O Projeto Laser Interferometer Gravitational - Wave Observatory (LIGO) Iniciará Seus Trabalhos em Setembro
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (10/08) no site da
“Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)” destacando que
o projeto Projeto Laser Interferometer
Gravitational - Wave Observatory (LIGO) iniciará seus trabalhos a partir do mês
de setembro.
Duda Falcão
Notícias
Escola em Ondas Gravitacionais
Projeto LIGO
(Laser Interferometer Gravitational - Wave Observatory)
começará trabalhos
Ricardo Aguiar
11/08/2015
Reprodução
Fotos da Escola em Ondas Gravitacionais.
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No mês de
setembro, o projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational - Wave
Observatory) começará seus trabalhos para tentar detectar, pela primeira vez de
maneira direta, ondas gravitacionais. Membro dessa colaboração internacional, o
pesquisador Riccardo Sturani, do ICTP-SAIFR, foi um dos organizadores da Escola
em Ondas Gravitacionais, realizada no instituto entre os dias 3 e 11 de agosto.
Durante o evento, os alunos, provenientes de diversos países da América do Sul,
tiveram palestras sobre essa recente área da Física que deverá ganhar mais
destaque nos próximos anos com o início das atividades do LIGO.
“Como essas ondas ainda não foram detectadas diretamente,
temos poucos dados e poucas pessoas que trabalham com isso na América do Sul”,
diz Sturani. “O intuito da Escola foi divulgar a área. Através de aulas,
exercícios e discussões, abordamos desde aspectos teóricos até práticos, como
técnicas de análise de dados”.
A Escola contou com a presença de diversos pesquisadores
internacionais de ponte na área, como Alessandra Buonanno (Instituto Max
Planck, Potsdam, Alemanha), Stefano Foffa (Universidade de Geneva,
Itália), Sergej Klimenko (Universidade da Flórida, EUA), Enrico
Ramirez-Ruiz (Universidade Califórnia-Santa Cruz, EUA) e Walter Del Pozzo
(Universidade de Birmingham, Reino Unido).
Ondas Gravitacionais
Ao se moverem, todos os corpos que têm massa produzem
ondas gravitacionais. Essas ondas se propagam pelo espaço assim como uma onda
se propaga na água, porém são muito fracas. Apenas sistemas com grande
quantidade de matéria, como aqueles constituídos por buracos negros, por
exemplo, conseguem produzir ondas gravitacionais detectáveis. Até o momento,
sua existência foi confirmada apenas indiretamente, pela energia que é emitida
em forma de ondas.
Explicando de maneira simplificada, a ideia do LIGO para
detectá-las diretamente é baseada em um sistema de lasers e espelhos. Ao passar
pelo sistema, uma onda deverá alterar o tempo que um laser leva para ir até um
espelho, ser refletido e voltar a um detector. As técnicas de análise de dados
para esse tipo de experimento, como explica Sturani, precisam ser específicas.
“Diferente de muitas outras áreas da Física, nossos
experimentos possuem mais ruídos do que sinais verdadeiros”, afirma o
pesquisador. “Em minhas palestras, falei sobre métodos que podem ser utilizados
em situações como essas”.
A detecção direta de ondas gravitacionais permitiria, por
exemplo, o estudo de corpos astronômicos que não emitem luz, mas que emitem
essas ondas. “Nossa expectativa é que ondas gravitacionais sejam detectadas
diretamente pelo LIGO nos próximos dois ou três anos”, diz Sturani.
Imagens em
Fonte: Site da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (UNESP)
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