Rover Curiosity da NASA Consegue Atingir 'Cume Perigoso' em Marte Após 'Três Tentativas Fracassadas'
Olá leitores e leitoras do BS!
Foi postado ontem
(20/09) uma notícia no site ‘Olhar
Digital’ destacando que o ‘Rover Curiosity’, da NASA, conseguiu atingir
Cume Perigoso em Marte após Três Tentativas Fracassadas. Entendam
melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Rover Curiosity Atinge Cume Perigoso em Marte Após
Três Tentativas Fracassadas
Ele é persistente! Após três tentativas frustradas,
finalmente, o rover Curiosity, da NASA, chegou a um cobiçado local arriscado em
Marte
Por Flavia Correia
20/09/2023 11h34
Atualizada em 20/09/2023 20h58
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Nesta segunda-feira (18), a NASA confirmou que, após três tentativas fracassadas, o
rover Curiosity conseguiu chegar a um destino desafiador em Marte: a cordilheira Gediz
Vallis.
E por que esse local de difícil acesso valeu tanto
esforço para o Curiosity? Os cientistas acreditam que há três bilhões de anos,
quando o planeta era muito mais úmido do que esse mundo árido que é agora,
poderosos fluxos de detritos carregavam lama e pedregulhos nos arredores de uma
montanha conhecida como Monte Sharp. Segundo um comunicado da NASA, esses detritos “se espalharam em um
ventilador que mais depois foi erodido pelo vento em uma crista imponente”.
Isso quer dizer que essa crista pode guardar provas do
passado azul de Marte – além de informações sobre os antigos e perigosos
deslizamentos de terra do planeta.
“Enormes rochas foram arrancadas da montanha lá em cima,
desceram correndo e se espalharam em um leque abaixo”, disse o geólogo William
Dietrich, membro da equipe da missão na Universidade da Califórnia, em
Berkeley.
O objetivo foi alcançado em 14 de agosto, o 3.923º dia
marciano (sol) da missão. Depois de se acomodar, o rover usou a Mastcam para
registrar 136 imagens individuais do local, que foram unidas para formar um
panorama de 360 graus que mais tarde foi aprimorado para fins visuais.
Saga do Rover Curiosity a Caminho de Gediz Vallis em
Marte
Primeiro, o rover teve alguns problemas para acessar essa
região há muito procurada no Planeta Vermelho depois de escalar um ponto em 2021
conhecido como Frontão Greenheugh, que os cientistas dizem ser uma formação
rochosa muito difícil de escalar.
Então, no ano passado, o equipamento se deparou com
algumas rochas com pontas afiadas, apelidadas de “gator-back“,
espalhadas por outro caminho possível até a cordilheira. O apelido vem do fato
de que essas rochas se assemelham a escamas nas costas de um jacaré (aligator back, em inglês). Acredita-se que
essas rochas sejam feitas de arenito – o que também as tornou o tipo mais
difícil de rocha que o Curiosity encontrou em Marte.
No início deste ano, o rover enfrentou outro problema no
caminho para Gediz Vallis depois de examinar um trecho chamado Marker Band
Valley. No comunicado, a NASA compara o trajeto àquela brincadeira em que uma
lona molhada é colocada sobre um terreno para as crianças deslizarem nela.
“Toda essa provação deixou o Curiosity em forma delicada”, diz a agência.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Mas agora, finalmente, o rover fez jus ao nome, sendo
capaz de satisfazer a nossa curiosidade a respeito do tão cobiçado destino.
“Depois de três anos, finalmente encontramos um local por meio do qual o
Curiosity pôde acessar com segurança a crista íngreme”, disse Ashwin Vasavada,
cientista do projeto Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da
NASA. “É uma emoção poder alcançar e tocar rochas que foram transportadas de
lugares no alto do Monte Sharp que nunca poderemos visitar com o Curiosity”.
O rover não consegue chegar ao pico do Monte Sharp, o que
significa que dissecar rochas no chão que antes estavam no ápice da formação é
uma oportunidade excepcionalmente importante.
Ele explora a montanha de cinco quilômetros de altura
desde 2014, encontrando evidências de riachos antigos ao longo do caminho, “mas
a cordilheira Gediz Vallis era uma área totalmente nova para investigar – e, na
verdade, a seção mais jovem da região”, diz a NASA.
O Que o Rover Encontrou?
O rover Curiosity passou 11 dias no cume. Durante esse
tempo, ele fotografou rochas escuras que “claramente se originaram em outros
lugares da montanha”, bem como outras mais abaixo da linha do cume, “algumas
tão grandes quanto carros”.
Na ocasião, como dito anteriormente, ele também ofereceu
aos cientistas as primeiras visões de perto de uma manifestação geológica
chamada “ventilador de fluxo de detritos”, que se refere a um fenômeno em que
os detritos que fluem por uma encosta se espalham em forma de leque.
“Os resultados desta campanha nos levarão a explicar
melhor esses eventos não apenas em Marte, mas até mesmo na Terra, onde eles são
um perigo natural”, disse Dietrich.
Curiosity pousou em Marte em 5 de agosto de 2012. A
missão foi originalmente programada para durar um ano marciano, o equivalente a
pouco menos de dois anos terrestres, mas sua longevidade superou (e muito) as
expectativas. Ele já percorreu mais de 30,5 km, captou mais de 574 mil imagens
e coletou mais de 40 amostras, que nos deram informações valiosas sobre a
geologia e a história do planeta.
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