GeoPantanal Discute Desenvolvimento Sustentável do Bioma
Caro leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (23/10) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o
evento GeoPantanal discute desenvolvimento sustentável do Bioma.
Duda Falcão
NOTÍCIA
GeoPantanal Discute Desenvolvimento Sustentável do Bioma
Por INPE
Publicado: Out 23, 2018
São José dos Campos-SP, 23 de outubro de 2018
Pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas
regiões do País e da América Latina estão reunidos em Jardim, no Mato Grosso do
Sul (MS), para discutir a aplicação das geotecnologias em estudos de
preservação e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Organizado pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Embrapa Informática
Agropecuária e universidades da região, o 7º GeoPantanal apresenta de 20 a 24
de outubro uma série de pesquisas e estudos técnicos aplicados a este bioma e
entorno, que abrange também Bolívia e Paraguai.
"As geotecnologias são muito importantes para ajudar
no desenvolvimento do estado de Mato Grosso do Sul e do País", disse a
pesquisadora Beatriz Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS), na abertura do 7º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal. O diretor do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul
(IFMS) – campus Jardim, Nilson Oliveira da Silva, destacou o esforço para
trazer o evento para o município, lembrando que a região é muito sensível e por
isso ampliar o contato com esse conhecimento é fundamental.
Entre as principais contribuições do GeoPantanal estão a capacitação de
diversos alunos e professores, por meio de cursos e palestras sobre ferramentas
úteis para aplicação no bioma, além do fortalecimento da rede de instituições
de ensino e pesquisa e do desenvolvimento de pesquisas e tecnologias focadas em
ajudar a solucionar problemas da região pantaneira, de acordo com o chefe de
Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária, Stanley
Oliveira.
O vice-reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Laércio
Alves de Carvalho, reforçou a presença das principais referências nacionais e
internacionais para discutir ciência, tecnologia e inovação em geotecnologias
no interior do estado, distante dos grandes centros urbanos, ajudando a
fortalecer a rede de desenvolvimento local e regional.
Para o coordenador do evento, Laércio Namikawa, pesquisador do INPE, o
principal objetivo do GeoPantanal sempre foi promover discussões no tema para
criar uma rede integrada também pelas instituições locais que atuam na bacia do
Alto Rio Paraguai, beneficiando a comunidade acadêmica e a população.
Ainda estiveram presentes à cerimônia de abertura o secretário municipal de
Desenvolvimento Econômico e Cultura, Olavo Júnior, o coordenador de Economia e
Estatística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semagro), Daniel Frainer,
além de outros representantes de instituições públicas e privadas.
O Zoneamento Ecológico Econômico e a distribuição espacial das atividades
econômicas em Mato Grosso do Sul (MS) foram apresentados na palestra de
abertura do simpósio. O professor Daniel Frainer, da Semagro, mostrou a
proposta desse zoneamento para o estado, que integra um conjunto de ações
voltadas para alterações do meio ambiente visando à exploração racional dos
recursos, melhora da qualidade de vida da população e preservação ambiental.
Capacitação em Geotecnologias
Com o objetivo de oferecer oportunidade de atualização em ferramentas
tecnológicas, foram realizados cinco cursos durante o GeoPantanal, nos campi do
IFMS e da UEMS. Cerca de 50 estudantes e professores participaram dos
treinamentos ocorridos em 20 e 21 de outubro.
O sensoriamento remoto por aeronaves remotamente pilotadas foi um dos temas
abordados. O professor Tony Vinicius Moreira Sampaio e o mestrando Otacílio
Lopes de Sousa da Paz, da Universidade Federal do Paraná, falaram sobre os
principais desafios e potencialidades dessas tecnologias. Eles explicaram quais
são os principais softwares usados, recursos técnicos, aspectos legais e
regulamentação.
O curso sobre as geotecnologias aplicadas ao ensino e a práticas escolares
procurou conscientizar especialmente professores da rede pública sobre a
importância desse conhecimento para atividades educacionais. A professora Naomi
Anaue Burda, da Geoeduc, explicou a necessidade de se abordar esse tema, que
normalmente não faz parte do conteúdo acadêmico da formação dos educadores.
Para ela, o contato com esses instrumentos é fundamental para os profissionais
que vão atuar no mercado de trabalho e para os que estão em sala de aula
ensinando estudantes que já têm uma vivência com as novas tecnologias.
A experiência em geotecnologias aplicadas ao mapeamento, planejamento e
agricultura de precisão foi apresentada por Cleber Gonzales de Oliveira, da
Embraer/Visiona, Hiran Zani e Thiago Gonçalves Rodrigues. A estudante de
Geografia da PUC Minas Camila Stael, ex-estagiária da Embrapa Pantanal
(Corumbá, MS) disse que gostou muito do curso e está se envolvendo mais na
questão das geotecnologias. O principal interesse é usar as ferramentas para
contribuir com a sustentabilidade de processos de produção, ampliando os
recursos de inovação tecnológica para ajudar tanto o meio ambiente como o setor
produtivo.
Outro curso prático tratou dos sistemas TerraHidro e TerraApp, com os
pesquisadores Sergio Rosim e Laércio Namikawa, do Inpe. As ferramentas são
úteis para o gerenciamento de recursos hídricos e áreas de proteção permanente.
A construção de banco de dados com o software livre QGIS e a replicação de
informações via web foram o tema do curso ministrado pelos geógrafos Edson
Antonio Mengatto Junior, doutorando em Geografia pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e João Luis dos Santos, consultor da Embrapa Informática
Agropecuária.
O 7º GeoPantanal é organizado pela Embrapa Informática Agropecuária, Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Universidade Estadual de Mato Grosso do
Sul (UEMS) – Unidade Universitária de Jardim, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS) – campus do Pantanal-Corumbá, Universidade do Estado de
Mato Grosso (Unemat) – campus Universitário de Cáceres, e Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS) – campus Jardim.
Conta com apoio e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), organização não
governamental WWF, Mineração Bodoquena S.A. e Visiona Tecnologia Espacial. Além
das instituições organizadoras, o 7º GeoPantanal tem apoio institucional da
Revista Ra’Ega, Instituto Geoeduc e Associação de Especialistas
Latinoamericanos em Sensoriamento Remoto (Selper).
Mais informações: www.geopantanal.cnptia.embrapa.br
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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