Com INPE Sem Verba, AEB Assume Custo de Bolsas Para Pesquisadores do Amazônia 1
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (09/02) no site “G1”
do globo.com, destacando que a AEB resolveu assumir os custos das bolsas dos
pesquisadores do Satélite Amazônia-1 devido a falta de recursos do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Duda Falcão
VALE DO PARAÍBA E REGIÃO
Com INPE Sem Verba, AEB Assume Custo de Bolsas Para Pesquisadores do Amazônia 1
Satélite está na Índia e tem lançamento programado para
28 de fevereiro. Com suspensão de bolsas pelo Inpe, pesquisadores que fazem a
operação de lançamento não poderiam trabalhar. Sete profissionais foram pagos,
mas outros 100 pesquisadores da instituição estão suspensos.
Por Poliana Casemiro,
G1 Vale do Paraíba e Região
09/02/2021 16h18
Atualizado há um dia
Foto: Divulgação/Governo Federal
Com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sem
verba para o programa de bolsas, a Agência Espacial Brasileira (AEB) teve
de custear o pagamento das bolsas de sete pesquisadores por dois meses para não
comprometer o lançamento do satélite Amazônia 1, previsto para 28 de fevereiro.
Outros 100 profissionais que atuam no instituto seguem suspensos.
O Amazônia 1 é o principal projeto do Inpe para 2021 e consiste
no primeiro
satélite completamente brasileiro, feito em parceria com a AEB, com
investimento de R$ 270 milhões. O equipamento foi transportado para a Índia,
acompanhado por bolsistas, de onde vai ser lançado no fim do mês.
Com a suspensão das bolsas, a equipe de lançamento que
faz o manuseio de equipamentos, trajetória de voo e todo o suporte estava com
situação indefinida. Na semana do anúncio dos cortes, a direção do Inpe disse
ao G1 que não havia risco de atraso porque haveria mão de obra que
pudesse absorver a demanda. A direção alegou que não teria orçamento para
bancar os pesquisadores e que seria necessária verba de R$ 4 milhões.
Apesar disso, com a histórica queda no volume de mão de
obra da instituição, a AEB teve de intervir para que a operação fosse mantida.
Os pesquisadores foram incluídos em uma nova modalidade de bolsas, diferente
das cortadas do INPE, mas com duração de dois meses. Com isso, eles teriam
vínculo mantido o lançamento apenas, com pagamentos até 31 de março. Depois
desse prazo, não há garantias de extensão das bolsas.
Cortes
As bolsas PCI mantém profissionais em funções
operacionais, além da pesquisa. A suspensão atinge quem tem a bolsa como única
fonte de renda, uma exigência para ser inscrito. O programa tem duração de
cinco anos e cada contrato é renovado ano a ano, em fevereiro, de forma automática.
Este ano, em 1° de fevereiro, quando seria feita a
renovação, os pesquisadores foram informados sobre a suspensão.
Em um vídeo no qual faz anúncios sobre a instituição,
Clézio de Nardin reforçou que apenas o problema com as bolsas dos profissionais
do satélite foi solucionado e ainda reforçou que não seria necessário alarmismo
(veja abaixo, a partir de 1:10).
“O problema é recorrente, aconteceu várias vezes no
passado. Então, por favor, esse alarmismo que foi criado, não cabe e não tem
necessidade de ser”, disse. Apesar disso, ao G1, Clézio havia explicado
que com o déficit de orçamento de R$ 3,2 milhões que o Inpe atingiria em
fevereiro, não poderia manter os custos. Com isso, os profissionais acreditam,
que vai haver o corte, não apenas um atraso.
Veja o vídeo citado no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=l-mCQ7Kzyms&feature=emb_imp_woyt
Os pesquisadores comentam que nunca antes tinham tido a
bolsa suspensa, sendo impedidos de trabalhar. Eles são doutores e pós-doutores,
muitos com projetos de cooperação internacional para o Brasil. Alguns estão sem
receber desde janeiro e em situação financeira delicada. Há quem teve de tomar
medida emergencial para pagar as contas e está vendendo bolos e doces.
“É muito difícil, somos trabalhadores e a gente não tem
garantias como qualquer trabalho. Em uma situação como essa, você fica
desamparado. Eu não tenho como pagar as contas, eu tinha uma [renda para]
emergência, mas isso não vai manter mais do que esse mês. Meu projeto é
internacional, eu tenho prazos com instituições de fora do Brasil e então não
posso parar de trabalhar ao mesmo tempo que tenho que procurar outras coisas”,
conta uma pesquisadora que não quis se identificar.
O Que Dizem INPE e MCTI
O INPE informou que as questões sobre verba deveriam ser
encaminhadas diretamente ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) e não
comentou a situação. A reportagem acionou a pasta, mas aguardava o retorno até
a publicação.
Fonte: Site G1 do Globo.com - http://g1.globo.com
Pois então. Agora a prioridade é garantir a felicidade dos especuladores no mercado financeiro, eles já se apossaram da metade do orçamento. O resto é somente o resto.
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