Plano Plurianual 2016-2019 Está em Descompasso Com LOA-2016
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na edição de nº 44
de janeiro de 2016 do “Jornal do SindCT”, destacando que o Plano
Plurianual (PPA) de 2016-2019 está em descompasso com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Plano Plurianual 2016-2019 Está
em Descompasso Com
LOA-2016
Metas ousadas no PPA e verbas a menos no orçamento
Shirley Marciano
Jornal do SindCT
Janeiro de 2016
Redução dos
recursos financeiros do setor espacial é muito maior do que o corte sofrido
pelo MCTI em 2016. Isso indica que houve um remanejamento de verbas dentro da
pasta, em detrimento do setor espacial.
O Congresso
Nacional aprovou no dia 16 de dezembro o Plano Plurianual (PPA) para o período
2016-2019, que contempla todas as áreas da República. A área de educação foi um
dos grandes destaques.
Porém, no setor
espacial, chamou atenção o contraste entre um ambicioso plano de metas, por um
lado, e os magros recursos disponibilizados ao setor no orçamento, por outro.
De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA), publicada no Diário Oficial da
União em 15 de janeiro, foram reservados ao setor espacial, em 2016, tão
somente R$ 183,8 milhões, valor muito inferior ao que vinha sendo destinado nos
últimos anos: entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões.
Trata-se de uma
redução de quase 39%, que supera várias vezes o corte sofrido pelo Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A pasta perdeu apenas cerca de 7% de
seu orçamento total, que caiu de R$ 9,8 bilhões em 2015 para R$ 9,1 bilhões em
2016. Portanto, o setor espacial perdeu num remanejamento dentro do próprio
MCTI. As metas contidas no PPA extrapolam até o Plano Nacional de Atividades
Espaciais (PNAE), 2012- 2021. Curiosamente, no PNAE, se ele fosse inteiramente
seguido, neste ano, por exemplo, o Programa Espacial Brasileiro (PEB) receberia
um aporte de nada menos do que R$ 1,7 bilhão, cifra muito superior aos R$183,8
milhões previstos na LOA para 2016. Mas há que levar em conta que o PNAE
precisa ser revisto, em razão de diversos acontecimentos e mudanças nos
projetos.
De acordo com a
LOA- 2016, as verbas ficariam assim divididas: Pesquisa e Desenvolvimento de
Tecnologias para o Setor Espacial: R$ 36,7 milhões; Desenvolvimento e Operação
de Satélites: R$ 79,4 milhões; Desenvolvimento e Lançamento de Foguetes
Suborbitais e de Lançadores de Satélites: R$ 37 milhões; Programa de Absorção
de Tecnologia no âmbito do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações
(PAT/ SGDC) para empresas: R$ 18,3 milhões; Manutenção do Centro de Lançamento
de Alcântara (CLA): R$ 12,5 milhões.
Satélites
Para a área de
satélites, o PPA prevê seis satélites, duas plataformas multimissão (PMM) e a
definição de requisitos para quatro novos satélites: 1) lançamento do primeiro
satélite de observação da Terra da série Amazônia; 2) o lançamento do Satélite
Sino- -Brasileiro de Recursos Terrestres CBERS-4A; 3) o desenvolvimento do
segundo satélite da série Amazônia, para observação da Terra; 4) o
desenvolvimento do sistema de Satélites de Coleta de Dados Hidrometeorológicos
(SCD-Hidro) e a modernização do Sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA);
5) o desenvolvimento do primeiro Satélite Argentino-Brasileiro de Informações
Ambientais Marítimas (SABIAMar), para estudos de águas interiores e oceanos; 6)
o desenvolvimento do Satélite de Pesquisa Atmosférica Equatorial (Equars), para
estudos das altas atmosferas; domínio das tecnologias de plataformas para
satélites de até 100 kg (microssatélites) e para satélites de até 500 kg
(pequenos satélites) para posterior industrialização; 7) concepção das missões
e definição dos r e q u i s i t o s para os satélites CBERS-5, CBERS-6 e o
terceiro satélite da série Amazônia, considerando áreas de monitoramento
agrícola, uso da terra, recursos não-renováveis, segurança hídrica e Redução de
Emissões de Gases de Efeito Estufa por Desmatamento e Degradação Florestal
(REDD+); e a definição de requisitos para futuras missões tecnológicas, de
radar de abertura sintética, de meteorologia, e do Monitor e Imageador de Raios
X (Mirax). No PNAE estão contidos os CBERS-3, 4 (já lançados), 4A, 5 e 6;
Amazônia- 1 e 2, SABIA-Mar e o satélite científico Lattes (reavaliado
tecnicamente, leia matéria na p. 8).
Com relação aos
lançadores, as metas estabelecidas no PPA são: 1) realizar voo de qualificação
do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) com carga útil nacional; 2)
realizar voo tecnológico para qualificação do sistema de navegação inercial do
Veículo Lançador de Satélites; 3) domínio de tecnologias de plataformas para
missões suborbitais: Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM) e Satélite
de Reentrada Atmosférica (SARA); 4) realização de campanhas de lançamento de
foguetes em apoio a Programas de Microgravidade e de desenvolvimento
tecnológico; 5) implantação e modernização dos Sistemas Operacionais e de Apoio
Operacional de lançamento do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e Centro
de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). No PNAE estão previstos o VLS-1,
VLM-1, VLS-alfa e VLS-beta. No PPA constam também estudos e projeto de
subsistemas, combustíveis, melhoria de instalações, não elencados aqui.
O PPA foi criado
pela Constituição para funcionar como o planejamento de médio prazo do País. A
partir das metas inseridas no plano é que são elaboradas a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e o Orçamento da União. O plano tem vigência de quatro
anos, vigorando sempre do segundo ano de um mandato presidencial ao primeiro
ano do mandato seguinte.
O objetivo desse
formato é garantir um mínimo de continuidade ao planejamento público entre duas
gestões presidenciais. A aprovação do PPA pelo Plenário do Congresso é condição
para que a comissão mista analise o Orçamento de 2016.
Fonte: Jornal do SindCT -
Edição 44ª - janeiro de 2016
Comentário: Kkkkkkkkkk,
kkkkkkkkkkkkkkkkk, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, o que me surpreende é o espanto da
jornalista Shirley Marciano, autora desta matéria, e de quem como ela, acredita
na seriedade e competência dessa gente. Ora leitor, a única dúvida que fica é
se este descompasso ocorreu por estupidez ou incompetência (algo possível, afinal
exemplos não faltam), ou por outro motivo não tão nobre (algo que não pode ser
descartado). Kkkkkkkkkkkkkk, só rindo para não chorar, e olha que pouco tempo
atrás o Brasil foi apontado pelos Europeus e Americanos como o “Furacão Sul-Americano”.
Fala sério. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Patético. Finalizando, e sabe o que é mais patético? É a postura posuda e arrogante desta gente, faça-me uma garapa.
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