Mas é o Único Caminho, Goste Você ou Não
Olá leitor!
O vídeo abaixo é do lançamento da ultima missão do
Programa MAXUS, ou seja, o da Operação MAXUS 8, ocorrido do Centro Espacial de
Esrange (ESC), na Suécia, em 26/03/2010, programa este que é uma ‘join venture’
entre a Swedish Space Corporation (SSC) e o grupo europeu EADS Astrium
Space Transportation ligado ao Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
Vale dizer que este programa é o maior programa europeu
na área de pesquisas em ambiente de microgravidade, e onde se utiliza o foguete
CASTOR-4B de origem norte-americana como transportador da carga útil, veiculo
este que possibilita aos experimentos permanecerem por 14 minutos em ambiente de
microgravidade.
O leitor pode está agora se perguntando o que o Brasil
tem com isto? Bom, na realidade acontece que o Instituto de Aeronáutica e
Espaço (IAE) vem discutindo já algum tempo com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR)
a possibilidade de substituir o foguete CASTOR-4B por um foguete brasileiro, já
que este foguete norte-americano está se aposentando, tendo a sua ultima missão
neste programa (a Operação MAXUS-9) prevista para ocorrer no final de 2016.
Entretanto, para que o Brasil também possa atender a este
Programa Europeu de Microgravidade, terá primeiro de tirar do papel e das
promessas vazias o desenvolvimento e teste em banco de provas do Motor Foguete
de Propulsão Sólida S50 (MFPS S50), motor este diretamente ligado ao projeto do
Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), projeto este que também conta com
a participação do DLR alemão.
Assim sendo, com o motor S50 desenvolvido e efetivamente
testado, a ideia é usa-lo como propulsor de um novo foguete de sondagem brasileiro
gigantesco, este denominado de VS-50, e que se realmente sair do papel e da
fantasia, consolidaria internacionalmente não só a tecnologia brasileira de
foguetes de sondagem (já reconhecida internacionalmente como confiável e
barata) bem como nos colocaria mais próximos do Veículo Lançador de Microssatélites
(VLM-1).
Tudo muito bonito e como manda o figurino, mas infelizmente
a realidade é outra. Desde a saída do Dr. Luis
Eduardo Loures da Costa da coordenação deste projeto e do IAE (dizem nos bastidores que por imposição do DLR - hoje ele coordena o projeto
do Nanosatélite ITASAT-1 no ITA), não há informação se o mesmo
avançou ou continuou no mesmo estágio que se encontrava na época do Dr. Loures, profissional sério,
competente e reconhecido como um leão no trabalho e em defesa de suas ideias,
sendo talvez por isto (se as conversas de bastidores tiverem procedência) um empecilho
para o DLR alemão fazer valer suas vontades nas negociações do projeto do
VLM-1.
É claro que mesmo que essa
história seja verdadeira, o andamento do projeto do motor não estaria sendo prejudicado
somente por esta razão, afinal não há por parte do desgoverno desta debiloide
petista o menor compromisso em realizar nada no âmbito do PEB, e especialmente com
projetos de veículos lançadores.
O leitor pode se perguntar
o porquê desta falta de atitude do desgoverno brasileiro com o PEB? Será que é por
falta de Brasilidade? Será que isto ocorre por interferência estrangeira? Será
que é por pura ignorância e estupidez? Será por incompetência gerencial? Será
que é por não ser o Programa útil aos interesses nefastos do Populismo, já que
não gera voto devido à ignorância do povo? Será pelo egocentrismo de alguns? Bom leitor, eu diria a você que é
uma mistura de tudo isto, sendo por esta razão de difícil solução, mesmo que o
PT seja expulso do governo pra sempre a partir das próximas eleições. Afinal é
um problema cultural que só será resolvido quando a Sociedade Brasileira entender que
precisa mudar sua atitude para assim formar cidadãos de verdade. Quando isto
acontecer, refletirá na classe política. Utopia, como me disse um senhor hoje na fila de um supermercado aqui em Salvador, pode até ser, mas é o único caminho, goste você ou não.
Duda Falcão
Infelizmente quem fez essa matéria está coberta de razão. O BRASIL tem profissionais competentes nessa área mas a governança do país não tem a mesma capacidade de reconhecer essa oportunidade e investir pesado e no futuro próximo termos a independência tecnológica e consequentemente o retorno financeiro que o país tanto precisa. Fica aqui meu desapontamento com o governo desse país.
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