Alertas do DETER Estimam Desmatamento Por Corte Raso em 856 km² no Trimestre de Agosto, Setembro e Outubro
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada dia (28/11) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que Alertas do DETER estimam desmatamento por corte raso em 856 km² no trimestre de agosto, setembro e outubro.
Duda Falcão
Alertas do DETER Estimam Desmatamento
Por Corte Raso em
856 km² no Trimestre
de Agosto, Setembro e Outubro
Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014
Nos meses de agosto, setembro e outubro de 2014, as áreas
de alerta para desmatamento por corte raso e por degradação florestal somaram
1.924 km², conforme registro do DETER, o sistema de detecção em tempo real do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) baseado em satélites de
resolução espacial moderada. A operação do DETER é voltada a orientar a
fiscalização em campo para coibir o desmatamento ilegal.
Com base nas proporções de áreas de corte raso, de
degradação florestal e de falsos positivos medidas nas avaliações dos dados do
DETER contra imagens de resolução espacial mais fina (30 m) neste trimestre,
estima-se uma área de 856 km2 de desmatamento por corte raso, 1.000
km2 de áreas com evidências de degradação florestal, além de 68 km2
de falsos positivos.
Em agosto foram estimados 890 km2 de alertas
de corte raso. Em setembro, a estimativa atingiu 736 km2, enquanto
em outubro foi de 298 km2. As distribuições da soma das áreas de
alerta de corte raso, de alerta de degradação e dos falsos positivos nos
Estados, em cada mês, bem como a respectiva cobertura de nuvens, são
apresentadas na tabela a seguir.
|
DETER(*)
Ago (km2)
|
Nuvens
Ago (%)
|
DETER(*)
Set (Km2)
|
Nuvens
Set (%)
|
DETER(*)
Out (km2)
|
Nuvens
Out (%)
|
Acre
|
69,09
|
0
|
22,14
|
0
|
2,92
|
26
|
Amapá
|
0
|
83
|
3,78
|
41
|
0
|
82
|
Amazonas
|
82,73
|
3
|
79,03
|
3
|
21,59
|
27
|
Maranhão
|
3,43
|
13
|
10,01
|
16
|
0,62
|
23
|
Mato
Grosso
|
231,76
|
0
|
370,19
|
0
|
127,14
|
0
|
Pará
|
346,11
|
3
|
139,32
|
19
|
29,29
|
41
|
Rondônia
|
153,78
|
0
|
79,76
|
0
|
103,69
|
0
|
Roraima
|
3,01
|
9
|
29,45
|
5
|
11,06
|
15
|
Tocantins
|
0,29
|
0
|
2,32
|
0
|
1,59
|
0
|
TOTAL
|
890,20
|
5
|
736,00
|
8
|
297,90
|
24
|
(*) Soma das áreas de alerta de corte raso, degradação florestal e
falsos positivos.
Desde 2008, o INPE realiza uma estimativa amostral da
proporção de áreas de corte raso, degradação florestal e falsos positivos, por
meio da comparação dos polígonos do DETER com imagens de melhor resolução, como
as do Landsat.
No mês de agosto foram examinados 1.139 polígonos, 72,4%
das ocorrências que representam 73,5% da área total de alertas. Foi constatado
que 54,3% da área dos alertas se tratam de cortes rasos, 41,3% são áreas de
degradação florestal e 4,4% dos alertas não se confirmaram e foram considerados
falsos positivos. Deste modo, estima-se que em agosto o DETER forneceu alertas
de 483 km2 de corte raso e 368 km2 de degradação florestal.
Para o mês de setembro o INPE examinou 544 polígonos que
representam 64,6% das ocorrências e 79,3% da área total de alertas. Foi
constatado que 31,5% da área dos alertas se tratam de cortes rasos, 65,3% são
áreas de degradação florestal e 4,6% dos alertas não se confirmaram e foram
considerados como falsos positivos. Com base nesta avaliação, estima-se que em
setembro o DETER forneceu alertas de 232 km2 de corte raso e 481 km2 de degradação
florestal.
Na avaliação do mês de outubro, o INPE examinou 306
polígonos que representam 73,2% das ocorrências e 79% da área total de alertas.
Foi constatado que 47,2% da área dos alertas se tratam de cortes rasos, 51,1%
são áreas de degradação florestal e 1,8% dos alertas foram considerados falsos
positivos. Deste modo, estima-se que em outubro o DETER forneceu alertas de 141
km2 de corte raso e 152 km2 de degradação florestal.
Os resultados do DETER devem ser analisados em conjunto
com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por
satélites. As áreas em rosa dos mapas a seguir correspondem aos locais que
estiveram encobertos no período. Nos mesmos mapas, os pontos amarelos mostram a
localização dos alertas emitidos pelo DETER.
Mapa de alertas de agosto,
mês em que a cobertura de nuvens
impediu a observação de 5% da Amazônia.
|
Mapa de alertas de setembro,
mês em que a cobertura de nuvens
impediu a observação de 8% da Amazônia.
|
Mapa de alertas de outubro,
mês em que a cobertura de nuvens
impediu a observação de 24% da Amazônia.
|
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para
outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação
entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER.
Confira os relatórios mensais completos na página www.obt.inpe.br/deter
Sistema de Alerta
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra (OBT)
do INPE, o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na
Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
O DETER utiliza imagens do sensor MODIS do satélite
Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar
polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os
desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens.
Os alertas produzidos pelo DETER foram concebidos e são
produzidos para orientar a fiscalização do desmatamento ilegal na Amazônia. Os
mapas de alertas do DETER são enviados diariamente ao IBAMA com a localização
precisa de eventos de desmatamento e degradação florestal e um indicativo de
área que tem qualidade limitada pela resolução do satélite, que permite
representação acurada de área apenas para eventos de tamanho superior a 100 ha.
Por isso, o INPE não recomenda que os dados de área de
Alertas do DETER sejam utilizados como indicativo do andamento da intensidade
de desmatamento. Para medir esta intensidade o INPE produz desde 1988 o mapa de
desmatamento feito com imagens de resolução de 20 a 30 m (Landsat, CCD/CBERS,
LISS3/ResourceSAT, DMC e SPOT). Deste mapa o INPE calcula a taxa de
desmatamento anual em km2 medida pelo PRODES.
A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é
compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma
ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre
novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando
os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com
evidência de degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios
florestais, que podem ser parte do processo de desmatamento na região.
A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE
apresenta ainda um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios,
assim como demais dados relativos ao DETER, podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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