Militares Discutem Cooperação em Defesa no 6° Encontro do Grupo do IBAS
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (21/03) no site do
Ministério da Defesa (MD) destacando que militares da Índia, Brasil e África do
Sul discutem até hoje no Rio de Janeiro a Cooperação em Defesa durante a
realização do “6° Encontro do Grupo do IBAS”, e um dos assunto abordados é o Programa Estratégico de Sistemas
Espaciais (PESE).
Duda Falcão
Militares Discutem Cooperação em
Defesa no 6° Encontro do
Grupo do IBAS
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
61 3312-4071
Rio de Janeiro, 17/11/2014 – Cooperação nas áreas de
ciência, tecnologia e engenharia militar estão na pauta de discussões do 6°
Encontro do Grupo de Trabalho Conjunto de Defesa do IBAS, grupo trilateral
formado por Índia, Brasil e África do Sul. Representantes militares e civis dos
três países estarão reunidos na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de
Janeiro, até a próxima quarta-feira (19).
Fotos: Felipe Barra
De
acordo com o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do
Ministério da Defesa (MD), general Aderico Mattioli (na foto acima, de
uniforme do Exército), o objetivo do evento é “encontrar pontos comuns
ainda não explorados”. Segundo o general, os assuntos tratados no encontro já
estão em debate há alguns anos entre os três países.
Para o
diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD, brigadeiro José Euclides,
Índia, Brasil e África do Sul têm níveis de desenvolvimento tecnológico muito
parecidos. Nesse sentido, destacou que alguns projetos são desenvolvidos em
conjunto com as Forças Armadas dos três países e que “a 6ª reunião é uma
oportunidade para ampliar essas parcerias e negócios futuros”.
Programa
Espacial
O
Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) foi tema de uma das
apresentações do dia. Os estrangeiros conheceram a estrutura organizacional do
setor. “Temos cooperação com a Telebras e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais [INPE]”, explicou o coronel Paulo Vasconcellos, do Estado-Maior da
Aeronáutica.
O PESE
foi criado para atender necessidades estratégicas das Forças Armadas e da
sociedade brasileira. A responsabilidade pelo projeto é do Ministério da Defesa,
por meio da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais
(CCISE).
Uma
das missões do programa é prover infraestrutura espacial para ser usada no
Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAZ), no Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), no Sistema de Defesa Aeroespacial
Brasileiro (Sisdabra), no Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), entre
outros.
O
coronel Vasconcellos enfatizou a importância da iniciativa, citando como
exemplo a possibilidade de incrementar a capacidade de comunicações por
satélite “no meio da selva”.
Gripen
NG
A
exposição sobre o programa FX-2, que resultou na assinatura para aquisição de
36 aeronaves suecas Gripen NG, ficou a cargo do gerente-adjunto do projeto,
coronel Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues (foto abaixo). Ele destacou a
enormidade do espaço aéreo a ser controlado e defendido: 22 milhões de km². Em
seguida, esmiuçou os critérios adotados para a escolha pelos caças suecos.
De acordo com o oficial, foram levados em conta cinco aspectos: operacional
(performance, durabilidade), logística (suporte a armamento e simuladores da
aeronave), industrial (certificado e plano de produção), comercial (ciclo de
vida, custo da aquisição) e risco (offset e contratos).
Entre as expectativas com o projeto, a palestra trouxe tópicos como
participação nas exportações, crescimento das companhias brasileiras do setor ao
longo do programa e possibilidade de desenvolvimento de aeronaves construídas
por engenheiros brasileiros e suecos.
KC-390
Sobre os cargueiros KC-390 – maiores já produzidos no Brasil –, o
gerente-adjunto do projeto KC, tenente-coronel Carlos Eduardo de Almeida Coelho,
mostrou algumas especificidades do contrato e as fases do programa.
Atualmente, a iniciativa encontra-se na etapa de detalhamento do
design. A previsão é que a entrega das primeiras unidades aconteça em
2016.
Coelho mostrou aos participantes as principais vantagens deste tipo de avião,
que foi desenvolvido para operar em cenários robustos, tem flexibilidade na
capacidade de tropa a bordo, é ajustável para variadas missões, possui proteção
balística e equipamento que reduz a vibração e o barulho na cabine e comporta
mais tempo de voo, além de demandar menos manutenção.
Neste ano, em outubro, a Força Aérea Brasileira realizou a apresentação
oficial do protótipo do KC-390, em cerimônia realizada na fábrica da Embraer, em
Gavião Peixoto (SP). “O KC-390 vai redefinir as capacidades de transporte aéreo
e recursos para a Aeronáutica brasileira”, salientou o tenente-coronel
Coelho.
África do Sul
Na tarde desta segunda-feira (17), representantes da comitiva da África do
Sul expuseram algumas determinações definidas na última reunião da equipe.
Eles defenderam a sinergia na exportação de suas capacidades e algumas ideias
de áreas para atuar com as demais nações, como o Rádio Definido por
software (SDR – na sigla em inglês), guerra eletrônica e cibernética e
sistemas de vigilância
Fonte: Site do Ministério da Defesa (MD)
Comentário: Bom leitor apesar desta notícia ser no âmbito
militar, já passou da hora de representantes indianos e sul-africanos (desta
comitiva ou de suas respectivas embaixadas) procurarem o Sr. José Raimundo
Braga Coelho ou mesmo o desgoverno da ‘Ogra’ que ele representa, e cobrar mais
atitude em relação ao tal Programa de Satélites do IBAS. Ou alguém já se esqueceu
de que ele existe e foi anunciado entusiasticamente em 15 de abril de 2010, pelo
humorista LULA e pelos seu respectivos colegas da África do Sul e da Índia, durante a realização da Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do
Grupo, ocorrida nesta época em Brasília? Recordo-me que no dia seguinte ao anuncio
do projeto, em uma matéria do jornalista sul-africano Keith Campbell para o site "Engineering News Online” (postada por mim no
BLOG) eu fiz o seguinte comentário: "Essa
noticia do site “Engineering News Online” parece demonstrar o grande significado
que este programa de satélite trilateral tem para o país sul-africano. Mais
completa que as notícias divulgadas no Brasil e na Índia, a mesma nos traz
informações complementares sobre este programa de satélites que não foram
divulgadas nos dois países que compõem o bloco. Como por exemplo, ambos os
satélites serão lançados por foguetes Indianos, a plataforma do primeiro satélite
(o satélite climático) será de origem sul-africana e a maioria dos equipamentos
montados nesta plataforma serão de origem brasileira, que este satélite deverá
ser lançado em dois anos e o segundo satélite (o satélite de observação da
terra) em quatro anos e outras coisas a mais. Não quero jogar água na aparente
empolgação de nossos amigos sul-africanos, mas se esse programa fosse realizado
bi-lateralmente com os indianos as chances de esses prazos serem cumpridos
aumentavam muito, pois do jeito que o programa espacial é conduzido no Brasil,
dificilmente esses prazos serão cumpridos. Tome como exemplo leitor o exitoso
“Programa CBERS” fruto de um acordo assinado com os chineses em 06 de Julho de
1988 que só veio a lançar o seu primeiro satélite em 14 de outubro de 1999, ou
seja, mais de 11 anos depois. Assim é o Brasil. Estou errado? Me cobrem se eu estiver.” Pois então, como eu previ não deu outra. Veja no vídeo da época abaixo a aparente empolgação
do jornalista sul-africano Keith
Campbell, durante a sua entrevista para a bela jornalista Mariaan Webb.
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