Programa PAPPE-PIPE III Realizou Reunião Técnica

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Segue abaixo uma nota publicada hoje (27/05) no site da “Agência FAPESP” informando que a FAPESP realizou dia 25/05 a “Reunião Técnica de Apresentação da Chamada de Propostas para o Programa PAPPE-PIPE III” .

Duda Falcão

Especiais

Programa PAPPE-PIPE III
Realiza Reunião Técnica

Por Elton Alisson
27/05/2011

Objetivo do encontro foi
apresentar os objetivos e
esclarecer as dúvidas
sobre a chamada para
auxiliar os pesquisadores a
formatar propostas de
pesquisa ao edital que
destinará até R$ 22,6 milhões
aos projetos selecionados
(FAPESP)
Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou no dia 25 de maio a Reunião Técnica de Apresentação da Chamada de Propostas para o Programa PAPPE-PIPE III com pesquisadores responsáveis por projetos do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) Fase II.

O objetivo da reunião foi apresentar os objetivos e esclarecer dúvidas sobre a chamada lançada no início de maio pela FAPESP e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de modo a auxiliar os pesquisadores a formatar propostas de pesquisa ao edital que reservou R$ 22,6 milhões para financiar os projetos selecionados.

O evento contou com a participação de cerca de 120 representantes de empresas que tiveram seus projetos PIPE Fase II concluídos com sucesso ou que estão em fase de finalização, e cujo relatório científico já foi aprovado ou está em fase de análise pela FAPESP.

Na Fase I do programa, essas empresas passaram por um processo de análise da viabilidade técnico-científica de suas propostas de pesquisa. Já na Fase II, realizaram seus projetos. Agora, na Fase III, elas poderão receber até R$ 400 mil por projeto, com duração de até 18 meses, para desenvolver a inovação tecnológica decorrente da pesquisa financiada pela FAPESP, com vistas à sua introdução no mercado.

“Nesta fase será tratada a aplicação dos resultados do projeto, visando à comercialização do produto ou processo que foi objeto da inovação criada a partir da pesquisa apoiada na Fase I e/ou na Fase II do PIPE”, explicou João Furtado, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.

O PIPE foi criado pela FAPESP em 1997 e se destina a apoiar o desenvolvimento de pesquisas inovadoras, a serem executadas em pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo, sobre importantes problemas em ciência e tecnologia que tenham alto potencial de retorno comercial ou social.

O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE) é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), operado pela Finep em parceria com as fundações de amparo à pesquisa estaduais, que busca financiar atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos inovadores empreendidos por pesquisadores que atuem diretamente ou em cooperação com empresas de base tecnológica.

No Estado de São Paulo, em função da existência do PIPE, a FAPESP e a Finep acordaram um formato para a implementação do PAPPE com características diferenciadas e constituíram o programa PAPPE-PIPE III, que já teve duas chamadas de propostas.

Ao juntar os recursos das duas instituições nessa chamada conjunta, foi possível à FAPESP ampliar suas possibilidades de apoio para outras atividades complementares à pesquisa. "A FAPESP, por força de seus regimentos e de legislação, só pode aplicar recursos estritamente em pesquisa. Mas a integração do programa PIPE com o PAPPE possibilitou ampliar as oportunidades de apoiar investimentos de outras naturezas nas empresas. Mas isso não quer dizer que serão disponibilizadas verbas para a contratação de uma equipe de vendedores, por exemplo, porque a FAPESP não pode apoiar outro tipo de despesa não relacionada à pesquisa, como as referentes à etapa de comercialização”, ressaltou.

Na avaliação de Furtado, apesar de ter os mesmos objetivos, os programas PIPE e PAPPE apresentam complementaridades.

O PAPPE, por exemplo, não pode apoiar a aquisição de equipamentos, enquanto o PIPE permite, excepcionalmente, essa operação na Fase III do programa, se demonstrado que é essencial para a execução do projeto. Em contrapartida, o programa operado pela Finep pode apoiar serviços de terceiros de outra natureza, que não técnico-científicos, enquanto o PIPE, da FAPESP, veda esse tipo de operação.

“Juntos, os dois programas apresentam uma flexibilidade que, isoladamente, eles não têm”, disse Furtado.

Processo de Avaliação

Para obter apoio financeiro do Programa PAPPE-PIPE III, o pesquisador solicitante deverá ter experiência comprovada na área do projeto, ser o pesquisador responsável pelo projeto PIPE Fase I e Fase II ou Fase II Direta e ter dedicação de, no mínimo, 30 horas semanais a atividades relativas à execução do projeto.

Por sua vez, a empresa deve ter sido beneficiada pelo Projeto PIPE e ter o relatório científico final aprovado ou em fase de análise pela assessoria científica da FAPESP.

Todo o processo de avaliação pela FAPESP, que inclui o recebimento da documentação, análise preliminar, avaliação externa por assessores, análise e discussão por um comitê do programa, entre outras etapas, leva 112 dias.

As principais dificuldades no processo de avaliação dos projetos apresentados ao PIPE encontradas pelos avaliadores da FAPESP e elencadas durante o evento são documentos em falta ou inadequados, deficiência ou inadequação da pesquisa – como, por exemplo, não ser original – ou incompatibilidade da equipe de pesquisadores.

Em função disso, Furtado aconselhou na reunião os pesquisadores responsáveis por projetos proponentes ao programa que se atentem à documentação da proposta, que forneçam o maior número possível de informações no projeto e que demonstrem a capacidade técnica da empresa em fazer inovação de forma permanente.

“Nada melhor do que receber propostas para a chamada de pesquisadores que concluíram seus projetos e continuam trabalhando para aperfeiçoá-los em contato com clientes, recebendo novas ideias, incorporando novas funcionalidades, conquistando novos mercados e prospectando novas oportunidades de desenvolvimento”, disse.

Para esclarecer as dúvidas dos participantes, a reunião contou também com a participação de Sérgio Robles Reis de Queiroz, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP, além da assistente técnica da Diretoria Científica da FAPESP, Patricia Pereira Tedeschi, e da assessora especial da Diretoria Científica, Marilda Solon Teixeira Bottesi.

Algumas das perguntas que versaram, entre outros assuntos, sobre a propriedade intelectual, foram esclarecidas no próprio encontro. Já as questões que não foram possíveis de ser respondidas foram registradas pelos representantes da FAPESP e serão esclarecidas em breve.

“Tivemos a oportunidade de responder a dezenas de perguntas, de forma a atingir o objetivo da reunião, que era melhorar a qualidade das propostas apresentadas para facilitar o processo de análise pelos avaliadores”, disse Furtado à Agência FAPESP.

A Chamada de Propostas PAPPE-PIPE 2011 pode ser acessada em www.fapesp.br/pappe


Fonte: Site da Agência FAPESP

Comentário: Espero que empresas paulistas ligadas ao setor espacial tenha seguido o exemplo do grupo "Edge Of Space" e estejam participando dessa nova oportunidade, para que assim o PEB possa avançar desenvolvendo tecnologias essenciais para o nosso país. 

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