Projeto Sunbird: Pesquisadores da Startup 'Pulsar Fusion' do Reino Unido Pretentem Desenvolver Foguete Propulsado Por Fusão Nuclear

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No dia de ontem (09/04), o portal da Revista Planeta publicou uma interessante noticia sobre uma startup britânica que está pesquisando o uso da fusão nuclear em foguetes visando assim reduzir o tempo das viagens espaciais.
 
Crédito: Divulgação/Pulsar Fusion
Imagem conceitual do foguete Sunbird.

De acordo com a nota do portal, a startup britânica Pulsar Fusion pretende desenvolver um foguete chamado Sunbird, projetado para utilizar a fusão nuclear como método de locomoção, algo que possibilitaria a espaçonave a atingir uma velocidade de 805 mil quilômetros por hora, o que poderia reduzir pela metade a duração de uma viagem a Marte.
 
A fusão nuclear ocorre quando dois núcleos de átomos se combinam para formar um, algo que ocorre em estrelas como o Sol e é almejado há décadas por pesquisadores que tentam repetir tal processo na Terra. As informações são da “CNN Science”.
 
Apesar de ainda estarmos relativamente distantes do futuro em que uma fusão nuclear é produzida na Terra, pesquisadores da Pulsar Fusion acreditam que repetir o processo no espaço pode acontecer até 2027, e seria útil para viagens espaciais.
 
A startup, que recebe investimentos da UK Space Agency, desenvolveu o conceito do Sunbird, um foguete que está nos estágios iniciais de produção — devendo ficar pronto em 2027 — e ficaria em órbita para se anexar a espaçonaves no intuito de transportá-las, operando de forma semelhante às bicicletas urbanas.
 
Quando ocorre uma fusão nuclear, é liberada uma quantidade de energia quatro milhões de vezes maior do que no uso de combustíveis fósseis, além de não precisar de materiais radioativos, como a fissão nuclear.
 
Apesar disso, para realizar uma fusão nuclear é preciso simular condições similares às do núcleos de estrelas, com temperatura e pressão extremamente altas. No espaço, a reação que alimenta o processo poderia ocorrer em um plasma, um gás quente e eletricamente carregado.
 
De acordo com os pesquisadores, diferentes de reatores da Terra, que são circulares para evitar que as partículas escapem, a ideia do Sunbird é utilizá-las para impulsionar a espaçonave. Ainda, seria empregado um combustível chamado hélio-3 para produzir prótons, que podem ser usados na propulsão.
 
Para Richard Dinan, CEO da Pulsar Fusion, o processo realizado na Sunbird seria muito caro para a Terra, já que o objetivo não é fazer energia. Mesmo assim, a fusão nuclear no foguete poderia economizar gastos com combustíveis, reduzir o peso de espaçonaves e chegar ao destino muito mais rápido.
 
“Idealmente, você teria uma estação em algum lugar perto de Marte, e uma na órbita da Terra, e os Sunbirds simplesmente iriam e voltariam”, ponderou Dinan. Segundo o CEO da startup, o protótipo entregue em 2027 deve custar 70 bilhões de dólares e não será um “Sunbird completo”, apenas um “experimento de fusão linear”.
 
Conforme Dinan, o primeiro Sunbird concluído iria estar disponível apenas quatro a cinco anos depois.
 
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