A Startup Alemã 'Atmos Space Cargo' Declarou Que o Primeiro Voo Teste de Sua Nave 'Phoenix' de Reentrada Foi Um Sucesso, Apesar da Incerteza na Reentrada

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Crédito: Atmos Space Cargo
A Atmos Space Cargo está desenvolvendo a Phoenix, uma nave de reentrada que utiliza um escudo térmico inflável.

No dia de hoje 23/04, o portal SpaceNews noticiou que a startup alemã "Atmos Space Cargo" declarou que considera o primeiro voo de sua nave de reentrada um sucesso, apesar dos dados limitados sobre seu desempenho durante a reentrada.
 
De acordo com a nota do portal, a Atmos Space Cargo lançou sua primeira nave Phoenix como uma das cargas úteis da missão de carona Bandwagon-3 da SpaceX, em 21 de abril. A nave se separou do estágio superior cerca de 90 minutos após o lançamento e, aproximadamente meia hora depois, iniciou a reentrada para um amerissagem no Oceano Atlântico Sul, a cerca de 2.000 quilômetros da costa do Brasil.
 
A missão tinha três objetivos principais, disse Sebastian Klaus, CEO da Atmos, durante uma coletiva no dia 22 de abril. Um era coletar dados da própria espaçonave em voo; o segundo, operar e retornar dados das cargas úteis a bordo; e o terceiro, coletar dados sobre o desempenho do escudo térmico inflável da nave durante a reentrada.
 
“O que está confirmado é que obtivemos muitos dados de voo”, disse ele. As quatro cargas úteis a bordo, de clientes comerciais e da agência espacial alemã DLR, foram ativadas e retornaram dados. “Podemos considerar isso um sucesso completo.”
 
O que é menos certo é como a espaçonave, incluindo seu escudo térmico, se comportou durante a reentrada. A Atmos havia planejado uma reentrada no Oceano Índico, a leste de Madagascar, perto da ilha de Reunião. Klaus disse que a empresa passou meio ano planejando a reentrada ali, incluindo navios para recuperar a nave após a amerissagem e aeronaves para coletar dados durante a reentrada.
 
No entanto, cinco semanas antes do lançamento, a SpaceX informou à Atmos sobre uma mudança na trajetória devido a “restrições operacionais” da carga útil principal, um satélite de reconhecimento sul-coreano. Isso resultou em uma amerissagem bem distante da costa do Brasil, inviabilizando qualquer tentativa de recuperar a Phoenix após o pouso. Isso também causou uma reentrada mais íngreme do que a planejada anteriormente, gerando maiores cargas na espaçonave.
 
A empresa organizou novas estações terrestres na América do Sul para se comunicar com a espaçonave durante fases-chave do voo até a reentrada. Além disso, fretou um avião para tentar coletar dados durante a reentrada, mas o local da amerissagem ficou fora do alcance da aeronave. Essa distância, junto com a cobertura de nuvens, impediu a empresa de obter imagens da reentrada.
 
Klaus disse que a Atmos considerou esse terceiro marco “parcialmente bem-sucedido” por enquanto, enquanto continua analisando os dados do voo. Alguns dados sugerem que o escudo térmico inflou conforme o planejado, mas ele afirmou que a empresa precisa de mais tempo para analisar os dados disponíveis, acrescentando que foi “muito difícil” obter informações da Phoenix nas fases finais de seu voo, devido à distância das estações terrestres.
 
Os dados coletados ajudarão a empresa com sua segunda nave Phoenix, que planeja lançar no próximo ano. “Seria muito melhor ter mais dados sobre a fase crítica final do voo,” disse Klaus. “Mas, por outro lado, aprendemos muito sobre todos os outros sistemas e aspectos operacionais.”
 
“No geral, eu diria que foi uma missão muito bem-sucedida,” concluiu.
 
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