O Motor-Foguete Híbrido da UnB
Olá leitor!
Continuando na busca da divulgação da competência instalada no país no desenvolvimento de novos motores-foguetes (apesar da grande inércia governamental para com essa que é uma tecnologia crucial para o desenvolvimento espacial do país) trago agora para você leitor um vídeo do teste do único projeto (até onde sabemos) de desenvolvimento de um motor-foguete híbrido (sólido e líquido) no Brasil. Vale lembrar que esse motor está sendo desenvolvido por alunos da Universidade de Brasília (UnB), curiosamente com o apoio financeiro da Agência Espacial Brasileira (AEB) através do “Programa UNIESPAÇO”, sob a coordenação do professor Carlos Alberto Gurgel Veras.
O teste do motor-foguete que você leitor poderá conferir no vídeo abaixo foi realizado em setembro de 2009, nas instalações do Laboratório de Energia e Ambiente (LEA), com o apoio de instrumentos e controle do Laboratório de Robótica e Automação (LARA), ambos laboratórios da UnB. Até onde sabemos essa é a única iniciativa relacionada com o desenvolvimento de um motor-foguete híbrido no Brasil e não temos maiores informações sobre o seu andamento.
A última informação extra-oficial que o blog teve acesso é que o teste de vôo do foguete Santos Dumont-2 (foguete desenvolvido para testar o motor) que estava previsto para ocorrer do “Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)” no final do primeiro semestre de 2009, acabou não ocorrendo (acredito que não tenha ocorrido até hoje), devido a uma falha do motor.
Recordo-me que quando estive recentemente no JPL/APE do IAE conheci um pesquisador que está lutando há algum tempo junto ao governo para ter aprovado seu projeto de motor-foguete híbrido sem sucesso.
O desenvolvimento de motores-foguetes sejam eles sólidos, líquidos ou híbridos entre outras tecnologia críticas, são essenciais para a implantação de um programa espacial auto-sustentável. O governo precisa acordar e priorizar apoiando firmemente o desenvolvimento dessas tecnologias críticas no país, sejam elas na esfera pública (IAE, INPE, IEAv), nas universidades ou na iniciativa privada.
Duda Falcão
Teste do Motor-Foguete Híbrido da UnB - Setembro de 2009
É, aí está um exemplo de que existem bolsões de conhecimento técnico específico no campo dos motores-foguete aqui no Brasil. Gente capacitada que luta pra deslanchar nosso Programa. As ideias são muitas, e, apesar dos inevitáveis impecilhos políticos e econômicos, é confortante saber que as soluções de ordem técnica podem não estar tão distantes.
ResponderExcluirÉ verdade Antônio!
ResponderExcluirO trabalho que os estudantes da UnB vem realizando com motores-foguetes híbridos é de estrema importância para o PEB e não deveria está restrito aos parcos recursos do "PROGRAMA UNIESPAÇO", mas infelizmente é a realidade dos fatos. Espero poder em breve estar divulgando uma grande noticia na área de motores-foguetes líquidos, que certamente balançará positivamente o setor aeroespacial do país.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Sou fascinado pelo desenvolvimento técnico levado a efeito pelos engenheiros alemães (para não citar os soviéticos!) nas décs 1910-20-30-40, notadamente pelo Dr Eugen Sänger que criou Silbervogel (link sobre este assunto abaixo) um bombardeiro Espacial cuja concepção serviu, mais tarde, de base para o Space Shuttle americano.
ResponderExcluirÉ de arrepiar o que estes citados engenheiros e cientístas (entre eles, Oberth e Lippisch) foram capazes de desenvolver naquela época! Algumas de suas arrojadas concepções, cujos planos foram destruídos por ordem do ditador nazi, Adolf Hitler, no final do conflito em 1945, viraram lenda!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silbervogel
Pois é Antônio,
ResponderExcluirA época era outra e a motivação também. No Brasil a cultura não ajuda e em minha opinião ela é a grande responsável pela atual situação do país. Para que esse país se transforme numa nação de verdade terá antes de passar por uma radical revolução cultural, caso contrário continuaremos avançando 5 anos em 40.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)