Cápsula da NASA Que Trazia Amostras do 'Asteroide Bennu', Pousou Com Sucesso Ontem (24) no Deserto dos EUA
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (24/09) no site “BBC News Brasil”, informando que à pequena cápsula da Sonda Espacial Oiris-REX da NASA
que trazia as amostras do Asteroide Bennu, pousou ontem de forma bem sucedida no deserto dos EUA. Saibam mais sobre esta
história pela matéria abaixo.
Sensacional, mais um gol desta fantástica Agência Espacial. Enquanto isto na República das Bananas...
Brazilian Space
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Osiris-Rex: Cápsula Com Amostras de Asteroide Que Pode Atingir a Terra Faz Pouso Bem-Sucedido no Deserto dos EUA
Por Jonathan Amos
Correspondente de Ciência da BBC em Dugway, Utah (EUA)
24 setembro 2023
Fonte: Site BBC News Brasil - https://www.bbc.com/portuguese
Foto: NASA
Imagem mostra cápsula contendo amostras de asteroide Bennu; segundo NASA, não houve danos à estrutura durante descida à Terra. |
Uma cápsula contendo amostras do solo da superfície do
asteroide mais perigoso do Sistema Solar pousou com sucesso no deserto do
estado americano do Utah, segundo a NASA (agência espacial americana).
Ela foi lançada pela espaçonave Osiris-Rex quando a sonda
passou por nosso planeta neste domingo (24/9), a etapa final de uma missão que
durou sete anos.
As amostras voltaram para a Terra dentro de uma cápsula,
para protegê-las durante sua descida à Terra.
Segundo a NASA, não há sinais de danos à estrutura; ela
está em perfeito estado.
Os cientistas esperam que o material revele novas
informações sobre a formação dos planetas há 4,5 mil milhões de anos, e
possivelmente até forneça informações sobre como a vida começou no nosso mundo.
O pouso ocorreu em uma área do deserto de Utah,
pertencente ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, às 08h52 (11h52 de
Brasília).
Local do Pouso
A cápsula levou 13 minutos para atravessar a atmosfera da
Terra.
Ela tem o tamanho de um pneu de carro e se moveu
inicialmente a mais de 12 km/s (43.200 km/h) com um pico de aquecimento
superior a 3.000°C.
Mas uma combinação de escudo térmico e pára-quedas
permitiu que ela caísse em segurança na planície desértica.
O pára-quedas que ajudou a retardar sua descida se
desconectou, mas foi avistado perto do local de pouso.
Descida
Foto: NASA
A sonda Osiris-Rex deixou a Terra em 2016 para investigar
o asteroide Bennu, que tem uma probabilidade muito pequena de atingir o nosso
planeta no final do próximo século.
As chances de colisão são, segundo os cientistas da NASA,
de uma em 1.750 nos próximos 300 anos ou mais, e a data que mais os preocupa é
24 de setembro de 2182.
Para se ter uma ideia dessa probabilidade, é o mesmo que
jogar uma moeda e obter cara 11 vezes seguidas.
É um risco pequeno, mas que os cientistas estão levando
muito a sério, porque o impacto de uma rocha espacial com 500 metros de largura
poderia causar uma devastação total numa cidade do tamanho de São Paulo, por
exemplo.
Portanto, faz sentido entender a fundo esse asteroide.
Se soubermos do que ele é feito, poderemos encontrar
maneiras de pará-lo — caso seja necessário.
A espaçonave levou dois anos para alcançar Bennu e outros
dois observando a "montanha espacial" antes de fazer uma série
audaciosa de manobras para coletar os materiais de sua superfície.
Tudo o que restava, portanto, era trazer essas amostras —
cerca de 250g em massa — com segurança para o solo da Terra.
Pouco antes das 5h (8h de Brasília), a NASA confirmou que
a espaçonave havia lançado a cápsula em direção à Terra, e que a sonda também
havia feito uma manobra de desvio para garantir que poderia passar por nosso
planeta.
As equipes de recuperação estavam confiantes, mas sabiam
que nada podia ser dado como garantido.
Permanecia vivo na memória dos cientistas o que aconteceu
com a Genesis, uma cápsula que em 2004 trouxe amostras do vento solar.
Seu pára-quedas não abriu, e a cápsula atingiu o solo a
mais de 300 km/h, abrindo seu conteúdo.
Os meteorologistas do Campo de Testes e Treinamento de
Utah colocaram balões meteorológicos nos últimos dias para obter as informações
mais recentes para ajudar a prever a posição final de lançamento.
Com a previsão de ventos fracos, consideraram improvável
que a cápsula fosse empurrada para fora de sua rota.
O maior problema é toda a chuva que o deserto sofreu este
ano. Há poças e bastante lama.
As equipes de recuperação se deslocaram até o local do
pouso em helicópteros — o objetivo é colocar a cápsula em uma rede e movê-la
sob um helicóptero para uma sala limpa temporária em Dugway.
É nesta cabine estéril que o recipiente interno da
cápsula contendo as amostras de Bennu será removido e fechado em nitrogênio
para transporte posterior para o Centro Espacial Johnson da NASA, no estado
americano do Texas, onde a análise detalhada poderá começar.
Todas as operações de recuperação foram pensadas para
evitar a introdução de contaminação terrena nas amostras, comprometendo o
andamento das pesquisas.
Concluído o lançamento da cápsula, a Osiris-Rex será
agora instruída a voar para outro asteroide chamado Apophis.
O encontro está previsto para 2029.
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