'Telescópio Espacial James Webb' Observa 'Exoplaneta TRAPPIST-1 b' e Não Encontra Sinais de Atmosfera
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue agora uma notícia publicada ontem (25/09) no site ‘Canaltech’,
destacando que o Telescópio Espacial
James Webb observou o ‘Exoplaneta TRAPPIST-1 b’ e Não encontrou sinais de atmosfera.
Entendam melhor essa história pela
matéria abaixo.
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James Webb Observa Planeta TRAPPIST-1 b e Não Encontra Sinais de Atmosfera
Por Danielle Cassita
Editado por Patricia Gnipper
25 de Setembro de 2023 às 18h00
Fonte: The Astrophysical Journal Letters; Via: Michigan News
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Imagem: NASA/JPL-Caltech
O telescópio James Webb coletou novos dados de TRAPPIST-1 b, um
dos exoplanetas no sistema
TRAPPIST-1, e revelou mais sobre suas características. O novo estudo foi
liderado por Olivia Lim, da Universidade de Montreal, e trouxe resultados que
podem ajudar os cientistas a entender como as estrelas afetam as observações
dos mundos que as orbitam.
TRAPPIST-1 é uma estrela menor e mais fria que o Sol. Ela fica a
cerca de 40 anos-luz da Terra, e chama a atenção dos cientistas desde a
descoberta de sete exoplanetas em sua órbita. Para o novo estudo, os autores
analisaram as propriedades de TRAPPIST-1 b com a técnica da espectroscopia de
transmissão.
Por meio dela, os cientistas analisam a luz da estrela após
atravessar a atmosfera do exoplaneta durante um trânsito. Assim, eles conseguem
identificar as impressões deixadas pelas moléculas e átomos presentes ali. A
maior descoberta do estudo foi o impacto da atividade da estrela e sua
contaminação.
A contaminação estelar se refere à influência das características
da estrela (como suas manchas) nas medições da atmosfera dos exoplanetas. No
caso de TRAPPIST-1
b, eles descobriram que a contaminação pode criar “sinais fantasma”, que
fazem com que o observador acredite ter encontrado determinada molécula na atmosfera.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, J. Olmsted (STScI)
Para contornar os impactos da contaminação estelar, os autores
usaram algumas técnicas que permitiram determinar o tipo de atmosfera que
TRAPPIST-1 b poderia ter. Na primeira abordagem, a contaminação estelar foi
removida dos dados; na segunda, a contaminação e a atmosfera foram modelados e
combinados.
Em ambos os casos, os resultados mostraram que o espectro do
TRAPPIST-1 b só poderia corresponder à contaminação estelar sozinha, sem a
atmosfera; portanto, não há evidências de uma atmosfera significativa no
planeta. Depois, com base nas observações
do Webb, os autores analisaram diferentes modelos atmosféricos do planeta.
Eles analisaram várias composições e cenários possíveis, e
concluíram que era possível descartar atmosferas ricas em hidrogênio. Por isso,
TRAPPIST-1 b não parece ter nenhum tipo de atmosfera e, se tiver, é possível
que seja composta por alguma camada gasosa mais fina, feita de compostos como o
metano.
"Isso nos diz que o planeta pode ser rocha pura, tem nuvens
no alto da atmosfera ou tem alguma molécula muito pesada, como dióxido de
carbono, que torna a atmosfera pequena demais para ser detectada", sugeriu
o coautor Ryan MacDonald. "Mas o que nós vemos é que a estrela é, absolutamente,
o maior efeito dominando nossas observações, e ela vai fazer exatamente a mesma
coisa para os outros planetas no sistema", finalizou.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The
Astrophysical Journal Letters.
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