Microsatélite de Coleta de Dados da Orbital Engenharia
Olá leitor!
A empresa brasileira Orbital Engenharia está no momento envolvida com diversos projetos de desenvolvimento para o Programa Espacial Brasileiro (veja aqui as notas Orbital Engenharia Desenvolve Sistema para o Motor L15, INPE e Orbital Engenharia Desenvolvem Simulador Solar, A Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), Programa CBERS - Painéis Solares, Orbital Engenharia - Empresa Brasileira de Alta-Tecnologia) Abaixo segue a descrição de mais um projeto da empresa que foi aprovado em outubro do ano passado pelo Projeto PIPE da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Duda Falcão
Título do Projeto: Microsatélite de Coleta de Dados
Coordenador: Célio Costa Vaz
Empresa: Orbital Engenharia Ltda.
Município: São José dos Campos - SP
N. do Processo: 07/59311-4
N. do Edital: 31 (julho/08)
Aprovado em: 02 out. 2008
Início: 01 nov. 2008
Descrição do Projeto:
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo o desenvolvimento de um microsatélite, com massa menor que 20 kg, para coleta de dados oriundos de sinais provenientes de diversas plataformas no solo, para armazená-Ios a bordo e retransmití-Ios no instante adequado para estações de recepção em solo.
Esse micro-satélite poderá ser parte de uma constelação composta por 4 a 6 satélites em órbita baixa polar (entre 700 e 800 km de altitude). Nesta órbita, cuja definição dos parâmetros será objeto do presente estudo, este sistema de micro-satélites deverá ser capaz de adquirir dados de plataformas espalhadas em quaisquer regiões do globo, bem como, de ser temporariamente visível, para efeito de telecomunicações, por estações terrenas posicionadas também em quaisquer regiões do globo.
Os satélites podem vir a ser projetados para serem compatíveis com o sistema de coleta de dados já implantado no país pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, o qual já dispõe de quase mil plataformas de coleta de dados espalhados pelo território nacional, ou para a aquisição e retransmissão de dados de plataformas de sistemas privados.
Nesta fase I, serão inicialmente realizados estudos para proporcionar a definição do Sistema Orbital de Micro-satélites (definição de órbita e quantidade de satélites) de modo a proporcionar características operacionais adequadas ao tipo de sistema proposto.
Em seguida, serão desenvolvidas duas especificações de alto nível para caracterizar funcionalmente o sistema a ser desenvolvido: a especificação de missão do sistema de microsatélites de coleta de dados; e a especificação funcional dos micro-satélites.
A partir dessas duas especificações serão desenvolvidas as arquiteturas mecânicas e elétricas do satélite, definidos os subsistemas e os respectivos equipamentos de bordo. Serão realizadas análises visando demonstrar as principais características funcionais e operacionais do sistema em órbita, como taxa temporal de visibilidade de uma plataforma no solo, probabilidade de aquisição dos dados de uma plataforma pelo satélite durante determinado período de tempo, tempo de visibilidade do satélite por estações terrenas e tempo de revisita, bem como, demonstrar as principais características operacionais dos subsistemas do micro-satélite.
Uma das principais vantagens de um sistema dessa natureza, concebido a partir de micro-satélites, será a redução significativa dos custos associados diretamente a fabricação dos satélites e ao lançamento do sistema, que poderá ser realizado a partir de veículos lançadores de pequena capacidade, como o VLS-1, em desenvolvimento no país pelo Instituto de Atividades Espaciais (IAE), ou por veículos lançadores estrangeiros, como, por exemplo, o Pegasus (USA).
Na fase II, será desenvolvido um modelo de engenharia do micro-satélite para demonstração tecnológico-funcional. As atividades de engenharia serão coordenadas e, na sua maioria, executadas pela Orbital Engenharia Ltda. Faz-se necessário contar, também, com a colaboração de serviços de terceiros especialistas em sistemas espaciais. Ao término da fase I espera-se que fique demonstrada de forma inequívoca a viabilidade técnica do projeto.
Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Comentário: Fico satisfeito de ver que apesar de todos os problemas por que passa o PEB no momento o programa segue desenvolvendo sua parceria com empresas como a Orbital Engenharia o que é muito bom para o Programa Espacial Brasileiro e também para a sustentabilidade das empresas brasileiras da área espacial. Que continue assim.
Esse micro-satélite poderá ser parte de uma constelação composta por 4 a 6 satélites em órbita baixa polar (entre 700 e 800 km de altitude). Nesta órbita, cuja definição dos parâmetros será objeto do presente estudo, este sistema de micro-satélites deverá ser capaz de adquirir dados de plataformas espalhadas em quaisquer regiões do globo, bem como, de ser temporariamente visível, para efeito de telecomunicações, por estações terrenas posicionadas também em quaisquer regiões do globo.
Os satélites podem vir a ser projetados para serem compatíveis com o sistema de coleta de dados já implantado no país pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, o qual já dispõe de quase mil plataformas de coleta de dados espalhados pelo território nacional, ou para a aquisição e retransmissão de dados de plataformas de sistemas privados.
Nesta fase I, serão inicialmente realizados estudos para proporcionar a definição do Sistema Orbital de Micro-satélites (definição de órbita e quantidade de satélites) de modo a proporcionar características operacionais adequadas ao tipo de sistema proposto.
Em seguida, serão desenvolvidas duas especificações de alto nível para caracterizar funcionalmente o sistema a ser desenvolvido: a especificação de missão do sistema de microsatélites de coleta de dados; e a especificação funcional dos micro-satélites.
A partir dessas duas especificações serão desenvolvidas as arquiteturas mecânicas e elétricas do satélite, definidos os subsistemas e os respectivos equipamentos de bordo. Serão realizadas análises visando demonstrar as principais características funcionais e operacionais do sistema em órbita, como taxa temporal de visibilidade de uma plataforma no solo, probabilidade de aquisição dos dados de uma plataforma pelo satélite durante determinado período de tempo, tempo de visibilidade do satélite por estações terrenas e tempo de revisita, bem como, demonstrar as principais características operacionais dos subsistemas do micro-satélite.
Uma das principais vantagens de um sistema dessa natureza, concebido a partir de micro-satélites, será a redução significativa dos custos associados diretamente a fabricação dos satélites e ao lançamento do sistema, que poderá ser realizado a partir de veículos lançadores de pequena capacidade, como o VLS-1, em desenvolvimento no país pelo Instituto de Atividades Espaciais (IAE), ou por veículos lançadores estrangeiros, como, por exemplo, o Pegasus (USA).
Na fase II, será desenvolvido um modelo de engenharia do micro-satélite para demonstração tecnológico-funcional. As atividades de engenharia serão coordenadas e, na sua maioria, executadas pela Orbital Engenharia Ltda. Faz-se necessário contar, também, com a colaboração de serviços de terceiros especialistas em sistemas espaciais. Ao término da fase I espera-se que fique demonstrada de forma inequívoca a viabilidade técnica do projeto.
Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Comentário: Fico satisfeito de ver que apesar de todos os problemas por que passa o PEB no momento o programa segue desenvolvendo sua parceria com empresas como a Orbital Engenharia o que é muito bom para o Programa Espacial Brasileiro e também para a sustentabilidade das empresas brasileiras da área espacial. Que continue assim.
Entrevista bastante informal de um jornalista brasileiro, o Sr.Mario Giudicelli, teve com Dr.Werner von Braun em 1970, durante uma visita ao escritório do cientista em Hustville. Ele já havia entrevistado o cientista anteriormente nos anos 60, durante as férias de Von Braun no Rio de Janeiro. Bacana ver as impressões dele sobre Nazismo, Comunismo, a liderança Americana e é claro sobre o Brasil (incluíndo palavras sobre mulheres, futebol e é claro, Churrascaria !)
ResponderExcluirhttp://www.internationalvitamins.com.br/forum/sociobiologia/a-entrevista-nunca-publicada-do-cientaista-werner-von-braun_-na-aintegra.html
Bacana mesmo é a frase de Von Brasil sobre o Brasil: "Brasil é um gigante adormecido !"
Valeu pela dica Ricardo!
ResponderExcluirIrei dá uma conferida nessa entrevista. O Von Braun era um gênio da Astronáutica e só não foi mais longe por não tido o apoio que gostaria dos americanos e pela sua morte prematura.
Abs
Duda Falcão
Se vale outra dica, esta entrevista aqui é da revista VEJA em Julho de 1969 as vesperas do voo da Apollo 11. Ele ainda tinha medo que a URSS estragasse a festa, chegando lá primeiro...
ResponderExcluirhttp://veja.abril.com.br/especiais/35_anos/ent_braun.html
Nunca escondi para ninguem minha grande admiração ao programa espacial americano ou ao Russo ou ao Chinês. Um dia deixaremos estas picuinhas infantis de mandar no mundo sozinho e com a cooperação espacial poderemos mudar este mundo para melhor. Este pensamento é um pensamento meu, mas também de Werner Von Brau ou do russo Konstantin Tsiolkovsky, o pai da Astronautica.
Uma vez mais valeu pela dica Ricardo. Muito interessante a primeira entrevista do Von Braun, principalmente por perceber que eu tenho a mesma pecepção dele hoje em certos assuntos que ele já tinha em 1970. O cara era um gênio e pena que morreu muito jovem. A Astronáutica deve muito a ele, ao russo Konstantin Tsiolkovsky e ao americano Robert Goddard.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão