Câmeras Aumentam Alcance de Imagens de Satélite
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado dia (15/02) no site da “Agência
USP” destacando que Câmeras desenvolvidas
pela empresa brasileira OPTO
Eletrônica S/A, aumentam o alcance
de imagens de satélite.
Duda Falcão
TECNOLOGIA
Câmeras Aumentam Alcance de
Imagens de Satélite
Da
Assessoria de Comunicação do IFSC
Por Da Redação
Publicado em
15/fevereiro/2016
Pesquisadores da
empresa OPTO Eletrônica S/A, originada no Instituto de Física de São Carlos
(IFSC) da USP, fabricaram as três câmeras do Amazonia-1, satélite produzido
inteiramente no Brasil. As câmeras são capazes de fazer imagens de uma faixa de 850 quilômetros de
largura, três vezes maior do que a obtida pelo Satélite Sino-Brasileiro de
Recursos Terrestres (CBERS-4). As imagens poderão ser utilizadas para monitorar
o desmatamento e os recursos naturais brasileiros, reforçar as áreas de
segurança de fronteira e a vigilância contra o tráfico de drogas. O lançamento
está previsto para o ano de 2018, quando o satélite deverá ser colocado em
órbita a uma distância de cerca de 750 quilômetros da Terra.
Foto:
Wikimedia Commons
Satélite terá câmeras que captam faixa
de 850 quilômetros
de largura
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A OPTO
foi convidada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para
executar o projeto após ter desenvolvido duas das câmeras do CBERS-4, lançado
em 2014, em que 55% da produção foi desenvolvida no Brasil, com financiamento
do MCTI. O satélite é composto por quatro câmeras que permitem captar imagens
para monitorar áreas de desmatamento da Amazônia, expansão de regiões agrícolas
e analisar mapas de queimadas, bacias hidrográficas e o desenvolvimento urbano.
De acordo com o professor Jarbas Caiado de Castro Neto, do Grupo de Óptica do
IFSC, empreendedor e acionista da OPTO, “o Grupo de Óptica do IFSC formou uma
equipe extremamente diferenciada de cientistas que se dedica ao desenvolvimento
de instrumentos ópticos, e que hoje participa deste projeto do MCTI”.
Com um
orçamento estimado em R$ 233 milhões, o Amazonia-1, que pesará cerca de
quinhentos quilos, está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), a partir da Plataforma Multimissão (PMM), uma estrutura
criada pelo INPE e que será composta pelos diversos componentes básicos que
constituem um satélite, como, por exemplo, os coletores solares, o computador
de bordo, as baterias, etc.
A OPTO
produziu câmeras capazes de fazer imagens de uma faixa de 850 quilômetros de
largura, ou seja, imagens com faixa de largura três vezes maior que as capturas
pelas câmeras do CBERS-4. Embora a qualidade da imagem das novas câmeras não
seja melhor que as processadas pelo CBERS-4, elas permitem visualizar com
facilidade uma área desmatada. Para se ter uma noção da capacidade das novas
câmeras da OPTO, é como se elas fossem instaladas na cidade de São Paulo e
permitissem visualizar a circulação de carros em Brasília (Distrito Federal).
Tempo de
Revisita
Devido à
largura de faixa das imagens, as câmeras fabricadas pela OPTO para o Amazonia-1
levam cerca de dez minutos para capturar cada faixa de imagem: isso permitirá
que o satélite dê uma volta completa pela Terra em cinco dias. O CBERS-4, por
exemplo, só consegue revisitar a Terra a cada 27 dias, mesmo tendo um tempo
semelhante ao do Amazonia-1 para fazer a imagem de uma única faixa.
O
professor Castro Neto explica que curto tempo de revisita do equipamento é
muito importante neste caso, porque, em 27 dias, por exemplo, a probabilidade
de se identificar os responsáveis pela causa de um desmatamento na Amazônia é
baixa. “Em cinco dias, é difícil praticar desmatamento em uma determinada área
e conseguir escapar ileso. Então, o tempo de revisita do satélite faz uma
grande diferença”, afirma, destacando que a tecnologia das câmeras (no que se
refere à qualidade, durabilidade, etc.) desafia o limite tecnológico daquelas
existentes atualmente no mercado. “Se o Amazonia-1 realmente for lançado,
existem chances de o satélite fazer história”, diz.
O
protótipo funcional do satélite, estrutura que é submetida a diversas
avaliações, já tem passado por diversos testes. Em dezembro de 2014, o INPE
finalizou com êxito os testes térmicos do satélite, onde simulou condições que
o Amazonia-1 deverá enfrentar quando estiver em órbita, tendo em vista que, no
espaço, há radiação espacial, vácuo e temperaturas extremas que variam entre
-50ºC e +100ºC. Em 2016, também deverão ser feitos alguns testes de
compatibilidade eletromagnética para analisar o funcionamento dos subsistemas
do satélite. Todos os testes são feitos em um mega laboratório pertencente ao
INPE, em São José dos Campos (interior de São Paulo).
Com o
protótipo do satélite já fabricado, o próximo passo da OPTO será desenvolver as
câmeras que serão acopladas ao modelo de vôo – a versão finalizada do satélite
– que será enviado à China, onde deverá ser lançado em 2018. Pelo fato do
Brasil não ter um foguete para esta finalidade, o INPE ainda não decidiu qual
modelo produzido internacionalmente fará o lançamento do Amazonia-1.
André
Orlandi, de 27 anos, aluno do Grupo de Óptica do IFSC, esteve na OPTO durante
vários anos, tendo participado do desenvolvimento de ambas as câmeras do CBERS-4.
Atualmente, Orlandi está desenvolvendo o doutorado no IFSC, mas espera,
futuramente, voltar à spin-off, com a esperança de integrar o time de
pesquisadores que desenvolverá novas câmeras para o Amazonia-2, cujo projeto
ainda está sendo definido.
Fonte: Site da Agência USP - http://www.usp.br/agen/
Comentário: Pois é leitor, a Opto Eletrônica é uma dessas
empresas genuinamente brasileira de alta tecnologia do Setor Espacial que, durante anos se beneficiaram do financiamento público para desenvolver tecnologias,
e que agora corre o sério risco de ser desnacionalizada a qualquer momento
devido à forma irresponsável, descompromissada, estúpida e talvez em alguns
casos, corrupta, de como é conduzida as atividades espaciais do país. O risco é
enorme, real e poderá acontecer, jogando no lixo todo o esforço de um povo que
apostou um dia no sonho da autossuficiência espacial, e que agora pode pagar um
alto preço por isto, entregando de bandeja a grupos estrangeiros toda
tecnologia fruto do investimento feito. É como eu disse anteriormente, isto é
um crime abominável taxado como traição, e que em certo países extremistas seria
punido com a morte e em outros, mais sérios e democráticos, nem ocorreria,
graças a uma legislação ativa e adequada que protegeria os interesses de sua
sociedade e de seu país. Porém em um Território de Piratas como o nosso, de
moral discutível e falta de cidadania, tudo é possível, e a OPTO Eletrônica
pode ser a próxima bola do jogo. As raposas estão de olho.
Pois é, como disse em outro post; estamos de "pés e mãos quebradas" com essas políticas escusas e no mínimo capciosas, que diga-se de passagem não são de agora.
ResponderExcluirTínhamos em mãos a Optovac, que em parceria com o Exército Brasileiro produzia câmeras, ôculos, miras de visão noturna e IR.
Mas que por falta de verbas e aquisições, foi para nas mãos do grupo Francês Safram.
O pior de tudo, é que vem alguns dementados do governo e além de darem verbas e condições especiais para essa empresa, baseados nessa política idiota de defesa ( que de estratégico e nacional não tem nada), ainda dão certificado atestando que essa empresa ainda é nacional e tem previlegios especias como empresa nacional.
Só rindo para não chorar, assim com essa citada por mim, muitas outras se encontram na mesma situação.
Mas esperar o que de um país que não sabe o que é secreto? entrega de bandeja inclusive com fotos no google eart sua futura base de submarinos, contrata de empresa estrangeira seu satélite de comunicações, assim como suas bases de operações e suas localidades.
E por ai vai as atrocidades.
Não me espanta em nada, o porque de nossos foguetes contendo tecnologias de ponta explodirem antes do lançamento, não precisa muito para espionar esse país assim como sabota-ló.