Na França, Ministro das Comunicações Acompanha Testes com Satélite Brasileiro

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (24/02) no site da “Força Aérea Brasileira (FAB)” destacando que na França, o Ministro das Comunicações acompanhou os testes com o Satélite SGDC.

Duda Falcão

ESPAÇO

Na França, Ministro das Comunicações
Acompanha Testes com Satélite Brasileiro

Um grupo de 22 profissionais brasileiros está acompanhando
como parte do processo de absorção de tecnologia

Fonte: Agência Força Aérea
Publicado: 24/02/2016 09:07h


O ministro das Comunicações, André Figueiredo, acompanhou nesta segunda-feira (22/02) os testes com o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD) em Cannes, na França. O ministro se reuniu com diretores da empresa e acompanhou detalhes da montagem do SGDC. André Figueiredo explica que o lançamento do satélite é uma prioridade do governo federal e a meta é que, até dezembro deste ano, o empreendimento esteja concluído. Ainda no primeiro semestre também estarão prontas para testes as bases de controle em Brasília e no Rio de Janeiro.


“Nessa primeira visita pudemos ver o satélite em fase de finalização, testes e junção de seus componentes. Conversamos com a direção da Thales e a perspectiva é de que o lançamento aconteça até dezembro. Essa é a meta que a empresa busca cumprir”, afirmou o ministro.

Neste momento são realizados testes térmicos. Em seguida, o equipamento passará por testes mecânicos e, em junho, serão preparados os exames com a parte de comunicações.Em dezembro de 2015, os módulos de comunicação e serviço foram integrados.

Um grupo de 22 profissionais brasileiros acompanha a construção do SGDC como parte do processo de absorção e transferência de tecnologia. O empreendimento é supervisionado pela Visiona, empresa formada pela parceria entre a Telebras e a Embraer. A partir de março, os profissionais que vão operar o satélite terão os treinamentos finais no centro de operações em Brasília (DF).

SGDC - O satélite vai operar nas chamadas banda X e Ka. Em relação à primeira, trata-se de uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 25% da capacidade total do satélite. A banda Ka terá capacidade de 54 Gbit/s será usada para ampliar a oferta de banda larga pela Telebras. O satélite pesa 5,8 toneladas e vai garantir conexão banda larga nos municípios mais distantes do País. Ele irá reforçar a rede terrestre da Telebras, atualmente com 28 mil km de extensão, presente em todas as regiões brasileiras.

O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa (MD), das Comunicações (MC) e da Ciência e Tecnologia (MCTI) e envolve investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão.

A previsão de lançamento é para o segundo semestre deste ano e de operação no início de 2017. Após um período de ajustes e de testes, o satélite começará a sua operação comercial no início de 2017.


Fonte: Site da FAB - http://www.fab.mil.br/

Comentário: Caro leitor, eu não posso compactuar com este engodo. Isto é uma tremenda de uma mentira, sendo muito triste que a Força Aérea Brasileira (FAB) esteja participando desta fantasia que está sendo vendida a uma Sociedade ignorante e que acredita na seriedade desta gente, apesar do caos que se instalou no país sob a direção desta debiloide. Este satélite não tem sequer um parafuso desenvolvido por brasileiros. Na realidade o que esses 22 profissionais citados na nota acima fizeram até agora foi  aprender como operar o satélite e acompanhar a montagem do mesmo. Isto senhores não é transferência de tecnologia e essa gente está lhe vendendo esta informação equivocada e mentirosa. Triste, muito triste observar a FAB compactuar com este engodo. Não fazem mais militares como antigamente. Uma vez mais agradecemos ao leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio desta notícia.

Comentários

  1. Olá Duda, tudo bem? Quanto ao seu comentário a essa notícia, gostaria de dizer que, embora eu considere um erro se tentar vincular o SGDC ao programa espacial brasileiro (trata-se de uma compra, não de desenvolvimento nacional), o programa de absorção tecnológica está, de fato, permitindo aos brasileiros que lá estão aprender muito sobre o desenvolvimento e operação de satélites geoestacionários desse porte. Logicamente há limites para isso, ninguém entrega tudo de bandeja, e a única forma de complementar os conhecimentos é fazendo um próximo satélite aqui no Brasil, por brasileiros. Minha preocupação é com o quê se pretende fazer com o conhecimento adquirido por essas pessoas, ao retornarem às suas instituições de origem. Se não houver um plano de aplicação desse conhecimento em projetos de desenvolvimento nacional, muito do esforço e recursos dispendidos nessa capacitação poderão ser perdidos. Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Fabrico!

      Não obstante o que vocês disse, perdoe-me amigo, mas eu discordo de você. Aprender a operar o satélite é algo crucial, mas é um passo natural e seria um passo realizado mesmo se o satélite fosse desenvolvido no Brasil. Outra coisa, na realidade não houve desenvolvimento algum, esta tecnologia já estava disponível não mão dos franceses e o que houve foi montagem, integração com testes de seus componentes. Desculpe-me Fabrício, não posso concordar com isto e se tivesse poder, jamais permitiria que este acordo fosse feito da forma como foi. A VISIONA é uma piada, e existem indícios de ter sido motivada por interesses não tão nobres. Todo o processo foi feito de forma errada desde o inicio, sendo lamentável observar a participação da FAB.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

      Excluir
    2. Duda, fique à vontade para discordar. Em primeiro lugar, não misturemos as coisas: meu comentário foi relacionado ao conhecimento que está sendo adquirido pelos brasileiros, de várias instituições, no programa de capacitação associado à compra. Não tratei da Visiona ou da decisão de se comprar o SGDC. Compras desse tipo se fazem o tempo todo no mundo, e minha única ressalva a isso é o vínculo que por vezes se tenta fazer com o PEB. O SGDC é uma compra para atender a uma necessidade legítima do país (como foram os Brasilsat, por exemplo), mas ele não faz parte do nosso programa espacial.

      Você está correto sobre o fato de o satélite ser quase um produto "de prateleira". As atividades dos brasileiros lá, entretanto, não se resumem a acompanhar a montagem, integração e testes. Os pacotes de trabalho dos brasileiros envolvem também atividades de desenvolvimento e operação, o que por muitas vezes inclui o aprendizado de como as partes "de prateleira" foram feitas.

      Reforçando o que eu disse anteriormente, isso não é suficiente, por si só, para dominar o conhecimento: para isso, é preciso fazer. Ficaria muito contente de ver um SGDC-2, se houver, sendo feito por empresas brasileiras. Ou, ao menos, uma parte significativa do satélite. Os argentinos, por exemplo, desenvolveram a plataforma de serviço e compraram as cargas úteis da Thales. Eles compram, mas visando sempre aumentar o grau de nacionalização nos seus satélites. Espero que sigamos esse exemplo. Aí poderíamos incluir um SGDC-2 no programa espacial.

      Excluir
  2. Nada mais é que um Brasilsat melhorado agora com uma banda militar...que não vendessem a Embratel no passado .

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo.Se o entreguista FHC, não tivesse doado nosso Brasilsat...Estamos comprando, o que já tínhamos, há 30 anos atrás.

      Excluir

Postar um comentário