Space Tango Quer Lançar Sua Própria Estação Orbital de Pesquisa em Dois Anos

Olá leitor!
 
Pois então, ontem navegando na net encontrei uma interessante notícia sobre um projeto espacial em curso de uma startup americana que imediatamente me fez recordar de um grande visionário brasileiro, visionário este que idealizou ainda na década de 90 um projeto semelhante a este americano de agora, mas que infelizmente nos deixou muito cedo, sem contudo poder ver o seu projeto concluído, e no final das contas, após a sua morte o projeto acabou sendo descontinuado melancolicamente.  Leia a matéria e depois continuamos.
 
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Space Tango Quer Lançar Sua Própria Estação Orbital de Pesquisa em Dois Anos
 
Por Danielle Cassita
Fonte: UPI, Space Tango
02 de Março de 2021 às 22h00
 
A Space Tango, empresa que realiza experimentos científicos na Estação Espacial Internacional (ISS) relacionados à saúde e tecnologia, planeja lançar a ST-42, que seria uma pequena estação espacial em órbita destinada à pesquisa científica. A ideia é que a plataforma seja reutilizável e possa ser operada sem a necessidade de astronautas a bordo. A empresa planeja lançá-la em dois anos.
 
Fundada em 2014, a Space Tango possui dois pequenos contêineres de pesquisa a bordo da ISS. O primeiro foi instalado em 2016, com o segundo sendo lançado em 2017. Hoje, a empresa se destaca com a produção de equipamentos médicos e tecidos humanos na microgravidade, produzidos principalmente por meio de técnicas de impressão 3D avançadas. Este método permite produzir estruturas mais delicadas que, se fossem feitas na Terra, podem ficar com imperfeições devido à gravidade.
 
(Imagem: Reprodução/Space Tango)

Os contêineres de pesquisa CubeLabs.


Assim, pensando em expandir os negócios e os experimentos na microgravidade, a empresa começou a planejar sua própria estação espacial: “conforme a escala dos nossos negócios cresce em diferentes usos, ter uma nave dedicada para a produção será o caminho”, disse Twyman Clements, CEO da Space Tango. A estação espacial ST-42 seria um pouco mais complexa que uma cápsula espacial e teria painéis solares para gerar energia elétrica, além de um escudo de calor para proteger sua estrutura.
 
O interior dela poderia ser reconfigurado de acordo com as necessidades de cada missão, sendo que a ideia é que cada nave possa ser reutilizada até 10 vezes. Ainda não há informações sobre o valor que a empresa planeja investir neste projeto ou quanto a nave deverá custar. O projeto ST-42 está em andamento há cerca de dois anos e a empresa está analisando qual seria o tipo de propulsão mais adequado: "não estamos necessariamente interessados na hidrazina, que é comum para a propulsão no espaço", disse Clements, ressaltando que o composto é tóxico e explosivo, mas que a empresa pode buscar opções mais ecológicas.
 
(Imagem: Reprodução/Space Tango)
A ST-42 será autônoma, projetada para realizar produções de saúde e tecnologia na microgravidade.

A empresa planeja manter as missões comuns na órbita baixa da Terra por cerca de duas semanas. Depois deste prazo, a cápsula iria reentrar na atmosfera e realizar uma amerissagem no oceano, perto da Flórida — a mesma região em que a Space Tango deve construir instalações de processamento, para que fiquem próximas do Kennedy Space Center. Hoje, somente a SpaceX consegue trazer de volta suas naves Dragon com instrumentos científicos a bordo.
 
A Space Tango deverá lançar um protótipo de testes em 2023 para verificar como seria o lançamento e o voo, com a primeira nave não tendo escudo de calor. Até o momento, a empresa não escolheu a responsável pelo lançamento, mas Clements estudou a possibilidade de realizar um lançamento compartilhado, como os que são feitos pela SpaceX e Rocket Lab, por exemplo.
 
 
Fonte: Site Canaltech -  https://canaltech.com.br 
 
Pois então leitor, sensacional, né? Porém quem conhece a história do Programa Espacial Brasileiro (PEB) sabe de que um brasileiro já havia idealizado um projeto semelhante (ainda que mais modesto) em meados da década de 90, projeto este conduzido inicialmente por ele e posteriormente por outros dentro do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), mas que infelizmente perdeu força depois da saída do Dr. Luís Eduardo Vergueiro Loures da Costa (gerente do Projeto e outro grande brasileiro) deste instituto, sendo descontinuado pouco depois do seu primeiro protótipo ter explodido na plataforma de lançamento em Alcântara, em um sinistro até hoje estranho e muito mal explicado.
 
Algum leitor sabe de quem e de qual projeto estou falando??? Pois então, me refiro ao visionário Dr. Paulo Morais Jr. e de seu fantástico Projeto SARA (Satélite de Reentrada Atmosférica), um grande amigo que nos deixou muito cedo e que trabalhou pouco mais de 30 anos como servidor do IAE, sendo o idealizador tanto deste projeto, como também do ambicioso Programa Cruzeiro do Sul, entre outros, além de ter sido por duas gestões presidente da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB), entidade esta a qual sou associado e que precisa ser resgatada.
 
Pois é amigos, vejam como são as coisas e notem como PEB é um programa que poderia está bem avançado se não fosse (neste caso por exemplo) a questão do ego militar (um exemplo disso se nota no próprio MAB, se é que o leitor me entende, sugiro que faça uma visita ao mesmo) e a falta de compromisso de diversos governos em realizar realmente algo significativo no espaço. Profissionais especializados e capacitados amigo leitor, sempre tivemos, e a história do PEB demonstra isso (Paulo Morais Jr., Jaime Boscov, Coronel Laje entre outros e entre eles até mesmo alguns militares), e ainda temos (Dr. Waldemar Castro Leite, Dr. Luís Eduardo Vergueiro Loures da Costa, Dr. Otávio Durão, Dr. Oswaldo Loureda, Eng. Lucas Fonseca entre outros) porém todos enfrentaram e enfrentam dificuldades hercúleas impostas aos mesmos, por inveja, egocentrismo, incompetência gerencial entre tantas outras coisas, impedindo ou dificultando assim que esses profissionais pudessem e possam colocar em pratica com competência o conhecimento adquirido por eles. O resultado disso? Uma piada chamada Programa Espacial Brasileiro (PEB) que se arrasta por décadas sem apresentar resultados condizentes com os recursos já empregados, o que é uma pena, uma grande frustração, mas a luta continua e a Aliança de Startups vem com força para tentar pelo menos amenizar esse quadro. 
 
Fiquem atentos energúmenos, pois estou de volta e vocês terão de me engolir (kkkkk, grande Zagallo).
 
Duda Falcão

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