LNA Desenvolve Instrumento Astronômico Para Observatório Internacional no Chile
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada hoje (22/06) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que o “Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA)” desenvolve instrumento astronômico para
Observatório Internacional no Chile.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
LNA Desenvolve Instrumento Astronômico
Para Observatório
Internacional no Chile
Primeiro espectrógrafo de alta resolução construído no
Brasil será enviado
para o Telescópio Soar, no Chile. Instrumento, que
promete aperfeiçoar
pesquisas astronômicas, recebeu R$ 2,5 milhões em
investimentos.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 22/06/2016 | 08:00
Última modificação: 22/06/2016 | 08:35
Crédito: Laboratório Nacional de Astrofísica
Telescópio Soar, no Chile, vai receber equipamento
astronômicos produzido no Brasil.
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Pesquisadores do Laboratório Nacional de Astrofísica
(LNA), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações em Itajubá (MG), vão entregar em julho o primeiro espectrógrafo de
alta resolução construído no Brasil. Chamado STELES (Soar Telescope Èchelle
Spectrograph), o equipamento será instalado no telescópio Soar, no Chile, um
consórcio internacional que reúne parceiros brasileiros, norte-americanos e
chilenos.
"Esse instrumento pega a luz de uma estrela, de uma
galáxia e separa em comprimentos de onda. O diferencial é que ele é capaz de
observar numa única imagem desde o ultravioleta até próximo do
infravermelho", explica o diretor do LNA, Bruno Castilho.
Segundo ele, o STELES irá aperfeiçoar as pesquisas
astronômicas permitindo uma medida mais acurada da matéria que compõe os
objetos celestes. "Dá muita vantagem para os astrônomos que poderão
observar vários aspectos do mesmo objeto numa única observação. Ele coletará
informações como a temperatura, a gravidade da superfície, a rotação e a
composição química das estrelas com uma observação apenas. Poucos instrumentos
instalados no mundo são capazes disso."
O equipamento é composto por mais de cinco mil peças, a
maior parte projetada por engenheiros e pesquisadores do LNA. Os investimentos
para a conclusão do STELES somam cerca de R$ 2,5 milhões, dos quais R$ 1,3
milhão são do MCTIC, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).
O restante dos recursos são da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP).
"O projeto, a construção, a montagem e toda a parte
mecânica foram feitos no Brasil. O que não existia no país nós projetamos no
LNA e produzimos em fábricas da região. Tentamos nacionalizar ao máximo o
projeto, importando poucos componentes, como os elementos ópticos",
informa Castilho.
Para o diretor do LNA, isso comprova a capacidade
brasileira em inovar e capacitar pessoas para atuar em ciência, tecnologia e
inovação. "A gente conseguiu construir o equipamento. Isso gera uma
capacitação que é a gente poder construir instrumentos para o Brasil e até para
o mercado internacional. Podemos fabricar no Brasil", ressalta.
Aparelho de Fotografar as Cores da Luz
A espectroscopia é uma técnica que permite captar a luz
do corpo celeste que está sendo observado e separá-la em seus diversos
comprimentos de onda. É o efeito similar ao que ocorre com as gotas d'água na
nossa atmosfera, que dispersam a luz do sol e a separa em seus diversos
comprimentos de onda, resultando em um arco-íris.
O estudo das linhas de absorção da luz permite o cálculo
da quantidade de elementos existentes na atmosfera de um corpo celeste, como
cálcio ou ferro, por exemplo, além de descobrir sua massa, temperatura,
gravidade, raio, e velocidade de rotação.
"Além de mostrar as linhas, o espectro das estrelas
com muitos detalhes, o STELES também consegue observar na região do
ultravioleta, e com isso a gente pode, por exemplo, observar as linhas de
berílio, elemento químico formado no início do universo, durante o Big Bang,
daí pode-se determinar a idade das estrelas e encontrar respostas sobre a
evolução estelar. O STELES vai suprir essa lacuna para pesquisadores
brasileiros e para a comunidade internacional", prevê Castilho.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações e Comunicações (MCTIC)
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