Em Parceria Com INPE, ITA Desenvolverá Nanossatélite Financiado pela NASA
Olá leitor!
Segue abaixo uma outra nota esta postada hoje (30/12) no site da “Força
Aérea Brasileira (FAB)” tendo como destaque o Projeto do Nanosat SPORT que será
desenvolvido em parceria pela NASA com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Duda Falcão
ESPAÇO
Em Parceria Com INPE, ITA Desenvolverá
Nanossatélite Financiado pela NASA
Equipamento deve ser
lançado a partir da Estação Espacial Internacional e
deve ajudar na
compreensão do clima espacial
Por Ten Jussara Peccini
Edição: Agência Força
Aérea
Fonte: ITA/INPE
Publicado: 30/12/2016 - 08:00h
O desenvolvimento de um nanossatélite
com a participação de dois institutos brasileiros, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica(ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), acaba de ser selecionado, dentre
mais de 70 propostas apresentadas, para financiamento pela NASA, a agência
espacial norte-americana. O equipamento terá como finalidade investigar o clima
espacial.
Imagem ilustrativa do nanosatélite.
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“Espera-se que esta missão possa reunir dados que
aumentem a compreensão dos fenômenos que ocorrem nesta importante camada da
atmosfera e permitam assim alimentar os modelos teóricos da ionosfera que
modelem o seu comportamento, permitindo uma melhoria na previsibilidade destes
fenômenos”, afirma o gerente da plataforma e professor doutor do ITA, Luís
Loures.
A iniciativa é coordenada pelo Marshall Space Flight
Center, centro de pesquisas civil do governo dos Estados Unidos,
que inclui também universidades norte-americanas, e visa lançar o equipamento a
partir da Estação Espacial Internacional (ISS) entre novembro de 2018 e março
de 2019. O cronograma prevê o início da missão em março de 2017. A vida útil do
nanossatélite é estimada em um ano, em função da atividade solar no período e
da dinâmica de voo para o lançamento da ISS.
O nanossatélite, um cubesat de aproximadamente seis quilos,
servirá a estudos sobre a formação de bolhas de plasma ionosférico, que são as
fontes principais de reflexões de radar na região equatorial. A missão
denominada de SPORT (sigla em inglês para Scintillation
Prediction Observation Research Task) investigará o estado da ionosfera que
acarreta o crescimento das bolhas de plasma. Também serão estudadas as relações
entre as irregularidades no plasma em altitude de satélites com as cintilações
de rádio observadas na região equatorial da ionosfera.
A ionosfera é a camada superior da atmosfera terrestre
que se estende de 50 km a 1000 km de altitude, sendo composta basicamente por
elétrons e átomos carregados eletricamente devido à forte incidência da
radiação solar que induz a estes estados. Esta camada é extremamente importante
para a transmissão de ondas de rádio e para a precisão do sinal de sistema de
posicionamento global (GPS). O que ocorre é que a camada ionosférica é
suscetível à formação de bolhas de plasma e cintilações, principalmente nas regiões
próximas ao equador magnético, e estes fenômenos causam distúrbios diversos. A
situação pode ser agravada pela ocorrência de tempestades solares que lançam
grandes quantidade de radiação ionizante em direção à Terra.
“O projeto SPORT permitirá ao instituto a consolidação
de sua competência na área de cubesats,
criando as condições para uma evolução constante na pesquisa em engenharia de
pequenos satélites”, resume Loures.
Tarefas - Ao
ITA caberá o projeto, a integração e os ensaios da plataforma. As universidades
americanas serão responsáveis pela carga útil, ou seja, em elaborar os
instrumentos de medição da ionosfera. O INPE terá a tarefa de coordenar o
segmento de solo, ou seja, controlar o satélite, receber os dados, tratá-los e
disponibilizá-los para a comunidade científica.
Além da Engenharia Aeroespacial, o Departamento de
Física do instituto está envolvido na tentativa de compreensão dos fenômenos
que regem a ionosfera.
Sob o ponto de vista científico, o projeto SPORT
contará com a liderança do professor do ITA Abdu Mangalathayil, considerado o
principal pesquisador brasileiro na área de ionosfera e com atuação
internacional reconhecida. O professor coordenará os trabalhos de estudo da
ionosfera que serão desencadeados pela pesquisa. Também estão envolvidos
especialistas em plasma e em sensores aeroespaciais. Outros professores e
alunos de doutorado e pós-doutorado também participam.
Fonte: Site da FAB - http://www.fab.mil.br/
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