Cápsula da Sonda Espacial OSIRIS-REx na NASA, Chega a Terra Neste Domingo (24), Trazendo Abordo as Tão Esperadas Amostras do 'Asteróide Bennu'
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, no dia de ontem (22/09) foi postado no site Inovação Tecnológica uma matéria tendo
como destaque que destacando que uma cápsula da ‘Sonda espacial OSIRIS-REx’ pousará de volta neste dia 24/09 (domingo)
trazendo abordo amostras do ‘Asteroide
Bennu’. Entendam melhor essa
história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
ESPAÇO
Amostras de Asteroide Chegam do Espaço Neste Fim de Semana
Redação do Site Inovação Tecnológica
22/09/2023
[Imagem: NASA]
Amostras do Asteroide Bennu
Depois de uma missão de sete anos, indo até o asteroide
Bennu e voltando para a Terra, a sonda
espacial OSIRIS-REx pousará de volta neste domingo, dia 24.
A bordo, estarão as tão esperadas amostras, coletadas
diretamente do asteroide em 2020, fechadas em uma cápsula hermética.
Antes disso, é claro, a sonda deverá vencer uma das
etapas mais críticas da missão, devendo sobreviver à reentrada na atmosfera da
Terra a uma velocidade impressionante de 45.000 km/h, cerca do dobro da
velocidade de um artefato que eventualmente retorne ao solo caindo da própria
órbita da Terra.
Um escudo de calor especial, feito com fibras de carbono
encorpadas com resina fenólica, deverá garantir a sobrevivência pela etapa mais
quente da descida, quando então serão abertos seus pára-quedas, para
desacelerar a cápsula para cerca de 16 km/h, descendo em um deserto no estado
de Utah, nos EUA.
As chances de contaminantes locais, como solo e água,
entrarem no recipiente das amostras são extremamente baixas. Mas, para ter
certeza absoluta de que ninguém estará estudando acidentalmente poeira de um
deserto terrestre pensando que são amostras de Bennu, os pesquisadores
coletarão amostras do ambiente onde a cápsula pousar, para comparação com o
material do asteroide.
Pouco, Mas Valioso
Segundo os cálculos dos engenheiros da NASA, a cápsula
deve conter cerca de 60 gramas de poeira e pequenos pedregulhos de Bennu.
[Imagem: NASA]
Momento em que o braço robótico da sonda espacial coletou amostras do asteroide Bennu, há três anos. |
"Essas amostras são algumas das rochas mais primitivas
e intactas disponíveis. Ao contrário das quedas de meteoros naturais, que podem
ser rapidamente contaminadas pela nossa atmosfera, água e biota, estas rochas
são imaculadas. Assim, com [as amostras de] Bennu analisaremos amostras
intactas dos objetos mais antigos do Sistema Solar.
"Pode não parecer muito, mas 60 gramas é muito mais
do que muitas missões anteriores a asteroides. Bennu é um asteroide irregular
do grupo C, um grupo carbonáceo e rico em compostos voláteis, que permaneceu
relativamente intocado desde que foi formado. Isso significa que teremos
efetivamente uma janela para olhar para trás, para o início do próprio Sistema
Solar," disse o professor Nicholas Timms, membro da equipe que analisará
as amostras.
Na verdade, a maioria das equipes envolvidas nas
análises, de várias universidades ao redor do mundo, não deverá receber mais do
que alguns poucos miligramas cada uma.
[Imagem: Goddard Space Flight Center]
Entenda a Missão
A sonda OSIRIS-REx foi lançada em 2016, com a missão de
coletar amostras de um asteroide chamado Bennu, que tem uma chance em 2,5 mil
de se chocar com a Terra por volta do ano 2135.
O estudo do asteroide faz parte de um esforço para tentar
encontrar meios eficazes de deter um corpo celeste de grandes proporções que
possa ameaçar a Terra. E saber do que ele é formado é uma primeira informação
essencial.
A OSIRIS-REx não possuía um módulo de pouso, mas um braço
robótico que se estendeu para tocar rapidamente a superfície do asteroide. Na
extremidade do braço, um disco perfurado sugou a poeira e detritos do solo do
corpo celeste, o chamado regolito.
O disco tem capacidade para conter cerca de 60 gramas de
material, mas não é possível saber de antemão o quanto ele capturou porque não
é fácil pesar coisas no espaço.
A expectativa é que os primeiros resultados das análises
das amostras do asteroide sejam divulgados apenas no próximo ano.
A sonda
japonesa Hayabusa 2 coletou amostras de outro asteroide Ryugu e já as
trouxe à Terra. A sonda
europeia Rosetta, pousou um pequeno robô no cometa 67P em 2014.
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