Artigos de Pesquisadores do INPE Diagnosticam as Condições de Seca no Sudeste
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (21/08) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que artigos de pesquisadores do instituto diagnosticam as condições de Seca no
Sudeste.
Duda Falcão
Artigos de Pesquisadores do INPE
Diagnosticam as Condições de Seca no Sudeste
Sexta-feira, 21 de Agosto de 2015
Publicado na versão online da
revista Theoretical and Applied Climatology,
o artigo Precipitation diagnostics of an exceptionally dry event in São Paulo,
Brazil apresenta
um diagnóstico das condições de déficit de chuva observadas sobre o sudeste do
Estado de São Paulo, incluindo sua região metropolitana, durante os dois
últimos verões (2013/2014 e 2014/2015).
Segundo Caio Coelho, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e um dos
autores do trabalho, o artigo responde a uma série de questões sobre a
manifestação de eventos extremos de seca.
Os resultados obtidos pelos pesquisadores da Divisão de Operações do
CPTEC/INPE revelam a excepcionalidade do déficit de chuva observado durante o
verão 2013/2014, quando comparado a outros verões desde 1961/62, e que a região
estudada vem sofrendo com déficit de chuva desde o final da década de 1990.
Eventos de seca semelhantes foram observados no passado, porém de menor
magnitude em termos de déficit de chuva. Um dos fatores que contribuiu para o
déficit expressivo de precipitação durante o verão 2013/2014 foi o término
exageradamente antecipado da estação chuvosa.
Outro trabalho do CPTEC/INPE publicado na versão online da revista Climate Dynamics, realizado em
colaboração com pesquisadores da Universidade de São Paulo e Universidade
Federal de Itajubá, destaca que a seca sobre o Sudeste durante o verão 2014
teve como raiz as condições de chuvas anômalas na região tropical ao norte da
Austrália, desencadeando uma sequência de processos entre a região tropical e
extratropical do oceano Pacífico, até atingir a região Sudeste do Brasil e
oceano Atlântico adjacente.
Este trabalho, intitulado The 2014 southeast Brazil austral summer drought: regional scale
mechanisms and teleconnections, revela o
estabelecimento de um sistema anômalo de alta pressão sobre o oceano Atlântico
adjacente aquecido, que forçou os sistemas frontais a realizar trajetórias
oceânicas, favoreceu a manutenção do aquecimento oceânico através da incidência
de radiação solar, transportou umidade da Amazônia para o sul do Brasil, e
desfavoreceu a formação de eventos de Zona de Convergência do Atlântico Sul, um
dos principais mecanismos de produção de chuva sobre a região Sudeste do Brasil.
Mais detalhes sobre os estudos na página: http://www.cptec.inpe.br/noticias/noticia/127760
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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