Estudantes dos BRICS Desenvolvem Parceria Tecnológica
Olá leitor!
Segue abaixo uma pequena entrevista concedida ao site
Sputnik News por uma estudante brasileira do “Instituto de Aviação de Moscou (MAI)” que está envolvida
no desenvolvimento de um Microsatélite do projeto “BRICS MAI”, projeto
este que foi criado pelos estudantes deste instituto moscovita oriundos dos países dos BRICS. A entrevista foi realizada durante a realização do Salão Aeroespacial
Internacional MAKS 2015, onde este projeto de microsatélite está sendo apresentado.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MAKS 2015: Estudantes dos BRICS
Desenvolvem Parceria Tecnológica (Exclusiva)
Projeto reúne alunos de todos os países dos BRICS
ue estudam
em universidade russa.
Sputnik News
27/08/2015 - 13:29
© REUTERS/ Maxim Shemetov
Fernanda
Ribeiro Silva, representante brasileira do projeto BRICS MAI, concedeu uma
entrevista à Sputnik em que falou sobre o seu projeto apresentado no Salão
Aeroespacial Internacional MAKS 2015.
O
projeto BRICS MAI foi criado pelos estudantes do Instituto de Aviação de Moscou
(MAI) oriundos dos países BRICS.
Em
abril de 2015, a Rússia assumiu a presidência rotativa do grupo BRICS, composto
também pelo Brasil, Índia, China e África do Sul. Em julho, a cidade russa de
Ufá sediou a cúpula de chefes de Estado e ministros do grupo. E no ano passado,
em Moscou e São Petersburgo, uma série de encontros de universidades e
acadêmicos definiu um plano de ação da cooperação científica e acadêmica dentro
dos BRICS.
Sputnik: O que é o BRICS MAI? Se trata de um projeto
internacional?
Fernanda
Ribeiro Silva: O BRICS MAI surgiu de uma iniciativa estudantil mas vem
recebendo o apoio muito grande da faculdade, principalmente do NIRS, Setor de
Recurso de Pesquisas Científicas. O nosso projeto conta com representantes de
todos os países que formam o grupo BRICS. O nosso objetivo é não só desenvolver
projetos para praticar o que a gente aprende na teoria no MAI, mas também
pretende ensinar crianças de escolas do ensino fundamental e do ensino médio.
S: O que você apresenta no MAKS 2015?
FRS:
Estou apresentando um projeto de microssatélite, e a nossa equipa do BRICS MAI
está apresentando um objeto voador sem piloto totalmente de carbono. O projeto
em que eu estou envolvida, o microssatélite, pode ser usado para diversos fins.
Por exemplo, poderia detectar onde ocorria o incêndio, podemos evacuar
as pessoas que estão em risco o que será útil na Rússia, como também em
outros países. No Brasil a gente tem a Amazônia, floresta muito grande que deve
ser preservada. E através do microssatélite a gente poderia fazer uma sondagem
do que está acontecendo no monitoramento de 24 horas.
Além
disso, podemos utilizar o microssatélite no controle de aviões sem piloto e
todos os tipos de conexão.
S: Para quando podemos esperar a participação brasileira no MAKS o
outros eventos organizados pela Rússia?
FRS:
Empresas brasileiras ainda não são presentadas no MAKS, senão o projeto
estudantil.
Quanto à parceria Brasil-Rússia, prevejo muito o
desenvolvimento dos vários projetos nem só no âmbito estudantil. Com a situação
política e econômica dos dois países é muito favorável, porque o BRICS é uma
alternativa para os países em desenvolvimento que pode ter muito sucesso.
S: Do seu ponto de vista, há perspectivas de projeto conjunto
russo-brasileiro ou dos BRICS na sua área?
FRS: Existem várias perspectivas. Por exemplo, o nosso
microssatélite será lançado no final deste ano.
Por enquanto, ainda não há outros projetos. Mas estamos
ainda desenvolvendo. O BRICS MAI está escrevendo cartas que a gente vai enviar
para as embaixadas e para o setor da política juvenil aqui na Rússia. Por
enquanto, a gente está buscando apoio. Mas a atenção às relações Brasil-Rússia
e a todos os países BRICS se desenvolverá muito mais.
Fonte: Site Sputniknews
- http://br.sputniknews.com/
Comentário: Interessante notícia que já havíamos abordado
sem estes detalhes em nota anterior (veja aqui) e mostra que pelo que tudo
indica o envolvimento dos russos nas atividades espaciais brasileiras deverá
realmente aumentar nos próximos anos. Se isto ocorrerá de forma positiva ou negativa dependerá dos caminhos futuros adotados por esses energúmenos. Vale lembrar que
o MAI já tem um histórico com o ITA desde meados dos anos 90 do século passado
quando o instituto brasileiro manteve um convenio de formação com este
instituto moscovita. Aproveitamos para agradecer ao leitor Jahyr Jesus Brito
pelo envio desta notícia.
Comentários
Postar um comentário