Suspeita de ‘Caixa 2’ no INPE é Alvo de Investigação do TCU
Olá leitor!
Segue abaixo uma
nota postada hoje (04/05) no site do jornal “O VALE” destacando que suspeita de
“Caixa 2” no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é alvo de
investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Duda Falcão
NOSSA REGIÃO
Suspeita de ‘Caixa 2’ no INPE
é Alvo de Investigação
do TCU
Tribunal de
Contas da União abre processo para apurar uso de
verbas não
contabilizadas pelos sistemas públicos dentro do INPE;
órgão também investiga
pagamento indevido de funcionários da FUNCATE.
Tânia Campelo
Editora do BOM DIA
04 de maio de
2012 - 03:07
O TCU (Tribunal
de Contas da União) instaurou um processo para apurar a suspeita de Caixa 2 no INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José.
O processo foi
instaurado em março e teve origem no relatório de uma auditoria realizada ano
passado pelo TCU no instituto. O resultado da auditoria é sigiloso. O VALE
apurou que o Caixa 2 seria formado por meio de verbas gerenciadas pela FUNCATE
(Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais). Só em dezembro, o INPE
firmou contratos que somam R$ 51,9 milhões com a fundação, sem licitação.
Além de apurar a
possível existência de um Caixa 2 (não contabilização em sistemas
governamentais de receitas geradas pelo uso de instalações e equipamentos) no INPE,
o processo do TCU também investiga a suspeita de irregularidades no uso de
verbas federais para pagamento de mão de obra e de funcionários da FUNCATE no
instituto.
A assessoria de
imprensa do TCU informou que o processo instaurado em março aguarda instrução
para dar início à apuração das suspeitas. O indício que motivou a investigação
não foi revelado pelo TCU em razão do caráter sigiloso da auditoria realizada
em 2011.
O Esquema - O VALE apurou, com
funcionários do INPE e da FUNCATE que pediram anonimato, que a fundação teria
criado um Caixa 2 para facilitar a aplicação e utilização de recursos pelo
instituto.
Uma das formas
de abastecer o Caixa 2 seria a cobrança de taxas administrativas
‘superfaturadas’ pela fundação na intermediação de serviços prestados pelo INPE
a empresas privadas. O valor excedente formaria um ‘fundo financeiro’ para o INPE.
Os recursos
seriam usados na compra de produtos ou serviços ignorando os trâmites legais.
“Se eu preciso de um parafuso, eu ligo para a FUNCATE e ela me traz amanhã. Se
fosse pelo caminho comum, eu teria que fazer um solicitação, iriam analisar o
meu pedido e demoraria, talvez, meses para receber o mesmo parafuso”, disse um
servidor que pediu para não ser identificado.
Por meio da
assessoria, direção do INPE negou irregularidades na relação com FUNCATE e
disse que prestará todas informações ao TCU (leia texto nesta página).
Taxa é Aplicada de Acordo com a Lei, diz INPE e
FUNCATE
A assessoria de
imprensa do INPE, em São José, negou ontem quaisquer irregularidades na relação
do instituto com a FUNCATE e ressaltou que o uso de laboratórios e o pagamento
de servidores estão previstos nas leis que embasam os contratos e convênios.
“O MCTI
\[Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação\] e o MEC \[Ministério da Educação\]
consideraram que a FUNCATE está apta a se manter credenciada \[como fundação de
apoio\], o que significa que consideram adequada a aplicação de recursos feitos
pela fundação no INPE, bem como o ressarcimento pelo uso da infraestrutura do
órgão. O ressarcimento às fundações também é previsto em lei e o percentual é
variável, podendo chegar a 15%”, diz nota da assessoria de imprensa encaminha
ao O VALE.
A assessoria
ressaltou que as auditorias do Tribunal de Contas da União são procedimentos
normais e que todas as informações e dados detalhados serão apurados e
organizados ao longo do trabalho a ser conduzido pelo TCU e a ele fornecidos na
medida e na forma em que forem solicitados.
Funcate - O presidente do
Conselho Diretor da FUNCATE, José de Anchieta Moura-Fé, negou ontem quaisquer
irregularidades nas contas da fundação e nos contratos com o INPE. Segundo ele,
a cobrança de taxa administrativa é aplicada de acordo com a legislação em
vigor. Ele não quis dar mais informações e disse que o Conselho Curador da
FUNCATE se reúne no dia 10 e vai avaliar as solicitações de O VALE.
Fonte: Site do Jornal
“O VALE” - 04/05/2012
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