Fomentar a Indústria Espacial é Prioridade do INPE aos 54 anos
Olá leitor!
Segue abaixo uma
notícia postada dia (16/08) no site do jornal “O VALE”, destacando que segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Dr. Leonel Perondi, a prioridade do instituto é fomentar a Industria Espacial do país.
Duda Falcão
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Fomentar a
Indústria Espacial é
Prioridade do INPE aos 54 anos
Para Leonel
Perondi, Brasil tem condições de consolidar polo de construção
de satélites, mas instituto
precisa superar desafios urgentes, entre eles
o déficit de servidores
federais e cortes no orçamento
Xandu Alves
São José dos
Campos
August 16, 2015 - 00:07
Foto: Claudio
Vieira
O diretor do INPE, Leonel Perondi, durante entrevista.
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O INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) quer ajudar a criar uma Embraer na
área de satélites.
Aos 54 anos
completados em 3 de agosto, o órgão federal, sediado em São José dos Campos,
tenta fazer com a indústria espacial no Brasil o que o DCTA (Departamento de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial) fez com o desenvolvimento aeronáutico, a
partir da década de 1950.
“A grande
contribuição do INPE é de nuclear uma indústria espacial no Brasil”, diz o
diretor Leonel Perondi.
“Esperamos ter
uma indústria de satélites, que é moderna, de alto valor agregado e com possibilidade
de renda multo alta.”
O paralelo é
justamente o avião. O primeiro modelo fabricado no país, o Bandeirante, voou em
1968, exatos 18 anos depois da criação do DCTA. Em 1969, criou-se a Embraer,
hoje terceira maior fabricante de aeronaves do mundo.
“Esse é o
resultado de ter uma indústria num setor moderno. Podemos ter uma indústria
brasileira na área de satélites tão grande quanto é o setor aeronáutico”,
afirma Perondi.
Déficit - Porém, ele tem
desafios urgentes a resolver para manter o otimismo no crescimento espacial
brasileiro.
O primeiro é o
deficit de servidores federais no INPE. Dos 1.600 empregados públicos de
outrora, hoje o instituto conta com 980 e ainda perderá metade até 2020, principalmente
por aposentadorias.
A meta de
Perondi é contratar 400 servidores até 2018, começando já no ano que vem, com
ao menos 100 funcionários. Mas com a crise, que impactou no orçamento do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a expectativa não é das melhores.
“O INPE tem
grande desafio de renovar seus quadros sob risco de atrasar projetos e perder
capacidade”, disse Ivanil Barbosa, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos
de Ciência e Tecnologia.
Desde maio de
2012, quando Perondi assumiu a direção do instituto, foram realizados dois
concursos e contratados 190 servidores. “Isso nos deu algum fôlego. Mas o
alívio foi pequeno.”
Consultado, o
Ministério do Planejamento, que é quem libera as vagas, disse que não existe
solicitação do INPE para um novo concurso. E que foi autorizado, em janeiro
deste ano, “o provimento de 68 cargos no quadro de pessoal do instituto”,
referente a concurso autorizado em 2014.
O mais grave,
segundo Perondi, é encontrar quadros de gestão, hoje a área mais carente no INPE,
que conta com pesquisadores e tecnologistas.
Imaginando uma
desejável situação ideal, o diretor vê o INPE como indutor da “Embraer dos
satélites”. Para tanto, gastou mais de R$ 300 milhões nos últimos 10 anos
comprando equipamentos nacionais para projetos, como o CBERS (Satélite
Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), em parceria com a China. O quinto
satélite da família está previsto para ser lançado em 2018.
“A parte
brasileira dos satélites foi adquirida aqui, na indústria nacional”, conta Perondi.
E não se trata
de buscar facilidades comerciais. O buraco é mais embaixo. Ou melhor, no caso
de satélites, bem mais em cima. “Esse é o futuro”, avisa Perondi, para quem o
Brasil não pode se furtar de mirar o espaço.
“Os sistemas
espaciais aparecerão em tudo na vida daqui para frente, em todos os estudos
modernos, além do entendimento do espaço profundo que temos a explorar.
Trata-se de uma grande fronteira para a humanidade, e os sistemas espaciais
irão gerar esses dados todos”, completa o diretor.
Fonte: Site do Jornal
“O VALE” - 16/08/2015
Comentário: Bom leitor devo dizer que apesar de não conhecer a
trajetória profissional do Dr. Perondi, a informação que tenho deste
profissional é que o mesmo é uma pessoa muito séria e comprometida com o que
faz. Entretanto e apesar disto, o discurso dele aqui apresentado por esta matéria
do jornal "O VALE" não é diferente dos seus antecessores que falharam em cumprir
com objetivos que já deveriam estar sanados e equacionados há pelo menos duas
décadas. Não quero com isto responsabilizar os diretores que passaram pelo INPE
neste período por terem falhado em equacionar esses problemas, já que os
desgovernos subsequentes são na realidade os únicos responsáveis, pós jamais se
mobilizam para criar as condições legais, financeiras, de infraestrutura
física e humana e principalmente de cobrança por resultados necessárias para que esses gestores pudessem colocar em prática
suas gestões, prejudicando seriamente o trabalho deles. Portanto, diante disso
e apesar da visão e vontade do Dr. Perondi de resolver esses problemas da mesma
forma como os seus antecessores tentaram, na atual conjuntura política a
possibilidade disto ocorrer beira ao quase zero absoluto, apesar de acreditarmos
que seus esforços possam resultar em alguns sucessos pontuais, mas não o suficiente para tirar o PEB da atual situação que se encontra.
O diretor anterior, Gilberto Câmara, gastou uma fortuna num tal de planejamento estratégico. Aliás, parece que tal contrato tem suspeita de ....
ResponderExcluirPerguntas:
- antes o INPE não tinha planejamento de longo prazo?
- quais os resultados do tal planejamento estratégico?
- onde este planejamento está?
E não seria papel da Ministério da Indústria e Comercio junto com o da Ciência e Tecnologia, o tal papel de fomentador da indústria espacial?
Vamos lá Anônimo!
ExcluirAntes o INPE não tinha planejamento de longo prazo?
O INPE tem e sempre teve planejamento de médio e longo prazo.
Quais os resultados do tal planejamento estratégico?
Creio que ficaram bem aquém dos esperado e na atual conjuntura não poderia ser diferente.
Onde este planejamento está?
Se não me engano você pode ter acesso ao mesmo através do site do instituto.
E não seria papel da Ministério da Indústria e Comercio junto com o da Ciência e Tecnologia, o tal papel de fomentador da indústria espacial?
Pode até ser, mas isto fica a cargo somente do MCTI que tem o INPE como seu órgão executor das atividades e o MD (Ministério da Defesa) que atua somente como executor das atividades através do COMAER-DCTA-IAE e da operacionalização dos centros de lançamentos através dos COMAER-CLA-CLBI, tá ok anônimo.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
político brasileiro - especialista em vender ilusões! promete cumprir nada mais que suas obrigações e/ou deveres mínimos até que o seu voto o eleja. depois disto, somente interessado em vantagens pessoais, sejam elas legais ou ilegais! pinta um Brasil de primeiro mundo, cheio de realizações, quase todas graças a sua intervenção! se há problemas, culpa dos demais!
ResponderExcluirdirigentes de órgãos públicas e instituições públicas, estão na mesma classe. são nomeados por pertencerem a uma panelinha, muitos sem pré requisitos que não seja o citado, sem realizações. não tem metas, pintam sua gestão como um sucesso! se há mazelas, culpa de fora!
peçam o plano de metas de curto e médio prazo. anotem! e esperem sentados, pois não cumprem nada! seja que governo for!
engenharia do Inpe, sob a tutela de vários ministros, diretores, gerentes:
ResponderExcluir- desde 1990, um departamento inteiro, com mais de 20 doutores na área de dinâmica orbital e ainda não temos um sistema de controle de atitude brasileiro! O que estes andaram fazendo? Esta desculpa de falta de pessoal não cola!
- "precisou-se" comprar o sistema da Argentina: claro com a implementação de um enorme trem da alegria, com a justificativa de capacitação e treinamento. pergunta: o que estes abençoados, que passaram de um a dois anos em Bariloche com esta justificativa, estão fazendo? para quando mesmo? Mais 25 anos?
- 15 anos de projeto PMM e só se tem um esqueleto! há boatos de perdas de componentes caríssimos, parados no tempo! Dinheiro teve e foi gasto! Cadê o resultado?
Prezado Duda
ResponderExcluirDá para perguntar?
Falta gente para quê? Quais projetos essenciais?
Mandar brasileiros para a Lua? Para Marte?
Então, todos os engenheiros e doutores estão assoberbados de trabalho, trabalhando das oito da manhã às seis da tarde, todos os dias, de SEG a SEX?
Desde quando?
Vamos lá Anônimo!
ExcluirMas antes de responder devo dizer que sua anonimidade não me agrada, mas enfim..
Dá pra perguntar?
Claro
Falta gente pra que?
Para conduzir os projetos em cursos, pois não há a reposição dos profissionais nem em quantidade e nem em qualidade suficiente para conduzir com um mínimo de eficiência os projetos em cursos sejam na área tecnológica ou de pesquisas.
Quais os projetos essenciais?
São vários em cursos em diversas áreas de pesquisa e de desenvolvimento dentro do instituto, mas se só nos referirmos a área de satélites eu diria que são os projetos da PMM, do satélite Amazônia-1, dos satélites do Programa CBERS e de diversas tecnologias sensíveis desta área.
Mandar brasileiros para a Lua? Para Marte?
Em momento algum até o momento o Programa Espacial Brasileiro teve este objetivo, portanto não.
Então, todos os engenheiros e doutores estão assoberbados de trabalho, trabalhando das oito da manhã às seis da tarde, todos os dias, de SEG a SEX?
Evidentemente que não, pois as dificuldades de recursos e as causadas pela falta de condições de trabalho adequado, pela falta de comprometimento governamental e por todos empecilhos já citados que travam o desenvolvimento espacial do país, só em algumas áreas do instituto isto acontece como deveria, mas a área de satélites não é uma delas, sendo por exemplo, o LIT um grande exemplo disso, quando é obrigado a atender outros setores da industria para não manter sua pequena equipe em atividade.
Desde quando?
Creio que todo o processo se iniciou a partir do Governo Collor e de lá pra cá as perdas de profissionais sem a devida reposição acompanhou a falta de comprometimento governamental até os níveis de hoje. O PEB no INPE quando apresentava resultados significativos e promissores na área de satélites chegou a ter algo em torno de quase quatro mil servidores (para atender todas as áreas do instituto) e hoje creio que não chega nem a 1200.
Entretanto, devo lembrar que o problema do PEB não se resume a falta de recursos financeiros e de infraestrutura física e humana. Este problemas se juntam a falta de comprometimento governamental, na falta de uma verdadeira política espacial para o setor, na falta de uma real demanda de projetos que o governo deveria criar e não cria, na falta de uma legislação adequada e principalmente na falta de presença governamental cobrando por resultados, o que explicaria por exemplo, os problemas citados pelo comentário do Anônimo acima de você. Tá ok amigo?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)