Turbo-Rocket – Uma Nova Ferramenta Educacional
Olá leitor!
Recebi no dia de ontem (09/10), o artigo abaixo escrito que
foi pelo Eng. Rene Nardi, brasileiro radicado nos EUA, tendo como tema o uso
dos foguetes Turbo-Rocket como uma nova ferramenta educacional. Vale a pena dar
uma conferida.
Duda Falcão
Turbo-Rocket – Uma Nova
Ferramenta Educacional
Por Rene Nardi
Substituir motores de foguete sólido ou líquido por motor
turbojato pode ser uma opção atraente para um novo tipo de ferramenta
educacional para desafiar as habilidades de projeto e construção de estudantes
de engenharia. Em sua missão típica, definida conforme as condições para
participação na competição Spaceport American Cup, o TurboRocket deve atingir
altitude de 3 km acima do nível do mar levando uma carga útil de 4 kg. Os
estudos iniciais mostram um veículo de 2,5 m de comprimento com 12 kg de peso
máximo de decolagem, com uma fuselagem cilíndrica de 0,15 m de diâmetro incorporando
um motor turbojato de 300 N de empuxo montado na extremidade inferior,
imediatamente atrás das aletas. O projeto do primeiro modelo foi executado por
alunos das Universidades do Ceara e do Rio Grande de Norte, resultando em um
artigo publicado pela AIAA-American Institute of Aeronautics and Astronautics. A
Figura abaixo mostra o TurboRocket voando junto ao super herói, para efeito de comparação
de tamanho.
O uso de turboreator para impulsionar o foguete traz consigo
algumas particularidades técnicas interessantes. O TurboRocket não se comporta
como um avião a jato que voa principalmente na posição horizontal, na mesma
altitude, a uma velocidade constante com o motor funcionando por longos
períodos, a baixa potencia. O turbo-foguete dispara da plataforma de lançamento
em uma posição quase vertical e continua voando na vertical, mudando constantemente
de altitude e velocidade, com o turbojato funcionando sempre na potencia máxima,
mas por um período de tempo bem curto. O turbo-foguete também não é um foguete
puro, porque um foguete deve transportar seu fluido de trabalho sob a forma de
combustível e oxidante, sua velocidade é independente da velocidade do vôo e, o
mais importante, é capaz de operar dentro ou fora da atmosfera. O TurboRocket
carrega seu combustível, mas depende do ar circundante como fonte de oxigênio,
o que limita seu funcionamento aos dos limites inferiores da atmosfera.
O projeto do Turborocket esta no momento sendo levado
adiante pelo consorcio de alunos da UFMG, PUC-Minas e FUMEC, em Belo Horizonte.
O foguete imaginado pelos estudantes e formado por quatro componentes
principais: a ogiva, a fuselagem, as aletas e a carenagem do motor. A ogiva foi
projetada para acomodar o lastro utilizado para a calibração do centro de
gravidade e atuar como um compartimento para armazenamento dos pára-quedas de
dois estágios. A estrutura da fuselagem consiste em um cilindro de fibra de
carbono com a carga útil e o computador de controle de vôo instalados na
extremidade superior. Muito espaço está disponível na parte central da
fuselagem para instalação de algum equipamento extra para futuras versões.
Estrategicamente posicionado próximo ao CG do foguete está o tanque de
combustível e mais a baixo estão a unidade eletrônica de controle do motor, a
bomba de combustível e as baterias. O turbo-foguete tem quatro aletas de fibra
de carbono usadas para a estabilização durante a ascensão através da atmosfera.
Na parte inferior do veículo está a carenagem do motor, que serve de berço de
fixação para o motor e incorpora as entradas de ar, e vem a ser fixada por
parafusos na fuselagem para permitir a sua substituição quando necessário.
O desenvolvimento do TurboRocket está no estágio inicial e
precisa de estudantes que busquem novos desafios para aplicar os conhecimentos
adquiridos na sala de aula através do projeto e construção de um TurboRocket.
Ao que parece, a formação de grupos de estudantes advindos de varias faculdades,
trabalhando juntos, vem a ser a solução mais adequada.
Além do conceito inicial ainda existem desafios
tecnológicos com o TurboRocket. O primeiro na lista de desejos é o empuxo
vetorado, um item obrigatório para eliminar as aletas e quem sabe, conseguir o pouso
na vertical, tipo SpaceX. Como a taxa de compressão do turborreator permite o
uso de bocal supersônico, a próxima tentativa natural de melhoria reside na
introdução da configuração aerospike que pode resultar em um empuxo maior. A
otimização da entrada de ar pode reduzir o arrasto aerodinâmico e, ao mesmo
tempo, garantir que todo o fluxo de massa de ar necessário para manter o
turbojato em operação esteja disponível em todo o envelope do vôo do veículo. E
podemos também pensar na introdução de pós-queimador, como uma forma de
empurrar o veículo para uma velocidade mais alta, mais altitude, mais carga
útil.
Caso vocês se interessem em formar uma equipe para
desenvolver seu próprio TurboRocket e precisem de alguma orientação, podem
entrar em contato com Rene Nardi através do email rumoaoespacoturborocket@gmail. com.
ResponderExcluirRenato Lima
23:52 (Há 0 minutos)
para turborocket
Boa noite , estou interessado em saber mais como contribuir no desenvolvimento sobre esse novo projeto, e todos os detalhes desse foguete , desenho técnico, em 3d , normas, calculos e etc. Por mais , obrigado !
O email correto para contactar o pessoal do projeto e rumoaoespacoturborocket@gmail.com
ResponderExcluirRecebi alguns emails solicitando mais informacoes sobre o TurboRocket, e gostaria de confirmar que tenho uma apresentacao com mais detalhes sobre o tema. Fico tambem a disposicao para grupos que necessitem de orientacao sobre o projeto. Usem o email rumoaoespacoturborocket@gmail.com
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