Engenheiro do ITA, Joseense Dirige no DLR Mapeamento em 3D Inédito da Terra

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (19/10) no site “G1” do globo.com destacando que um engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) nascido em São José dos Campos (SP) dirige para a Agência Espacial Alemã (DLR) o mapeamento inédito em 3D da Terra.

Duda Falcão

VALE DO PARAÍBA E REGIÃO

Engenheiro do ITA, Joseense Dirige
Mapeamento em 3D Inédito da Terra

Alberto Moreira estudou na escola João Cursino, fez a graduação no ITA e depois
conseguiu uma bolsa de mestrado na Europa. Lá, trabalho chamou
atenção da Agência Espacial da Alemanha.

Por André Luís Rosa,
G1 Vale do Paraíba e região
19/10/2018 - 11h47
Atualizado há 5 horas

Foto: Arquivo pessoal
Alberto se formou na década de 1980 no ITA em São José.

Durante um vôo solitário, em um planador, o joseense Alberto Moreira, de 56 anos, sonhou alto - fazer um mapa em três dimensões do planeta Terra. Mas na época, em 1986, o recém-formado engenheiro do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, não tinha recursos para isso.

A saída foi estudar ainda mais e obter uma bolsa pra um curso de mestrado na Alemanha. Se mudou pra lá com a esposa e o sonho começou a se tornar real.

Alberto ingressou n Agência Espacial da Alemanha. Logo integrou a equipe do instituto e o conhecimento do brasileiro chamou a atenção dos alemães.

Em pouco tempo ele se tornou diretor do centro de radares da agência. Esse foi o primeiro passo do projeto TanDEM-X. Basicamente, dois radares fazem o mapeamento do planeta. Eles estão em órbita a 500 quilômetros de altura, um ao lado do outro.

"Esses satélites têm um radar em cada um deles. Os dois transmitem ondas de microondas e a gente recebe o eco. É igual ao morcego. O morcego dá um berro e recebe o eco e com as duas orelhas ele consegue localizar o inseto com precisão de milímetros. E os radares funcionam do mesmo jeito", explica o engenheiro.

Esse mapeamento revelou detalhes do desmatamento na Amazônia Boliviana e também a comprovação em três dimensões do derretimento das geleiras.

Fotos: DLR
Desmatamento da Amazônia mapeado pelos radares.
Derretimento das geleiras.

Trajetória

Antes de ingressar no ITA, Alberto estudou na escola estadual João Cursino, em São José dos Campos. E, sempre que pode, ele procura voltar pra cidade, durante as férias. "Eu amo o Brasil. É o meu lugar preferido pra visitar durante as férias", afirmou.

E o sonho do joseense é poder ver melhor a cidade que serviu de inspiração pra esse sonho de ver o planeta em três dimensões. "Ainda vou tirar uma imagem de três dimensões de São José dos Campos e ver se eu acho alguma coisa especial. E eu tenho certeza que quando eu ver essas imagens do TanDEM-X em 3d dimensões eu vou ficar apaixonado", concluiu.

Foto: DLR/BBC
O mapa mostra variações de altitude na superfície
terrestre ao longo de mais de 148 milhões de km².
Cientista de São José chefiou projeto de mapeamento em 3D do planeta Terra.


Fonte: Site “G1” do globo.com – 19/10/2018

Comentário: Pois é leitor, desde a criação do Blog BRAZILIAN SPACE que estamos mostrando histórias como esta de brasileiros formados no ITA e em outras instituições de ensino do país que, após deixaram o Brasil, chegaram ao sucesso em suas carreiras trabalhando para sociedades de nações que conduzem seus programas espaciais com mais seriedade e compromisso. Os exemplos são inúmeros, e alguns desses profissionais até resolveram voltar (colocando em risco as suas trajetórias profissionais) para assim dar retorno a Sociedade Brasileira, numa clara demonstração de consciência cidadã (Ex: Eng. Lucas Fonseca da startup Airvantis), mas a grande maioria continua lá fora trabalhando firme nas pesquisas em diversas áreas que envolve o desenvolvimento espacial. Imagine você leitor se esses profissionais estivessem aqui no Brasil trabalhando em prol do desenvolvimento espacial do país com o total apoio de um governo comprometido e cobrando por resultados, onde estaríamos hoje? Aproveitamos para agradecer ao nosso leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio do vídeo que acompanha esta matéria.

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