Mais Informações Sobre a Operação FogTrein I
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje 11/08 no jornal o “Estado do Maranhão” destacando o lançamento do foguete FTB realizado ontem (Operação FogTrein I) do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
Duda Falcão
Foguete de Pequeno Porte é Lançado com Sucesso do CLA
Lançamento ocorreu às 15h18 do Centro de Alcântara. Operação serviu para a qualificação do protótipo construído pela empresa Avibrás e teve ainda por objetivo dar visibilidade a industria brasileira do setor aeroespacial
Bruna Castelo Branco
Enviada Especial
Alcântara - O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançou, às 15h18 de ontem, o Foguete de Treinamento Básico (FTB) de pequeno porte que integra a Operação FogTrein I. Um novo lançamento esta previsto para quinta-feira, às 19h45.
Além de testar os equipamentos do CLA para a realização de operações com veículos de grande porte, a operação visa qualificar o protótipo desenvolvido pela empresa brasileira Avibrás com tecnologia 90% nacional. O segundo lançamento, previsto para acontecer na tarde de hoje, foi alterado para testar novas possibilidades do sistema que ainda está em fase de desenvolvimento.
A operação de lançamento ontem foi considerada perfeita. O foguete atingiu um apogeu de 31.800 metros de altura, caindo a uma distancia de 15.100 km do local de lançamento em apenas 4 segundos de vôo. Com dimensões pequenas – com apenas 3,5 m, e peso de 67,8 kg – o foguete serviu para testar o protótipo, ainda em fase de desenvolvimento no país, e tem por objetivo dar visibilidade para a indústria brasileira do setor aeroespacial. Além do protótipo de pequeno porte, o FTB possui ainda os modelos nos níveis intermediário e avançado, cujas experiências de lançamento também devem ser realizadas no CLA.
Ainda este ano, devem ser lançados mais um FTB de nível intermediário, um Orion e um VSB-30 - que é um foguete de médio porte. As campanhas de lançamento devem ser realizadas a partir de novembro, quando forem finalizadas algumas intervenções na estrutura do CLA.
“Esse primeiro lançamento aqui no CLA serve para alavancar a Indústria Espacial Brasileira”
Coronel Ricardo Rodrigues Rangel, coordenador-geral da operação FogTrein I
Expansão do CLA - A operação FogTrein I esta acontecendo em um momento decisivo para o futuro do Programa Espacial Brasileiro em Alcântara, relacionado à proposta de expansão das atividades de lançamentos que envolvem parcerias comerciais. A área prevista para a construção dos sítios hoje é ocupada por comunidades quilombolas, mas, segundo o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que foi divulgado no fim do ano passado, à área em questão é, de fato, pertence ao território do Centro de Lançamento de Alcântara.
“Hoje o Centro de Lançamento ocupa cerca de 8.713 hectares dos 62 mil que estão previsto no relatório. O programa necessita da área localizada ao Norte do CLA, que hoje é ocupada por algumas comunidades quilombolas. Temos ainda a capacidade de instalar mais três sitos no CLA, sem a necessidade de remanejamentos”, explicou o coronel Nilo Andrade, diretor do Centro de Lançamento de Alcântara.
Lançamentos - O diretor do CLA disse ainda que a possibilidade da criação de sítios de lançamentos em outros locais no Brasil ainda é incerta e o início dos estudos dos locais só deve acontecer após a decisão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a atual capacidade do CLA é considerada suficiente para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro pelos próximos 15 anos.
“A área atual do Centro tem capacidade para o lançamento do VLS-1, cujas obras da plataforma já foram iniciadas. Uma área será destinada para uma segunda plataforma destinadas às atividades com um VLS-2, e uma terceira área para o Ciclone 4, que será utilizado pela empresa Alcântara Cyclone Space. Por enquanto a estrutura do CLA consegue sustentar bem as necessidades do Programa Espacial Brasileiro”, afirmou.
Segundo o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira, Antônio Hugo Pereira Chaves, até agora os esforços relativos a sítios de lançamento no Brasil estão focados no Centro de Lançamento de Alcântara e no Centro de Lançamento da Barreiro do Inferno, em Natal (RN).
“Não existe estudos sobre qualquer área fora desses centros para a construção de sítios de lançamentos. Os nossos investimentos, até o momento, estão ligados a esses dois pontos. No CLA temos o projeto da Cyclone, que já está adiantado e esperamos que a empresa prospere. A possibilidade é que ela faça cerca de seis lançamentos ao ano. Nessa primeira etapa, o foguete também passará por uma fase de qualificação”, afimou Chaves.
Fonte: Jornal o Estado do Maranhão
Comentário: Interessantes pontos são abordados nessa notícia que esclarece algumas dúvidas colocadas aqui no blog por mim. Se não vejamos: Parece ficar claro que a Avibrás está desenvolvendo uma família de foguetes de treinamento não só para atender as necessidades do PEB, como também a do mercado aeroespacial. Esses foguetes seriam o FTB (Foguete de Treinamento Básico) lançado ontem, o FTI (Foguete de Treinamento Intermediário) que será lançado ainda esse ano segundo a autora do texto e o FTA (Foguete de Treinamento Avançado) que aparentemente será testado no ano que vem. Como coloquei anteriormente, prefiro aguardar para avaliar melhor à necessidade e a viabilidade econômica desses foguetes. No entanto, não posso deixar de levar em conta que a Avibrás é uma empresa privada, e não pública, portanto é de se esperar que saiba o que esta fazendo. Outro ponto importante do texto é a clara posição dos militares em manter os esforços do programa espacial nos dois centros de lançamento que o país dispõe no momento. Por incrível que pareça os militares estão mais centrados nas necessidades atuais do programa que o aloprado do presidente da AEB, o senhor Carlos Ganem. Não discordo da idéia do CEA, que acho magnífica e necessária, mas acredito que com bom senso, seriedade e objetividade, os problemas com os quilombolas poderão ser resolvidos no seu devido tempo, sem a necessidade megalomaníaca de se gastar milhões na construção de um novo centro ou de outros centros através do país, como o mesmo vem defendendo junto a mídia. Outra coisa relevante no texto é o tal Relatório Técnico de Identificação e Delimitação elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. A pergunta que fica é: Qual é o peso político que esse documento tem ou o mesmo é um mero documento burocrático sem valor político algum? Fica a pergunta para quem saiba responder. Chamo atenção do leitor para os 4 segundos de vôo do foguete FTB lançado ontem, que a autora do texto cita, pois não me parece estar correto, a mesma deve ter se equivocado. Aproveito mais uma vez para agradecer a estimável ajuda do leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pela sua constante presença de apoio ao blog e pela sua gentileza em enviar essa notícia.
“Hoje o Centro de Lançamento ocupa cerca de 8.713 hectares dos 62 mil que estão previsto no relatório. O programa necessita da área localizada ao Norte do CLA, que hoje é ocupada por algumas comunidades quilombolas. Temos ainda a capacidade de instalar mais três sitos no CLA, sem a necessidade de remanejamentos”, explicou o coronel Nilo Andrade, diretor do Centro de Lançamento de Alcântara.
Lançamentos - O diretor do CLA disse ainda que a possibilidade da criação de sítios de lançamentos em outros locais no Brasil ainda é incerta e o início dos estudos dos locais só deve acontecer após a decisão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a atual capacidade do CLA é considerada suficiente para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro pelos próximos 15 anos.
“A área atual do Centro tem capacidade para o lançamento do VLS-1, cujas obras da plataforma já foram iniciadas. Uma área será destinada para uma segunda plataforma destinadas às atividades com um VLS-2, e uma terceira área para o Ciclone 4, que será utilizado pela empresa Alcântara Cyclone Space. Por enquanto a estrutura do CLA consegue sustentar bem as necessidades do Programa Espacial Brasileiro”, afirmou.
Segundo o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira, Antônio Hugo Pereira Chaves, até agora os esforços relativos a sítios de lançamento no Brasil estão focados no Centro de Lançamento de Alcântara e no Centro de Lançamento da Barreiro do Inferno, em Natal (RN).
“Não existe estudos sobre qualquer área fora desses centros para a construção de sítios de lançamentos. Os nossos investimentos, até o momento, estão ligados a esses dois pontos. No CLA temos o projeto da Cyclone, que já está adiantado e esperamos que a empresa prospere. A possibilidade é que ela faça cerca de seis lançamentos ao ano. Nessa primeira etapa, o foguete também passará por uma fase de qualificação”, afimou Chaves.
Fonte: Jornal o Estado do Maranhão
Comentário: Interessantes pontos são abordados nessa notícia que esclarece algumas dúvidas colocadas aqui no blog por mim. Se não vejamos: Parece ficar claro que a Avibrás está desenvolvendo uma família de foguetes de treinamento não só para atender as necessidades do PEB, como também a do mercado aeroespacial. Esses foguetes seriam o FTB (Foguete de Treinamento Básico) lançado ontem, o FTI (Foguete de Treinamento Intermediário) que será lançado ainda esse ano segundo a autora do texto e o FTA (Foguete de Treinamento Avançado) que aparentemente será testado no ano que vem. Como coloquei anteriormente, prefiro aguardar para avaliar melhor à necessidade e a viabilidade econômica desses foguetes. No entanto, não posso deixar de levar em conta que a Avibrás é uma empresa privada, e não pública, portanto é de se esperar que saiba o que esta fazendo. Outro ponto importante do texto é a clara posição dos militares em manter os esforços do programa espacial nos dois centros de lançamento que o país dispõe no momento. Por incrível que pareça os militares estão mais centrados nas necessidades atuais do programa que o aloprado do presidente da AEB, o senhor Carlos Ganem. Não discordo da idéia do CEA, que acho magnífica e necessária, mas acredito que com bom senso, seriedade e objetividade, os problemas com os quilombolas poderão ser resolvidos no seu devido tempo, sem a necessidade megalomaníaca de se gastar milhões na construção de um novo centro ou de outros centros através do país, como o mesmo vem defendendo junto a mídia. Outra coisa relevante no texto é o tal Relatório Técnico de Identificação e Delimitação elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. A pergunta que fica é: Qual é o peso político que esse documento tem ou o mesmo é um mero documento burocrático sem valor político algum? Fica a pergunta para quem saiba responder. Chamo atenção do leitor para os 4 segundos de vôo do foguete FTB lançado ontem, que a autora do texto cita, pois não me parece estar correto, a mesma deve ter se equivocado. Aproveito mais uma vez para agradecer a estimável ajuda do leitor maranhense Edvaldo Coqueiro pela sua constante presença de apoio ao blog e pela sua gentileza em enviar essa notícia.
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