Grupo de Trabalho Que Discute Titulação de Terras Quilombolas em Alcântara (MA) Realiza Primeira Reunião
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada no dia de ontem (28/09) site da ‘Advocacia-Geral
da União (AGU)’ destacando que ‘Grupo de Trabalho’ criado pelo Governo para discutir a ‘Titulação
de Terras Quilombolas em Alcântara (MA)’, realizou a sua Primeira Reunião.
Saibam mais pela matéria abaixo.
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Direitos Humanos
Grupo de Trabalho Que Discute Titulação de Terras
Quilombolas em Alcântara (MA) Realiza Primeira Reunião
Advogado-geral da União, Jorge Messias, destacou
expectativa de que solução definitiva para o assunto seja encontro
Publicado em 28/09/2023 - 15h46
Fonte: Site da Advocacia-Geral da União (AGU) - https://www.gov.br/agu/pt-br
Foto: Daniel Estevão/AscomAGU
O Grupo de trabalho criado para conciliar a titulação de
terras remanescentes de quilombos de Alcântara (MA) com o funcionamento do
programa espacial brasileiro realizou a primeira reunião na manhã desta
quinta-feira (28) na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. O
advogado-geral da União, Jorge Messias, participou da abertura da reunião e
afirmou ter grande expectativa que o grupo encontre uma solução definitiva para
a questão.
“Queria falar da alegria de tê-los aqui hoje, da minha
esperança de iniciarmos a construção coletiva de uma solução de um problema
dramático para o Estado brasileiro que já dura mais de três décadas”, pontuou o
advogado-geral da União.
“São inúmeros órgãos do Estado brasileiro que estão aqui
unindo esforços para, junto com a comunidade, encontrarmos uma solução. A gente
sabe que o caminho que resolvemos trilhar é um caminho mais longo, mas é um
caminho que nós acreditamos que pacífica melhor a situação porque a ideia do
governo é encontrar soluções sustentáveis, efetivas e que tenho chamado de
soluções definitivas”, acrescentou Jorge Messias.
O advogado-geral da União também ressaltou que o trabalho
que será desenvolvido no âmbito do grupo, que é coordenado pela AGU, deverá
observar princípios essenciais, tanto por parte do Estado brasileiro, como dos
representantes das comunidades. Ele citou como exemplo, os princípios da
confiança recíproca, da boa-fé, da autodeterminação das comunidades quilombolas
e da integridade territorial. “É preciso conciliar princípios. E um princípio
também relevante é o de preservação do modo de vida tradicional das
comunidades. Agora, nós precisamos, e aí é o grande desafio que nós nos
propusemos nesse momento, conciliar esses princípios com a soberania nacional e
com os princípios do desenvolvimento científico e tecnológico”, pontuou, pedindo
que o grupo dialogue bastante na busca de uma solução.
Participaram da reunião membros das comunidades
quilombolas, além de representantes dos 13 órgãos e entidades federais que
compõem o GT. A reunião foi coordenada pelo advogado geral da União adjunto,
Junior Divino Fideles, e pelo procurador nacional da União de Assuntos
Internacionais, Boni de Moraes Soares.
Diálogo
Fideles afirmou que o Estado brasileiro reconhece a
complexidade da questão e agradeceu a confiança dos representantes no grupo.
“Queria reafirmar as palavras de agradecimento do ministro, agradecimento a
todos os órgãos de governo aqui presentes que se dispuseram a integrar esse
grupo de trabalho. E queria fazer um agradecimento especial aos representantes
das comunidades quilombolas do território étnico de Alcântara, por esse gesto
de mais uma vez reestabelecer o diálogo com o governo brasileiro”, pontuou.
“Que esse grupo possa encontrar as soluções que as outras experiências
anteriores não encontraram. Estamos muito confiantes”, enfatizou.
Nesta manhã, os participantes fizeram uma análise
conjunta do Decreto nº 11.502/23, que instituiu o GT, elaboraram um plano de
atuação para os próximos meses e definiram datas para os encontros. O grupo
deverá apresentar em 120 dias uma proposta de ato normativo para regulamentar o
protocolo de consultas prévias às comunidades remanescentes.
O objetivo é que ao final dos trabalhos do GT seja
apresentado um relatório circunstanciado com propostas de soluções para a Casa
Civil. Se aprovado, então, o documento deverá ser enviado ao Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que deverá publicar a portaria de
reconhecimento do território das comunidades remanescentes de quilombos de
Alcântara.
Além da AGU, integram o grupo de trabalho representantes
das comunidades remanescentes dos quilombos e dos seguintes órgãos: Casa Civil;
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Ministério da Defesa; Ministério
do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Ministério dos Direitos
Humanos e da Cidadania; Ministério da Igualdade Racial, que também terá a
atribuição de coordenar processo de consulta às comunidades; Ministério das
Relações Exteriores; Secretaria-Geral da Presidência da República; Agência
Espacial Brasileira; Comando da Aeronáutica; Fundação Cultural Palmares; e
Incra.
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