Mais Problemas à Vista Para o Programa Espacial Brasileiro
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo publicado no site da revista “GALILEU”
no dia (10/08) tendo como base o artigo da revista The Economist postado hoje
pela manhã no nosso Blog..
Duda Falcão
CIÊNCIA – ESPAÇO
Mais Problemas à Vista Para o
Programa Espacial Brasileiro
A diplomacia é um problema tão grande quanto o corte de
investimentos
Por
Isabela Moreira
Via The Economist
10/08/2015 - 13H08
Atualizado 13H0808
(Foto: NASA)
Colegas do Brasil nos BRICS estão muito à
frente do país
na corrida espacial.
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Não há como negar: o Brasil está bem atrasado na corrida espacial. Apesar de
ter entrado nesta ao mesmo tempo que a Índia e a China, em 1961, o programa
espacial brasileiro acabou ficando para trás. Enquanto os dois países, juntos,
investiram cerca de US$ 4 bilhões na causa, o orçamento da Agência Espacial
Brasileira, que era de US$ 122 milhões, recebeu um corte de 14%.
Os gastos seguem sendo um problema: em julho deste ano, a
presidente Dilma Rousseff cancelou um acordo de 11 anos com a Ucrânia para
utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara para realizar lançamentos do
foguete ucraniano Cyclone-4. Em nota oficial, o governo brasileiro afirmou que
o Projeto Cyclone, além de estar atrasado, se tornou caro demais. Outro motivo
foi o receio de que a Ucrânia não cumpriria sua parte do acordo por sua
indústria espacial estar localizada perto de Donetsk, região controlada por separatistas.
O Brasil já tem um histórico problemático no que diz
respeito à diplomacia espacial. Na década de 80, o país ajudou o Iraque a
dobrar sua reserva de mísseis, fato que não só deixou o governo estadunidense
furioso, como fez com que este convencesse outros países, como França e
Alemanha, a não compartilhar tecnologias relacionadas a foguetes com os
brasileiros.
Em 2000, o então presidente Fernando Henrique Cardoso deu
início a um acordo no qual o Brasil protegeria a tecnologia estadunidense, mas
o Congresso não aprovou a medida. Seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva,
então, fechou um acordo com os ucranianos em 2003.
Enquanto os Estados Unidos não demonstram interesse em
coperar com o Brasil, a Rússia e a França atualmente estão de olho no Centro de
Lançamento de Alcântara, que usa a velocidade de rotação da Terra e o impulso
para lançamentos, exigindo menos combustível para entrar em órbita. O Centro
também fica em uma região de clima estável, o que permite que lançamentos sejam
realizados o ano todo.
Mesmo antes do anúncio dos cortes de orçamento, o governo
brasileiro planejava designar R$ 9 bilhões para atividades relacionadas ao
espaço entre 2012 e 2021. Para ter uma base de comparação, a Índia já investiu
a mesma quantia nos últimos três anos – e a sua missão para Marte custou quase
a metade do que Hollywood gastou para fazer “Interestelar”.
Fonte: Site da Revista Galileu - 10/08/2015 - http://revistagalileu.globo.com
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