SCD-1: O Pequeno Grande Guerreiro Brasileiro Completou no Dia (09/02) o Seu 32º Aniversário de Lançamento

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No dia 10/02, o portal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) noticiou que o pequeno grande guerreiro brasileiro, o 'Satélite SCD-1', havia completado no dia anterior (09/02), o seu 32º Aniversário de Lançamento, numa trajetória de sucesso e inovação.
 
Imagem: INPE
SCD-1 integrado ao lançador Pegasus

De acordo com a nota do portal, o INPE celebrou os 32 anos do lançamento do Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1), um marco histórico para o Programa Espacial Brasileiro. Lançado em 9 de fevereiro de 1993, a bordo do foguete Pegasus, o SCD-1 foi o primeiro satélite desenvolvido integralmente no Brasil, consolidando a expertise nacional na área de engenharia espacial e abrindo caminho para avanços significativos em monitoramento ambiental, meteorologia e coleta de dados.
 
O projeto original do SCD-1, concebido em 1979, foi inspirado nos estudos realizados por engenheiros do INPE no Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) da França. E o desenvolvimento do SCD-1 envolveu a construção de três modelos auxiliares (estrutural, térmico e de engenharia) e um modelo de voo, submetidos a rigorosos testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE. Os testes iniciais ocorreram em maio de 1986 no Centro Técnico Aeroespacial (CTA), e a fase final de construção do modelo de voo foi concluída em março de 1990.
 
A campanha de lançamento do SCD-1 teve início em novembro de 1992, quando o satélite foi transportado para os Estados Unidos. Em 9 de fevereiro de 1993, após uma decolagem a bordo do foguete Pegasus, lançado por um avião B-52, o SCD-1 foi colocado em órbita com sucesso. O satélite atingiu um perigeu de 729 km e um apogeu de 794 km, com uma inclinação de 24,98 graus, posicionamento ideal para sua missão. Os primeiros sinais do SCD-1 foram captados pela estação brasileira de Alcântara e pela estação da Agência Espacial Europeia (ESA) em Maspalomas.
 
No dia 1º de março de 1993, o SCD-1 começou a receber e processar informações ambientais emitidas por Plataformas de Coleta de Dados (PCDs), localizadas em diversos pontos do país. Esses dados, transmitidos diariamente pelo satélite, são retransmitidos para a Estação Receptora do INPE em Cuiabá (MT), cuja localização estratégica permite uma visibilidade privilegiada das passagens do satélite sobre o território brasileiro. A partir de Cuiabá, os dados são enviados via computador para as instalações do INPE em Cachoeira Paulista (SP), onde são armazenados, processados e disponibilizados para os usuários.
 
Desde então, o SCD-1 tem desempenhado um papel crucial no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais, fornecendo informações essenciais para pesquisas científicas, previsões meteorológicas e o monitoramento de recursos naturais. O satélite opera em órbita baixa, coletando e retransmitindo dados de plataformas de coleta de dados (PCDs) instaladas em locais remotos do território nacional, como a Amazônia e regiões oceânicas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a segurança ambiental do país.
 
A longevidade do SCD-1 é um testemunho do sucesso do projeto e da qualidade do trabalho desenvolvido pelas equipes técnicas e científicas do INPE. Apesar de ter sido projetado para uma vida útil de um ano, o satélite continua em operação, superando expectativas e demonstrando a robustez e a eficiência da tecnologia nacional. Essa trajetória de sucesso reforça a importância do investimento contínuo em ciência, tecnologia e inovação para o progresso do país.
 
Além de suas contribuições técnicas e científicas, o SCD-1 simboliza a capacidade brasileira de dominar tecnologias estratégicas e de atuar de forma autônoma no cenário espacial global. Sua missão inspirou a criação de uma família de satélites de coleta de dados, como o SCD-2, lançado em 1998, e os satélites da série CBERS, desenvolvidos em parceria com a China, consolidando o Brasil como um ator relevante no setor espacial.
 
Neste aniversário de 32 anos, o INPE reafirma seu compromisso com a excelência em pesquisa e desenvolvimento espacial, honrando o legado do SCD-1 e continuando a investir em projetos inovadores que atendam às demandas da sociedade brasileira. O sucesso do SCD-1 serve como inspiração para as futuras gerações de cientistas e engenheiros, que seguirão ampliando as fronteiras do conhecimento e fortalecendo a soberania nacional no espaço.
 
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