanas, ou satélites e cargas úteis de outras origens com partes americanas tem de assinar um acordo de 'Salvaguardas Tecnológicas' com o TIO SAM. É praxe, e não tem como fugir disso, se não o serviço não pode ser realizado, ponto. Quanto ao acordo de uso da base de lançamento, é apenas um acordo do uso comercial do sitio de lançamento, nada mais do que isto, mas ele só pode ser viabilizado se primeiro sair o acordo de Salvaguarda Tecnológicas, caso contrario morre ante de nascer. Para o Brasil ambos são interessantes, mas o de Salvaguardas que é o primordial, é o que realmente importa para viabilizar comercialmente o uso da Base, já que os americanos tomam conta do mercado sem ele não tem como fazer isso. Já quanto a países onde os americanos tem acordos são a Suécia, Canadá, Noruega, Japão a Europa como um todo (leia ESA) e a própria Russia. Enfim... o resto é conversa mole pra boi dormir. Existe risco, existe sim, na formulação do acordo, mas se ele for bem amarrado e monitorado como deve ser, só trará benefícios ao Brasil.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Então, eu estou me referindo justamente ao acordo de uso da base de alcântara pelos americanos. Não me consta que os outros países que possuem base assinaram acordo de uso com os EUA. A minha dúvida era essa.

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    3. Olá Progressista!

      Mas tem sim, com os países que eu citei, porém para experimentos em foguetes suborbitais, mas vale lembrar que a questão logística de Alcântara é o que favorece e viabiliza comercialmente o lançamento de satélites o que não ocorre com os sítios em território americano, por isso o interesse das empresas americanas. Como disse, se fizerem direito, não vai haver problema, o resto é choro de esquerdopata alienado ou mal intencionado para bagunçar, pois só assim eles sobrevivem.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    4. E quais seriam os países com base que deixa os EUA usarem suas bases? Ué, tem uma base aqui do lado na Guiana Francesa com localização muito melhor do que a deles. Por que não lançam de lá? Desculpe, mas não é papo de esquerdista não. É porque eu conheço bem os americanos e o que eles já fizeram contra o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Temo pelo soberania do meu país. Não vejo eles a favor do nosso desenvolvimento autônomo. A doutrina Monroe nunca vai deixar de existir. Enfim, somos antagônicos no pensamento, mas obrigado pelo espaço. Democracia é isso.

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    5. Olá Progressista!

      Já lhe disse acima os países, mas enfim... quanto a Guiana, não há mais espaço para sítios de lançamento por lá, o ultimo creio foi construído pelos Russos fruto de uma parceria com a ESA. O CLA é uma grande oportunidade para empresas americanas, pois vai barateá custos, além evidentemente para outras empresas não americanas também. O Brasil terá espaço (se resolver o problema com os quilombolas) para três novos sítios de lançamento, fora o já existente do VLM-1 e o do desatino Cyclone-4. E vale lembrar que desde a criação do CLA no inicio do anos 80 sempre foi essa a ideia para viabiliza-lo comercialmente, como também transforma-lo num Centro Espacial, este denominado desde o anos 90 como CEA (Centro Espacial de Alcântara), onde empresas se instalariam no entorno do centro. Já em relação ao seu receio, vocês precisam acabar com esse mimimi, os americanos agem dessa forma em todo mundo quando encontra espaço para tanto como encontrou no Brasil devido a um sistema deficiente de contra-inteligencia e de brasileiros corruptos, e não foram somente os americanos não (essa joça aqui virou uma casa de mãe joana), isso faz parte do jogo e temos de aprender como jogar se quisermos participar. Já lhe disse, se o acordo for realizado com competência e monitorado como deve, não há problema algum e só trará benefícios ao país, agora se fizeram as coisas como vinham sendo feitas, ai sim, vai dar merda. Quanto ao espaço para falar, sem problema

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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