Olá, leitor!

Segue abaixo a notícia "ESPAÇO: Militares dos EUA querem um foguete nuclear para cobrir o espaço Terra-Lua", publicada no site covak.com.br, no dia 30/09/2020.

Com essa notícia vem a resposta para a pergunta feita no artigo "Será Esse o Começo de Uma Militarização Disfarçada (ou Explícita) do Espaço?" (veja aqui) que escrevi aqui para o BS em junho de 2018.

Como ainda não temos a ameaça de um cruzador de batalha Klingon chegar na Lua para atacar os astronautas e as instalações da missão Artemis, nos preocupamos muito com essa vontade dos Estados Unidos de por um vaso de guerra espacial patrulhando a região cislunar.

Mesmo com a justificativa de uma prova de conceito, já que essa tecnologia pode ser usada para diminuir o tempo de viagem para Marte para a metade do tempo (de 8 para 4 ou 3 meses), essa nave poderia ser desenvolvida pela NASA, com cunho civil e científico, para explorações fora da zona de influência gravitacional da Terra.

Considerando que atualmente a viagem da Terra para a Lua (com uma distância de ~384.000 km) dura algo entorno de 3 dias, com essa nova nave a economia significaria (a grosso modo), uma redução para 1 dia a 1 dia e meio.

Se o objetivo é manter uma capacidade de consciência situacional nessa região, talvez fosse melhor uma parceria com a NRO para prever e desenvolver alguns USA-Sats para a Lua e/ou para órbitas altas da Terra.

De qualquer modo, essa iniciativa americana pode iniciar uma corrida entre as potências para o desenvolvimento de dispositivos como esse.

Rui Botelho 

Brazilian Space

 ESPAÇO: Militares dos EUA querem um foguete nuclear para cobrir o espaço Terra-Lua

Cavok

 

Por Giordani

 

30 de Setembro de 2020 às 22h00

 

 

Fonte: covak.com.br

 

As Forças Armadas dos EUA pretendem colocar um foguete nuclear em funcionamento, para aumentar sua capacidade de monitorar os acontecimentos no espaço Terra-Lua.

 

A Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) acaba de conceder um contrato no valor de US$ 14 milhões para a Gryphon Technologies. O dinheiro vai apoiar o programa  DRACO (Rocket for Agile Cislunar Operations – foguete ágil para operações cislunares) da DARPA, cujo objetivo principal é demonstrar um sistema de NTP (nuclear thermal propulsion – propulsão térmica nuclear) na órbita da Terra.

 

Os sistemas NTP usam reatores de fissão para aquecer propelentes, como o hidrogênio, a temperaturas extremas e, em seguida, ejetar o gás através de bocais para criar o empuxo. Esta tecnologia possui uma relação empuxo-peso cerca de 10.000 vezes maior do que a dos sistemas de propulsão elétrica e um impulso específico, ou eficiência do propelente, duas a cinco vezes maior do que os foguetes químicos tradicionais.

 

Essas melhorias na tecnologia de propulsão são necessárias para “manter a consciência do domínio espacial no espaço cislunar – o volume de espaço entre a Terra e a lua“, disse a DARPA sobre o programa DRACO.

 

A Gryphon trabalhará para ajudar a tornar essa visão uma realidade. “Estamos orgulhosos de apoiar a DRACO e o desenvolvimento e demonstração do NTP, um avanço tecnológico significativo nos esforços para alcançar a consciência do espaço cislunar“, disse o CEO da Gryphon, PJ Braden.

Fonte: covak.com.br

A DARPA não é a única a ver uma grande promessa em sistemas NTP. O administrador da NASA, Jim Bridenstine, elogiou o potencial da tecnologia para a exploração tripulada de Marte, por exemplo, observando que a espaçonave movida a NTP poderia levar astronautas ao Planeta Vermelho em apenas três a quatro meses – cerca de metade do tempo necessário com foguetes químicos tradicionais.

 

“Isso é absolutamente revolucionário para o que a NASA está tentando alcançar”. A NASA está trabalhando para levar astronautas ao Planeta Vermelho na década de 2030. “Isso nos dá uma oportunidade de realmente proteger a vida, quando falamos sobre a dose de radiação quando viajamos entre a Terra e Marte.“

Fonte: space.com