Depois de Apuros em Modo de ‘Sobrevivência’, Amazônia-1 Já Faz Imagens do Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo postado ontem (07/03)
no “Blog Mensageiro Espacial” da Folha de São Paulo tendo como destaque o Satélite
Amazônia-1 e o disse me disse dos últimos dias sob a sua suposta perda de
controle, isto segunda a visão do jornalista Salvador Nogueira. Pois bem
leitor, vale completar que o BS já publicou algumas notas sobre este assunto e está apurando maiores detalhes sobre todo esse imbróglio
para em breve poder trazer tudo detalhado para o nosso leitor. Aguardem!
Duda Falcão
Depois de Apuros em Modo de ‘Sobrevivência’, Amazônia-1 Já
Faz Imagens do Brasil
Por Salvador Nogueira
Blog Mensageiro Espacial
07 de março de 2021 às 23h15
Credito: AEB
Entre o rastreamento independente realizado por
observadores no exterior e as acusações de “fake news” por parte do alto
escalão do governo, a primeira semana do Amazônia-1 no espaço foi bastante agitada.
Eis a história completa, como ela se deu.
Na madrugada do domingo passado (28), o foguete indiano
PSLV injetou o primeiro satélite 100% brasileiro de observação da Terra em uma
órbita polar de 750 km de altitude. A espaçonave saiu com uma rotação excessiva ao se desprender, mas isso foi ajustado
pelo sistema de controle de atitude do satélite.
A primeira passagem mostrou situação nominal e os
engenheiros e técnicos do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em
São José dos Campos (SP), iniciaram o processo de certificação do satélite, com
as checagens usuais.
Na terça (2), em antecipação a dois sobrevoos do solo
brasileiro no dia seguinte, foi disparado o comando para colocar o Amazônia-1
em modo missão, preparando a ativação de sua câmera. E aí a realidade se desvia
da versão oficial.
De acordo com envolvidos no projeto que preferem não se
identificar, um dos parâmetros de operação do satélite apresentou um valor não nominal,
e o computador de bordo ativou automaticamente o modo de sobrevivência. Nessa
situação, o Amazônia-1 inicia um movimento para garantir que luz solar incida
sobre seus painéis, prevenindo a descarga das baterias. Foi nesse período que
dois rastreadores, um nos EUA e outro na Itália, separados por cerca de 7
horas, detectaram a suposta “fake news”. Era real.
Atividades espaciais, como sabemos, são desafiadoras. E a
equipe do INPE sempre esteve à altura do desafio. Interpretando corretamente a situação
e seguindo os protocolos, com apoio de estações auxiliares fora do país (para
aumentar as oportunidades de contato), ainda no final da noite de terça a
situação fora contornada, e o satélite entrou em modo missão. Grande vitória,
após um aperto. É do jogo. Até o Hubble, vira e mexe, entra em modo de
segurança.
Mesmo assim, na quarta (3), enquanto o Amazônia-1 fazia
duas passagens pelo Brasil e registrava belas imagens, o diretor do INPE, Clezio
de Nardin, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, entraram
em “modo governo”, afirmando que nada de incomum aconteceu. “Fake news”.
Perderam uma espetacular oportunidade de mostrar como dificuldades são
enfrentadas e vencidas pelos profissionais do INPE.
Superado o episódio, resta uma dúvida: queremos um
programa espacial civil aberto e transparente, à la NASA, ou vamos pela rota do
segredo e do silêncio, como a China? Não custa lembrar que a inserção orbital
da Tianwen-1 em Marte só foi acompanhada ao vivo por rastreadores
independentes, da mesma forma que se identificou o comportamento incomum do
Amazônia-1 na última terça. Essa deixo para os ideólogos governistas de
plantão.
Fonte: Site do Blog Mensageiro Espacial – https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br
Felicitaciones al equipo de INPE que ha sido capaz de afrontar y superar las dificultades, que es lo que se espera de un verdadero equipo de profesionales.
ResponderExcluir¡Éxito y larga vida al Amazonia-1¡
Saludos desde Argentina