Sirius Eleva a Competitividade da Ciência Brasileira e Coloca o País na Fronteira do Conhecimento
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (19/02) no site do “Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)” destacando que o Projeto Sirius eleva
a competitividade da Ciência Brasileira e coloca o país na fronteira do
conhecimento.
Duda Falcão
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Sirius Eleva a Competitividade da
Ciência Brasileira e Coloca o País
na Fronteira do Conhecimento
Ciência Brasileira e Coloca o País
na Fronteira do Conhecimento
Luz síncrotron de quarta geração vai permitir análises
sem precedentes
de materiais orgânicos e inorgânicos, explica pesquisador
Antonio Roque.
Considerado estruturante para o Brasil, Sirius deve ser
concluído em 2018.
Ministro Celso Pansera visitou as obras nesta semana.
Por Ascom do MCTI
Publicação: 19/02/2016 | 15:32
Última modificação: 19/02/2016 | 16:02
Crédito: Divulgação / CNPEM
Diretor do LNLS, Antonio Roque fala sobre o projeto
Sirius, considerado estruturante para o Brasil.
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A estrela mais brilhante
do céu noturno, Sirius, foi o nome escolhido em um concurso interno do
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) para batizar o maior e mais
complexo projeto da ciência nacional que vai colocar o Brasil na liderança
mundial de luz síncrotron de quarta geração. O Sirius foi projetado para ter o
maior brilho dentre todos os equipamentos na sua classe de energia. O projeto
abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como nanotecnologia,
biotecnologia, energias alternativas, agricultura, saúde, física e ciências
ambientais.
"É um projeto
competitivo para o futuro. É uma ferramenta fundamental para todas as áreas do
conhecimento que demandam respostas ligadas à escala atômica e
nanométrica", explica o diretor do LNLS e coordenador do projeto, Antonio
Roque. "Se tudo der certo, o Sirius será o segundo a operar no mundo,
atrás apenas da Suécia. O Brasil pode, de fato, sair na liderança com
características mais competitivas que o síncrotron sueco, porque a gente já fez
melhorias em relação a eles", acrescenta.
O Sirius está em
construção numa área de 150 mil metros quadrados (m²) no Centro Nacional de
Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Campinas (SP). No terreno, que foi
cedido pelo governo de São Paulo, o projeto ocupará um edifício de 68 mil m², e
o seu acelerador principal, com energia de 3 GeV (giga eletron-volts), terá
518,4 metros de circunferência, podendo comportar até 40 linhas de luz.
"É seis vezes maior
que o [acelerador de partículas] atual de segunda geração que tem cerca
de 90 m². A energia dos elétrons é mais que o dobro, e o brilho vai ser milhões
de vezes maior do que temos hoje, abrindo oportunidades para mudar o patamar
qualitativamente do que vai ser feito no Brasil", afirma Antonio Roque.
A estrutura em
construção no CNPEM inclui um conjunto de aceleradores de elétrons e estações
experimentais, chamadas de linhas de luz. Com 19% das obras concluídas, a
construção de toda a estrutura deve terminar em 2018.
Na última terça-feira
(16), o ministro Celso Pansera visitou as obras do projeto Sirius. Na ocasião, Pansera sobrevoou a área para
visualizar melhor a construção do complexo. Ele afirmou que o Sirius coloca o
país na vanguarda da pesquisa científica. "O Sirius é um projeto
extraordinário que contribuirá profundamente com o desenvolvimento nacional.
Fiquei muito impressionado com o que vi nas obras e no CNPEM, em especial com a
qualidade dos equipamentos e da equipe técnica", disse o ministro.
Tijolos da Matéria
O Sirius vai funcionar
como um imenso raio X de percepção nanométrica. Dado que os materiais são
compostos por átomos, é como se pudéssemos ter acesso aos "tijolos
fundamentais" dos corpos, objetos, substâncias e materiais. "Para ter
acesso a essa escala, precisamos de ferramentas especiais como o síncrotron. O
Sirius é basicamente uma fonte de raio X brilhante que permite que se penetre a
matéria e a investigue em escala atômica", diz Roque.
De acordo com ele, a luz
síncrotron é a ferramenta mais universal para dar acesso a essa escala.
"Universal no sentido de que, uma vez construída, ela permite que se
investigue células, tecidos, moléculas biológicas, sólidos, rochas, solo,
fósseis, o que você imaginar. Além disso, ele permite que se interaja com os
átomos de tal forma que se possa dizer quais são, como estão distribuídos no
espaço e quais são suas ligações químicas, ou seja, possibilita explorar toda a
intimidade da matéria."
Dentro do acelerador de
partículas de luz síncrotron do LNLS, a função será manter os elétrons numa
ordem extremamente estável e desviar a trajetória dessas partículas, de tal
maneira, que elas passem a emitir radiação.
Made in Brasil
Para estimular as
empresas de base tecnológica do estado de São Paulo a buscarem soluções
inovadoras para as demandas do Sirius, foi lançado no ano passado o segundo
edital Fapesp/Finep dos 13 desafios para a construção do projeto. O resultado
deverá ser divulgado em maio. "São desafios que tem que estar prontos
mesmo depois que o Sirius estiver montado. O Sirius pode começar a funcionar
sem o trem de monitoramento instalado, por exemplo. A natureza dos desafios é
variada, têm projetos eletrônicos, mecânicos, vácuo, e movimenta as empresas de
tecnologia que já existem no estado", avalia Antonio Roque.
Ele ressalta que o
projeto Sirius é 100% nacional com cerca de 70% dos equipamentos fabricados no
país. "Dependemos apenas da importação de alguns componentes. Trata-se de
um projeto extremamente desafiador. Ficando pronto em 2018, o Sirius, já na
inauguração, terá o maior brilho do mundo, e isso permite que você atraia pesquisadores
brasileiros e estrangeiros. É uma ferramenta ímpar que, de fato, põe a gente
num patamar de competitividade nessas análises de materiais orgânicos e
inorgânicos sem precedentes", comenta.
Segurança e Meio
Ambiente
Antonio Roque esclarece
que o projeto não oferece quaisquer riscos ou danos ambientais e possui um
nível altíssimo de exigência de segurança para que os profissionais possam
trabalhar tranquilamente. "É emissão de raio X que desaparece quando você
desliga a máquina. Não há nada permanente para o meio ambiente. E para as
pessoas poderem trabalhar, os aceleradores ficam dentro de túneis de concreto
com paredes de espessura entre 80 e 120 centímetros em alguns lugares. As
linhas de luz de onde saem os feixes de raio X ficam dentro de uma blindagem
que é uma parede de material metálico, em geral chumbo, que também garante a
segurança das pessoas. Tem ainda um conjunto de sistemas de intertravamento que
desligam o sistema automaticamente no caso de alguém fazer algo errado",
explica.
Desafios
O coordenador do projeto
Sirius acredita que assim que o laboratório entrar em funcionamento irá trazer
uma série de desafios para o país e também para o mundo. "A gente entende
o Sirius como um projeto estruturante para o país, não somente por prover essa
ferramenta singular, mas também com grande capacidade de alavancar outras áreas
como, por exemplo, a área de inovação de empresas de tecnologia brasileiras.
Sendo um dos primeiros do mundo, impõe desafios em caráter mundial de encontrar
soluções tecnológicas. Em várias situações estamos criando as nossas
soluções."
O pesquisador vê o
Sirius como uma ferramenta de fomento à criatividade dos setores acadêmico,
industrial e tecnológico. "Um desafio que eu acredito que vai surgir cada
vez mais é o desafio para a comunidade acadêmica, industrial e tecnológica de
tirar o maior proveito possível do equipamento. Nós vamos ter na mão um
equipamento que é pioneiro, é singular na fronteira do conhecimento. Então, ele
abre uma janela de criatividade, de investigar coisas numa escala que não se
podia antes."
Além desses aspectos,
Roque ressalta que o Sirius possui um grande impacto de internacionalização da
ciência brasileira. "Como é uma máquina de tecnologia sofisticada, sendo
uma das pioneiras, tem um potencial enorme de atratividade de pesquisadores de
ponta de todo o mundo. Isso vai trazer para o Brasil possibilidades de
cooperação que podem ser muito interessantes", prevê.
Fonte: Site do Ministério da Ciência,Tecnologia e
Inovação (MCTI)
Comentário: Ora leitor, fala sério, se o governo desta debiloide
tivesse o mesmo compromisso e competência em cumprir as promessas que as
assessorias de imprensa dos ministérios (des)comandados por ela têm em criar
frases de efeito para serem postadas como títulos impactantes em notas como
está nos sites de seus respectivos ministérios, o Brasil nos últimos quatro
anos não acabaria na situação de caos que se encontra. Faça-me uma garapa.
Oi! Eu estou cursando o último ano de direito, e pretendo fazer meu TCC na área de direito espacial desde o primeiro ano e tenho acompanhado seu blog com frequência. Eu gostaria de saber se você tem alguma sugestão para o tema do trabalho, com os pontos de mais relevância sobre o assunto no Brasil.
ResponderExcluirObrigada! :)
Ola!
ExcluirDireito Espacial é um assunto muito sério, mas só para aqueles países que realmente conduzem seus programas espaciais com a seriedade devida e o Brasil não é um deles.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Será que o Brasil tem alguma lei relativa a isso?
ExcluirOlá Jesse Tavares!
ExcluirNão sei lhe responder como está a situação do Direito Espacial no Brasil, mas deve está na mesma situação do PEB, ou seja, num tremendo caos. A pessoa mais indicada no país para falar disto é o Sr. José Monserrat Filho.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Isso só prova que com um mínimo de vontade dos governantes, o Brasil faz o que quer.
ResponderExcluirCapacidade nós temos, só falta o incentivo de quem manda..