INPE Cria Equipamento Para Upgrade de Observatório de Ondas Gravitacionais
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postada hoje (21/06)
no site “Inovação Tecnológica”, destacando que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) cria equipamento para
upgrade de Observatório de Ondas Gravitacionais.
Duda Falcão
PLANTÃO
INPE Cria
Equipamento Para Upgrade de
Observatório de Ondas Gravitacionais
Com
informações do MCTIC
21/06/2016
[Imagem: Márcio
Constâncio Júnior]
Protótipo de
pêndulos aninhados para eliminação
de interferências sísmicas.
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Pêndulos Aninhados
O INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) está construindo novos equipamentos
que serão instalados no Observatório de Ondas Gravitacionais por
Interferometria Laser (LIGO, na sigla em inglês), responsável pela primeira detecção de ondas
gravitacionais, em setembro do ano passado.
Além de
colaborar com o projeto na análise de dados que confirmaram o fenômeno, o
instituto vai fornecer atenuadores de ruídos para a etapa do LIGO programada
para entrar em operação em 2023.
"Juntamente
com o projeto de análise de dados, o grupo de pesquisadores do INPE trabalha
com o desenvolvimento de atenuadores físicos, porque o maior limitador da
sensibilidade do LIGO em baixas frequências é o ruído sísmico," explica
César Costa, que, ao lado de outro pesquisador brasileiro, Odylio Aguiar,
participou do projeto que detectou as ondas gravitacionais.
"Os
atenuadores que estamos desenvolvendo são basicamente pêndulos aninhados um
dentro do outro que enfraquecem as oscilações que vêm de fora. O ideal é que
não passe nada. Oscilações que aqui no ambiente teriam um metro, lá nos
espelhos do LIGO seriam muito menores que 1 micrômetro, 1 milionésimo de metro,
ou seja, uma medida microscópica," explicou Costa.
Segundo ele, a
tecnologia é 100% nacional e está sendo desenvolvida no Laboratório de
Integração e Testes do INPE, em São José dos Campos (SP), com recursos da ordem
de R$ 500 mil provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Astronomia
de Escutar
Embora
previstas em 1915 por Albert Einstein, as ondas gravitacionais precisaram
esperar um século para que os desafios tecnológicos necessários para a sua verificação
fossem superados.
"Todo o
conhecimento que a gente tem da astronomia vem de praticamente 400 anos para
cá, desde o telescópio de Galileu até os dias de hoje. Isso, graças ao
desenvolvimento dos telescópios na janela eletromagnética.
"Agora
vai haver uma revolução do conhecimento que a gente tem do universo pela
abertura dessa nova janela. Porque antes a gente via o universo, agora a gente
pode escutar. A gente ouviu os buracos negros orbitando um em torno do outro e
se fundindo", afirmou o pesquisador Odylio Aguiar.
Essa
"astronomia de escutar" é possível porque as ondas gravitacionais
detectadas podem coincidir em frequência com ondas sonoras audíveis pelo ouvido
humano - embora nunca com a intensidade suficiente para serem ouvidas. Ondas
gravitacionais de frequências inaudíveis podem ser facilmente convertidas para
serem ouvidas.
"O LIGO
deverá observar todo o universo conhecido. Uma das coisas que faz com que a
gente avance no conhecimento da física é a falta de fatos. As teorias ficam
empacadas, de certa forma, por falta de fatos. Por exemplo, agora com as ondas
gravitacionais, a gente vai poder detectar a fusão das estrelas de nêutrons.
Antes não existiam experimentos que relacionassem as duas.
"O
esmagamento das estrelas de nêutrons em sua fusão vai nos dar informações sobre
mecânica quântica em campo gravitacional intenso. A gente vai aprender como
funciona o relacionamento entre a força da gravidade e a mecânica quântica, e
isso, talvez, nos dê dicas de uma teoria da mecânica quântica que nos explique
essas e outras questões, como a energia escura, que a gente não sabe o que
é", explicou Aguiar.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Comentário: Simplesmente espetacular.
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