Fabricante Indiana de Sistemas de Propulsão Entra na Onda de Expansão nos EUA
Prezados leitores e leitoras do BS!
Crédito: Bellatrix Aerospace
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Rohan M. Ganapathy (à esquerda), cofundador e CEO da Bellatrix Aerospace, ao lado de Yashas Karanam, cofundador e diretor de operações. |
No dia de ontem (10/04), o portal SpaceNews noticiou que a fabricante indiana de sistemas de propulsão para satélites, Bellatrix Aerospace, anunciou em 10 de abril seus planos de abrir uma instalação de fabricação nos Estados Unidos nos próximos meses, juntando-se a uma onda de empresas estrangeiras que buscam uma fatia do vasto mercado espacial norte-americano.
Pois é, entusiastas do espaço... Como já é evidente para quem se dispõe a observar com atenção, o nosso Programa Espacial governamental afunda cada vez mais — impulsionado por decisões absurdas que contrariam as boas práticas adotadas por nações bem-sucedidas neste setor. A boa notícia é que, apesar desse cenário desanimador, a iniciativa privada brasileira começa, ainda que de forma tímida e lenta, a avançar em algumas áreas pontuais das atividades espaciais. Isso, mesmo enfrentando um ambiente claramente hostil aos seus objetivos. São verdadeiros guerreiros, forçados a lutar diariamente contra o mau-caratismo, a incompetência, o oportunismo, a corrupção, a falta de visão estratégica, a politicagem, a estupidez — e uma série de outras mazelas que infelizmente ainda infestam esse setor dominado por um Estado totalmente desorganizado. Enquanto isso, países com visão de futuro — como a Índia, entre tantos outros já mencionados aqui no BS — seguem firmes, traçando seus próprios caminhos rumo ao progresso e a melhores condições de vida para seus povos. Já por aqui, na autêntica 'República das Bananas', seguimos insistindo nos mesmos erros do passado e desperdiçando oportunidades preciosas, ocupados em "inventar moda" em vez de construir um futuro sólido neste setor tão importante para qualquer nação do mundo. Ops, eu disse nação? Desculpe-me, errei na dose. Porém no fim das contas amantes do espaço, quem planta, colhe o que plantou. Fica o lembrete.
Pois é entusiastas do espaço, enquanto nosso Programa Espacial governamental afunda num buraco cada vez mais profundo motivado por decisãoes estapafúdias que vão de encontro ao que se faz neste setor no mundo que dá certo, e a iniciativa privada brasileira voltada para o espaço avança ainda que timidamente e vagarosamente em alguns pontos de interesse nas atividades espacias, verdadeiras nações de visão de futuro como a citada Índia e outras tantas já citadas aqui no BS, vão trilhando seu caminho buscando melhores dias para os seu povos, enquanto a Republica das Bananas fica inventando moda e buscando repetir os mesmos erros de outrora. Quem planta, colhe o que plantou, lembrem-se disso.
De acordo com a nota do portal, a Bellatrix contratou Chris MacDonald, ex-diretor de desenvolvimento de negócios da desenvolvedora de foguetes Astra e da fornecedora de satélites Terran Orbital, para liderar sua recém-criada subsidiária nos EUA, com sede em Delaware.
A instalação de fabricação apoiará a produção local, testes e entrega de sistemas de propulsão, permitindo tempos de resposta mais rápidos e uma colaboração mais próxima com clientes baseados nos EUA, disse MacDonald por e-mail.
Fundada em 2015, a Bellatrix desenvolveu um propulsor elétrico de efeito Hall que tem sido usado em algumas missões da agência espacial da Índia nos últimos anos, além de um sistema de propulsão que utiliza uma alternativa menos tóxica à hidrazina.
Com as tecnologias agora comprovadas em seu país de origem, a empresa está voltando sua atenção para oportunidades internacionais — especialmente nos Estados Unidos, onde a demanda por infraestrutura espacial continua a atrair investimentos privados significativos.
Segundo uma pesquisa publicada em 9 de abril pela firma de capital de risco Space Capital, os EUA atraíram 72% dos investimentos globais em infraestrutura espacial nos últimos três anos.
Nos primeiros três meses de 2025, empresas norte-americanas foram responsáveis pela maior parte dos US$ 1,7 bilhão investidos em infraestrutura espacial — referindo-se ao hardware e software usados para construir, lançar e operar satélites, foguetes e outros ativos destinados ao espaço.
Esse valor representa uma queda de 31% em relação ao trimestre anterior e é o segundo menor total trimestral registrado pela Space Capital nos últimos três anos, em meio a incertezas macroeconômicas e condições financeiras mais restritivas.
Ainda assim, o relatório apontou uma demanda contínua por propulsão, fabricação de satélites e serviços de lançamento, especialmente por parte de empresas focadas na área de defesa, que buscam aproveitar as oportunidades criadas pela nova ênfase do governo dos EUA no espaço como prioridade de segurança nacional.
Expansão Internacional
"Atualmente estamos em negociações avançadas com mais de seis fabricantes e operadores de satélites baseados nos EUA, com vários outros em conversas iniciais", disse MacDonald.
"Também assinamos um Memorando de Entendimento (MoU) com um importante fabricante de satélites dos EUA para atuar como parceiro preferencial de propulsão. Essas parcerias estão abrindo caminho para uma forte presença nos EUA e adoção de nossos produtos."
A Bellatrix atualmente emprega mais de 90 pessoas na Índia e espera expandir sua equipe para cerca de 115 até o final do ano para atender à crescente demanda global e ao desenvolvimento de produtos — incluindo até seis funcionários baseados nos EUA.
A fabricante britânica de componentes para satélites Olsen anunciou planos semelhantes de expansão no início desta semana, com foco na Flórida, enquanto a GITAI, especialista em robótica espacial com sede na Califórnia mas de propriedade majoritariamente japonesa, recentemente criou uma subsidiária sob um trust de voto nos EUA para disputar papéis como contratante principal em contratos de defesa.
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