Orbital Engenharia - Empresa Brasileira de Alta-Tecnologia
Olá leitor!
Continuando na busca pela informação segue abaixo uma nota publicada no número 4 da revista “Inovação em Pauta” (uma publicação do Departamento de Comunicação da FINEP) falando sobre o Prêmio FINEP - Pequena Empresa que foi concedido a Orbital Engenharia de São Paulo.
Duda Falcão
P r ê m i o FINEP/ P e q u e n a E m p r e s a
Região Sudeste/ Orbital Engenharia Ltda. (SP)
Gerador Transforma Radiação Solar
em Eletricidade para Uso Espacial
Quando falamos em pequenas empresas, parece inacreditável que uma delas possa ser eficiente e confiável no fornecimento de produtos e serviços para um setor dominado por grandes potências, como o espacial. Mas a Orbital Engenharia, de São José dos Campos, fincou a sua bandeira neste solo ainda pouco explorado, e já conseguiu colocar o Brasil no rol dos países que dominam o ciclo completo da fabricação de painéis solares espaciais. Também chamados de Geradores Fotovoltaicos, eles captam a radiação solar e a convertem em eletricidade, energia essencial para o funcionamento de veículos espaciais. Três destes painéis desenvolvidos pela Orbital compõem o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-2B), construído pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial.
“Além de nós, apenas países como Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Rússia e China têm capacidade para fabricar esses painéis”, diz o engenheiro mecânico Célio Costa Vaz, diretor da Orbital, fundador da empresa criada em maio de 2001, após pesquisas apoiadas pelo Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas. (PIPE), da Fapesp. Vaz, que trabalhou como projetista de painéis solares durante 18 anos, no INPE, explica ainda que os painéis são compostos por milhares de pequenas unidades básicas chamadas de Solar Cell Assembly (SCA), ou célula solar montada. Estas unidades apresentam três partes: a célula solar propriamente dita, feita na maioria dos casos de silício ou arseneto de gálio; o interconector de prata que liga as células; e uma proteção de vidro, conhecida como cover glass.
Atualmente, a menina dos olhos do empresário é o “Motor-Foguete de Propelente Líquido”, projeto contemplado com recursos provenientes do programa de Subvenção Econômica da FINEP. Movido a oxigênio e álcool etílico, vem sendo desenvolvido em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). A tecnologia de propulsão líquida estudada pela Orbital é pioneira no Brasil, e já está na fase chamada de “ensaio quente”, quando ocorrerão os testes completos do equipamento. Outros dois projetos, “Plataforma Suborbital de Microgravidade” e o “Sistema Pressurizado de Alimentação de Motor-Foguete”, outra participação do IAE, também foram apoiados pela FINEP.
Vencedora do Prêmio FINEP regional na categoria Produto, em 2007, a empresa deve fechar 2008 com um faturamento de cerca R$ 2 milhões. Uma das metas da Orbital Engenharia, que hoje conta com 22 funcionários, é alcançar a participação no seletíssimo mercado externo de fornecedores de produtos e serviços para o setor espacial. “O Prêmio FINEP nos motiva a continuar buscando soluções inovadoras para promover o crescimento tecnológico do País”, finaliza Célio Vaz. (FT)
O motor-foguete de propelente líquido - L15 é o mais novo produto desenvolvido
pela Orbital em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)
pela Orbital em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)
Fonte: Revista Inovação em Pauta - Num 04 - Nov e Dez de 2008 - Pág 67
Comentário: Senhores leitores essa nota demonstra mais uma vez a qualificação tecnológica de mais uma empresa brasileira da área espacial. Como diz a nota a Orbital Engenharia além de ter desenvolvido os painéis solares do satélite CBERS-2B esta desenvolvendo o motor-foguete de Propelente Líquido L15 e outros projetos de grande importância para o Programa Espacial Brasileiro. Parabenizo ao o engenheiro mecânico Célio Costa Vaz, diretor e fundador da Orbital pelo Prêmio recebido e principalmente pelo trabalho que vem realizando no intuito de ajudar o país a atingir a auto-suficiência nas atividades espaciais.
Comentário: Senhores leitores essa nota demonstra mais uma vez a qualificação tecnológica de mais uma empresa brasileira da área espacial. Como diz a nota a Orbital Engenharia além de ter desenvolvido os painéis solares do satélite CBERS-2B esta desenvolvendo o motor-foguete de Propelente Líquido L15 e outros projetos de grande importância para o Programa Espacial Brasileiro. Parabenizo ao o engenheiro mecânico Célio Costa Vaz, diretor e fundador da Orbital pelo Prêmio recebido e principalmente pelo trabalho que vem realizando no intuito de ajudar o país a atingir a auto-suficiência nas atividades espaciais.
Tenho visto que o combustível líquido usado em foguetes durante a era espacial, tem sido Oxygene líquido com Hidrogênio líquido . Em alguns casos, vejo foguetes de pequeno porte com combustível líquido usando o "alcool" no lugar do hidrogênio líquido. Lembrei que quando estava lendo sobre o Von Braun, a sua equipe alemã, usava alcool como opção também, para os V2. A pergunta é: O álcool é um combustível menos potente que o hidrogênio liquido e é usado para questão de custos mais baixos ?
ResponderExcluirRicardo
Olá Ricardo!
ResponderExcluirSegundo eu pude apurar, a opção do IAE pelo álcool foi devido ao menor custo, já que haveria a necessidade de se criar uma infra-estrutura muito cara para a estocagem do combustível baseado no oxigênio e hidrogênio líquido.
Forte abraço
Duda Falcão