Governo Interrompe Bolsas do Ciência sem Fronteiras no Exterior
Segue abaixo uma
matéria publicada dia (27/06) no jornal “Folha de São Paulo” e postada no dia
(28/07) no Blog do SindCT, destacando que o Governo interrompeu bolsas do “Programa
Ciência sem Fronteiras (CsF)” no
exterior.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Governo
Interrompe Bolsas do Ciência
sem Fronteiras no Exterior
Folha de SP
Sabine Righetti
27 de junho de 2016
Estudantes de doutorado pleno no exterior do
programa federal de intercâmbio Ciência sem Fronteiras estão enfrentando
problemas para renovar a concessão de suas bolsas –o que já tem deixado alguns
deles sem dinheiro ou em situação ilegal no país em que estudam.
A Folha conversou com quatro doutorandos que
estão nessa situação em universidades do Reino Unido, da Holanda e da Itália.
Eles tiveram a bolsa mensal interrompida indefinidamente após parecer negativo
da Capes, agência federal que participa do programa Ciência sem Fronteiras pelo
MEC (Ministério da Educação).
Cada doutorando tem um contrato de quatro
anos com o governo e deve mandar relatórios anuais de desempenho para que a
concessão da bolsa seja renovada. Com a renovação, que deveria acontecer em
maio, eles ingressariam, em agosto, no 3º ano de doutorado.
O problema é que eles tiveram a renovação da
bolsa indeferida. Ou seja: a Capes considerou insuficiente o relatório anual
desses alunos. Após envio de documentação adicional para revisão do parecer
sobre o relatório, dizem, os doutorandos estão sem resposta e tiveram a bolsa
mensal interrompida.
Não há dados oficiais de quantos doutorandos
brasileiros estejam no mesmo imbróglio –há 2.713 alunos de doutorado com bolsa
plena do governo federal fora do país. Um dos estudantes ouvidos pela
reportagem disse que está sem dinheiro e em situação ilegal. A renovação de seu
visto de permanência no país depende da renovação da concessão da bolsa.
Outro afirma que teve a concessão da bolsa
indeferida com um parecer de três linhas, que alegava que o relatório estava
redundante. "Estou em um instituto de ponta e tenho de seguir as regras,
que não são poucas e nem fáceis", diz Pedro* (nome fictício). "Tive
um parecer muito positivo nas minhas avaliações aqui, ganhei prêmio e nada
disso adiantou."
Ele afirma ter enviado uma série de
documentos para a Capes pedindo a reconsideração do parecer –incluindo uma
carta do seu orientador europeu, que alega bom desempenho acadêmico.
"Imagine se eu tiver de voltar para o Brasil sem o título de
doutorado?", diz Ana* (nome fictício). Ela também teve o relatório
indeferido e aguarda revisão do processo há um mês. "Temo ter perdido dois
anos de minha vida".
A Folha teve acesso à documentação dos
doutorandos ouvidos. Todos pediram anonimato alegando medo "de
retaliação" da agência. Em 2013, a Capes exigiu que bolsistas mencionados
em uma reportagem da Folha enviassem um e-mail para o governo atestando que não
passavam "necessidade nenhuma". A reportagem tratava de problemas de
pagamento de bolsas no exterior
SEM DINHEIRO
A especulação é que, agora, o governo
estaria cortando bolsas no exterior para reduzir custos, diante da atual crise
econômica. Para se ter uma ideia, o investimento mensal para manter um bolsista
de doutorado pleno nos EUA –onde há 573 deles–, em cidade considerada "de
alto custo", é de U$ 1.700 (quase R$ 6.000).
No Reino Unido, que tem 504 bolsistas de
doutorado pleno, o investimento mensal do governo com cada doutorando é de
quase R$ 8.000 em cidades de alto custo. A Capes informou, em nota, que não há
cortes e que renovação da concessão da bolsa não é automática.
Esse processo, diz, passa "por análise
de mérito do progresso das atividades desenvolvidas no exterior". O
problema, dizem os doutorandos, é o governo não ser claro sobre o que espera do
relatório técnico anual.
Além disso, não há prazo estipulado para que
o governo dê uma resposta à documentação enviada pelos estudantes que tiveram
sua bolsa interrompida. Nas redes sociais, em comunidades de estudantes do
programa, há relatos de casos, e as opiniões se dividem.
De um lado, estudantes recomendam que os
bolsistas façam uma "poupança" caso enfrentem o mesmo problema.
Outros dizem que quem teve a bolsa interrompida "não sabe escrever um
relatório científico direito".
Não são só os estudantes de doutorado pleno
do programa que enfrentam problemas. A Folha conversou com um aluno que acabou
de concluir mestrado nos EUA pelo Ciência sem Fronteiras. Ele relata ter ficado
sem diploma por falta de pagamento das taxas à universidade.
De acordo com o jovem, a universidade norte-americana
teria concordado que ele participasse da cerimônia de formatura porque sua
família teria viajado aos EUA. Ele, no entanto, teria saído da festa sem
receber o canudo.
Criado em 2011 como pupila do governo Dilma
Rousseff com objetivo de enviar 101 mil estudantes para as melhores
universidades do mundo, o Ciência sem Fronteiras tem sido alvo de críticas.
Uma das controvérsias é que oito em cada dez
bolsistas são alunos de graduação –há especialistas que dizem que o programa
deveria ter foco na pós. De acordo com uma reportagem recente publicada pela
Folha, menos de 4% dos estudantes foram para uma das 25 melhores universidades
do mundo, segundo o ranking britânico THE (Times Higher Education).
Fonte: Jornal
Folha de São Paulo via Blog SindCT Espacial - 27/06/2016
Comentário:
Pois é, apesar desse Programa ter sido uma boa ideia e ter favorecido
quem estava mesmo querendo uma formação de qualidade, a verdade é que o mesmo
não tinha esse objetivo e não foi conduzido com a competência necessária, pois
na vida leitor, tudo deve partir de um principio básico, ou seja, fazer da
forma correta ou não fazer. Para os petistas de merda o interesse era levar o máximo
de estudantes possíveis selecionados com critérios extremamente discutíveis,
para que assim esses jovens se tornassem potencias eleitores do PT, puro
populismo. Diante disto, muitos jovens despreparados foram com o intuito de passear
as custas do erário público, como bem relatado em diversas ocasiões pelo Jornal
Folha de São Paulo. É claro que o programa proporcionou para alguns alunos que mereciam
uma oportunidade extraordinária de ampliar seus conhecimentos, mas esses eram
minoria, já que o verdadeiro objetivo do programa era escolher o máximo de
estudantes possíveis para atingir a meta estabelecida pela debiloide, ou seja,
101 mil até o final do governo dela, e aí foi gato e cachorro para todo o lado.
Com isso, não era de se estranhar que denuncias por parte de Universidades estrangeiras
começassem a aparecer por toda a parte, afinal para essas universidades o Programa
era sério e tinha como objetivo receber os nossos melhores estudantes, mas não era o que estava
acontecendo, inclusive com denuncias de estudantes que viajaram sequer sem saberem
falar inglês. Na Coreia do Sul , por exemplo, essa ideia foi aplicada com grande êxito durante
as décadas de 80 e 90 mudando completamente o país, que hoje é uma nação muito
desenvolvida. Entretanto, infelizmente para nós o Governo de corruptos, incompetentes e
mal intencionados do nosso Território de Piratas não é o mesmo governo da Coréia. Sendo
assim, consequentemente o resultado é bem diferente.
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