Espectrógrafo Brasileiro Mostrará as Muitas Cores das Estrelas
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postada ontem (28/06)
no site “Inovação Tecnológica”, destacando que Espectrógrafo Brasileiro mostrará as muitas cores das estrelas.
Duda Falcão
ESPAÇO
Espectrógrafo Brasileiro Mostrará
as Muitas Cores das Estrelas
Com
informações do LNA
28/06/2016
[Imagem: Bruno
Castilho/LNA]
O
espectrógrafo é capaz de observar, em uma única imagem,
desde o ultravioleta
até próximo do infravermelho.
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Espectrógrafo
Pesquisadores
do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Itajubá (MG) preparam-se para
entregar, no mês que vem, o Steles, o primeiro espectrógrafo de alta resolução
projetado e construído no Brasil.
O equipamento
será instalado no telescópio SOAR (Southern Astrophysical Research
Telescope), no Chile, um consórcio internacional que reúne parceiros
brasileiros, norte-americanos e chilenos.
"Esse
instrumento pega a luz de uma estrela ou de uma galáxia e a separa em
comprimentos de onda. O diferencial é que ele é capaz de observar, numa única
imagem, desde o ultravioleta até próximo do infravermelho", explica o
pesquisador Bruno Castilho.
Segundo ele, o
Steles aperfeiçoará as pesquisas astronômicas permitindo uma medida mais
acurada da matéria que compõe os objetos celestes. "Há muita vantagem
[...] observar vários aspectos do mesmo objeto numa única observação. Ele
coletará informações como a temperatura, a gravidade da superfície, a rotação e
a composição química das estrelas com uma observação apenas. Poucos
instrumentos instalados no mundo são capazes disso."
Espectrógrafo
STELES
Steles é uma
sigla de SOAR Telescope Echelle Spectrograph, ou Espectrógrafo Echelle
para o Telescópio SOAR.
Echelle, palavra francesa para escada, ou
degraus, é um tipo de superfície que induz a difração da luz por meio de
ranhuras otimizadas para operar com feixes de elevado ângulo de incidência,
obtendo assim difrações de alta ordem.
O instrumento
é usado em espectroscopia, uma técnica que permite captar a luz do corpo
celeste que está sendo observado e separá-la em seus diversos comprimentos de
onda, ou cores.
[Imagem: LNA]
Esquema da
montagem do espectrógrafo no telescópio SOAR.
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O estudo
dessas diversas cores, ou linhas de absorção da luz, permite derivar quais e
quanto de um elemento químico há no corpo celeste, como cálcio ou ferro, por
exemplo, além de ajudar a determinar sua massa, temperatura, gravidade, raio e
velocidade de rotação.
"Além de
mostrar as linhas, o espectro das estrelas, com muitos detalhes, o Steles
também consegue observar na região do ultravioleta, e com isso a gente pode,
por exemplo, observar as linhas de berílio, elemento químico formado no início
do universo, durante o Big Bang. Daí pode-se determinar a idade das estrelas e
encontrar respostas sobre a evolução estelar. O Steles vai suprir essa lacuna
para pesquisadores brasileiros e para a comunidade internacional", prevê
Castilho.
Feito no
Brasil
O equipamento,
composto por mais de cinco mil peças, a maior parte projetada por engenheiros e
pesquisadores do LNA, custou cerca de R$ 2,5 milhões.
"O
projeto, a construção, a montagem e toda a parte mecânica foram feitos no
Brasil. O que não existia no país nós projetamos no LNA e produzimos em
fábricas da região. Tentamos nacionalizar ao máximo o projeto, importando
poucos componentes, como os elementos ópticos," informou Castilho.
Para o diretor
do LNA, isso comprova a capacidade brasileira em inovar e capacitar pessoas
para atuar em ciência, tecnologia e inovação. "A gente conseguiu construir
o equipamento. Isso gera uma capacitação que é a gente poder construir instrumentos
para o Brasil e até para o mercado internacional. Podemos fabricar no
Brasil," ressaltou.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
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