Agência Espacial Nega que Desrespeite Legislação

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada dia (13/11) no jornal “O Globo”, destacando que a Agência Espacial Brasileira (AEB) nega desrespeito da legislação no caso do contrato assinado com dispensa de licitação com o consórcio Camargo Corrêa/Odebrecht, para construção do centro de lançamento do foguete Cyclone-4 da mal engenhada empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).

Duda Falcão

Sem Desrespeito

Agência Espacial Nega que Desrespeite Legislação

Dispensa da licitação estaria respaldada em
decisão do Conselho de Defesa Nacional

O Globo
13/11/2010

BRASÍLIA - A Alcântara Cyclone Space e a Agência Espacial Brasileira (AEB) negam que o contrato assinado com dispensa de licitação de R$ 546 milhões, firmado com o consórcio Camargo Corrêa/Odebrecht, desrespeite a legislação. As duas instituições afirmam que a negociação está respaldada por decisão do Conselho de Defesa Nacional, que em maio determinou o fim da disputa, alegando o “interesse público” e a “proteção da defesa nacional”.

O presidente da AEB, Carlos Ganem, afirma que a complexidade da obra determina a execução por carta-convite. Diz ainda que o termo de cooperação com a ACS, firmado em outubro para que as obras de infraestrutura também ficassem dispensadas de licitação, atende a boa prática de engenharia e a necessidade de cumprimento de prazos.

— Foi feito um protocolo de cooperação entre a Agência e a ACS para oferecer, da forma mais expedita e racional, um modo de trabalho legal para obter no menor prazo de tempo o melhor resultado em favor de uma política de lançadores (de satélites) no Brasil. Quem imagina que a AEB tenha outro objetivo, que não o previsto, não sabe nada acerca do orçamento da União e da Lei de Responsabilidade Fiscal — disse Ganem.

A ACS informa que todas as cláusulas do contrato e do acordo com a Agência Espacial estão previstas em lei. O presidente da ACS também disse que a dispensa de licitação para toda a obra ocorre por questão de engenharia. Segundo ele, “seria muito arriscado” ocorrerem, ao mesmo tempo, duas obras diferentes no mesmo local.

— Não quer dizer que a Agência Espacial é incompetente (para gerenciar o contrato). Do ponto de vista de engenharia, seria muito arriscado ter duas obras de engenharia distintas no mesmo local. Vamos fazer a parte da AEB e ela vai nos pagar por isso — disse o presidente da ACS, Roberto Amaral.

Sobre as garantias de pagamento do sócio ucraniano, a ACS não se pronuncia. Os ucranianos são responsáveis pelo foguete Cyclone 4 e pela transferência de tecnologia. De acordo com fontes do setor, o projeto executivo do lançador de satélites foi concluído.


Fonte: Jornal O GLOBO - 13/11/2010 via site http://clippingmp.planejamento.gov.br/
 
Comentário: O autor dessa matéria esta equivocado quando diz que que os ucranianos são responsáveis pela transferencia de tecnologia, já que o acordo que resultou na criação dessa mal engenhada empresa não prevê nenhuma transferência de tecnologia, nem mesmo de um simples parafuso. É simplismente um acordo comercial para o uso do foguete ucraniano/russo da base de Alcântara, nada mais além disso e qualquer divulgação que vá de encontro a essa informação tem como único objetivo a desinformação para agregar apoio da sociedade ao projeto.

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