Projeto da FAB Busca Velocidade Hipersônica
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (18/10) no site da “Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)”,
dando destaque ao projeto da Força Área Brasileira (FAB) que está em busca da Velocidade
Hipersônica.
Duda Falcão
SEMANA DE C&T
Projeto da FAB Busca Velocidade Hipersônica
Publicado: Quinta, 18 Outubro 2018 - 10:27
Última Atualização: Quinta, 18 Outubro 2018 - 10:29
Já pensou viajar de Brasília a Salvador em menos de meia
hora? Isso já é possível se você for piloto da Força Aérea Brasileira (FAB). Os caças,
modelo Gripen, que entram em operação em 2019, fazem esse trajeto em 27
minutos. Cerca de dois mil quilômetros por hora, velocidade supersônica.
E se for mais depressa ainda? Cinco vezes mais rápido? A
aeronáutica desenvolve desde 2006, com o apoio da CAPES, um projeto que
pretende atingir a velocidade hipersônica. A tecnologia do projeto 14X é uma
vanguarda em todo o planeta
Aproximadamente 40 pessoas estão envolvidas diretamente
no projeto. Os primeiros testes em voo de motor hipersônico, como o 14X, serão
realizados em 2020. A máquina vai entrar em funcionamento na estratosfera, a 40
quilômetros de altura. A previsão dos pesquisadores é de que a aeronave atinja
a velocidade supersônica durante cerca de cinco segundos e exploda em seguida.
Claudio José Rocha, pesquisador da FAB, afirma que o os
testes do motor no túnel de vento tiveram bons resultados e que agora é preciso
colocar o protótipo no ar. “A partir dos ensaios em solo, que foram feitos em
túneis de vento, nós tivemos a conclusão de que o nosso motor hipersônico é
viável e funciona”.
O pesquisador explica que como os tempos de teste são
muito curtos no túnel de vento, são necessários ensaios em voo para que seja
possível atestar que o motor é viável tecnicamente. Só assim ele poderá ser
produzido e otimizado para as aplicações civis e militares. Cada teste com o
motor hipersônico ligado dura cerca de 50 milissegundos, mais rápido que um
piscar de olhos.
Os laboratórios de desenvolvimento ficam no Instituto de
Estudos Avançados da Aeronáutica, em São José dos Campos. A evolução da
tecnologia aeronáutica brasileira ajuda não só no desenvolvimento da ciência,
como também melhora a economia local.
O coronel Lester Faria, diretor do Instituto de Estudos
Avançados da Aeronáutica, comenta que estão se desenvolvendo municípios como
São José dos Campos e cidades do seu entorno, como Campinas e a própria
capital, São Paulo. “Do mesmo modo podemos falar de Alcântara e São Luís no
Maranhão, de onde é lançado o produto. A gente gera emprego, faz a economia
girar e incentiva as universidades dessas localidades. É um produto completo”.
Com o avanço do programa, os pesquisadores esperam captar
mais recursos para desenvolver outras tecnologias. Além da CAPES, a pesquisa
recebe recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), da FAB e
da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Fonte: Site do CAPES - http://www.capes.gov.br/sala-de-imprensa
Comentário: Pois é leitor, sou um grande admirador deste
projeto, mas a FAB precisa mostrar a Sociedade Brasileira interessada que, a Força
Aérea esta realmente comprometida em apresentar resultados concretos, já que
este projeto vem se arrastando há anos com promessas que não se cumprem,
repetindo assim a mesma trajetória de diversos outros projetos do PEB (não só
da FAB é preciso dizer) que sugiram e desapareceram sem apresentar nada de
concreto. Vamos torcer para que esta equipe de 40 pesquisadores envolvidas neste projeto possam realmente realizar o primeiro voo atmosférico deste veículo 14X
em 2020, como atesta esta notícia, e que não se leve mais 10 anos para se
realizar outro voo teste. Hoje leitor a esperança de todos é que, com a provável
eleição do candidato Bolsonaro a presidência do Brasil, os rumos do PEB e do
país como um todo serão o da competência e do comprometimento com o desenvolvimento brasileiro, porém ainda teremos
de aguardar para ver. A luta continua. Agradecemos a nossa leitora Mariana Amorim Fraga pelo envio desta notícia.
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