UFMG Desenvolve Motores-Foguetes Líquidos

Olá leitor!

O blog “BRAZILIAN SPACE” tem trazido desde a sua criação informações sobre o desenvolvimento de motores-foguetes líquidos no Brasil. É sabido que o grande centro de denvolvimento desses motores-foguetes no país é o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do “Comando da Aeronáutica” com seus projetos de motores-foguetes L5, L15 e L75 que tem sido muito prejudicados pela inércia do governo LULA. Porém, existem outras iniciativas no país como a do grupo paulista “Edge of Space” que desenvolveu dois motores verdes sendo o primeiro de 20N e o segundo de 100N, e atualmente trabalha no desenvolvimento de um motor também verde de 1000N, todos com o apoio da FAPESP. Agora trago para vocês um vídeo informativo sobre um grupo chamado “Rumo ao Espaço” formado por alunos do curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que está trabalhando no desenvolvimento de um motor foguete líquido de 1000N de empuxo movido a bioquerosene chamado “RE-100”. O projeto encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento da bancada de testes da unidade injetora e do planejamento dos testes de injeção dos propelentes. A iniciativa dos alunos do curso de Engenharia Aeroespacial visa viabilizar por meio de seus estudos a utilização de bioquerosene no Brasil, atendendo demandas de redução de emissões provenientes de aeronaves e turbinas a gás. O projeto também conta com o novo grupo “Rumo ao Espaço II”, cujo o trabalho tem sido o desenvolvimento de um motor-foguete de 5000N e seus dispositivos auxiliares. Essa é mais uma iniciativa no país direcionada para o desenvolvimento de motores-foguetes líquidos e esperemos e torcemos que iniciativas como essas sejam cada vez mais estimuladas no país.

Duda Falcão

Projeto Rumo ao Espaço da UFMG

Comentários

  1. Pois é Saulo, vamos acreditar no trabalho desse grupo e de outros grupos brasileiros que tentam tirar o grande atraso gerado pela inércia do governo.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  2. Estes desenvolvimentos são fruto da evolução na mente de nossos jovens estudantes. O Brasil industrial mostrando sua face.

    Aprecio sobremaneira os desenvolvimentos no setor aeroespacial brasileiro (exalto o demonstrador 14-X)! Mas, hipoteticamente falando, estando na Presidência da República (nunca acontecerá nesta vida, é claro!), aproveitaria estes progressos de órdem técnica para investimentos em energia alternativa, como células combustível, aerogeradores, celulas solares, térmicos, uso de dejetos orgânicos p produção de metano em escala industrial, reciclagem de fluidos p extração de água potável e amoníaco (necessária a nossa indústria) etc...

    Primeiro a Terra, depois o espaço...

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  3. Olá Antônio!

    Você está correto na sua avaliação que os estudantes brasileiros têm grande capacidade, pena que o governo não enxergue dessa forma.

    No entanto amigo, permita-me discordar de sua visão. A tecnologia espacial é o carro chefe da ciência e tecnologia em todo mundo (nos países que tem programas espaciais) e não pode ser diferente por três razões. Se não vejamos:

    Em primeiro lugar a tecnologia espacial é tanto de uso militar quanto civil e tem gerado subprodutos (spin offs) que hoje são diáriamente utilizados pela sociedade humana.

    Em segundo lugar tudo que entra no espaço exige uma qualidade e confiabilidade bem acima do que é produzido para ser utilizado na atmosfera. Isso gerou um maior aperfeiçoamento das indústrias que acabou refletindo nos subprodutos originários da tecnologia espacial ou não.

    Em terceiro lugar a tecnologia espacial fez com que o conhecimento humano sobre o universo e em todas as áreas avançasse em 50 anos o que não foi feito durante toda história da humanidade. Já que exigiu que diversas ciências como a matemática, física, química, astronomia, astrofísica, medicina e tantas outras (inclusive as áreas que você citou) se aglutinassem para alcançar o nível atingido pelos programas espaciais ao redor do mundo. Isso puxou o desenvolvimento da sociedade como um todo.

    Além disso, em minha visão, tecnologia espacial significa também sobrevivência da raça humana. A bolha espaço temporal de tranqüilidade que o nosso planeta esta vivendo pode acabar a qualquer momento e a comunidade científica mundial está muito preocupada com isso.

    De 1995 a 2010 o planeta Júpiter foi atingindo por dois cometas (até onde se sabe) que se fossem aqui na Terra certamente seria o fim da sociedade humana como conhecemos. Aparentemente algo também atingiu o planeta Venus esse ano causando uma explosão gigantesca. Esses eventos fizeram com que cientistas de varias agências espaciais se reunissem este ano na Europa para discutir uma solução e para pressionar as agências espaciais de seus países para criarem um programa conjunto de desenvolvimento de um sistema de defesa. Acontece que essas coisas levam tempo e a verdade é que não sabemos se temos tempo para tanto.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  4. Perdão, Falcão. Eu deveria ter acrescentado "num primeiro momento". De fato estou ciente das três razões que expuseste. Eu quis dizer (e você já deve ter notado que tenho uma dificuldade de expressão, que não tenho como esconder) "em época anterior dever-se-ia investir mais em energia alternativa, biodigestores urbanos (metano p abastecer cell fuel em substituição ao hidrogênio, muito mais caro e dificil de armazenar), solar, térmica, eolica etc". Evidentemente os frutos das pesquisas no setor aeroespacial seriam usadas nesses campos citados. E se as verbas não fossem comprometidas...

    A velha questão do "se"...

    Devo confessar que desde a adolescência (traumatizado pelos constantes cortes no fornecimento elétrico aqui em Fortaleza, nas décs 1960-70) sou obcecado pelo desenvolvimento da citada energia alternativa. Sou conhecido entre as pessoas de meu círculo por, volta e meia, voltar a esse assunto.

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  5. Olá Antônio!

    Não há o que perdoar amigo, estamos só debatendo, e o debate é uma das melhores formas de aprendizagem e compreensão dos fatos, né verdade?

    Forte abraço

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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