NASA Financiará Nanossatélite Desenvolvido em Parceria Com o INPE e o ITA

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (16/12) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a NASA americana irá financiar nanosatélite desenvolvido em parceria com o INPE e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Duda Falcão

NASA Financiará Nanossatélite
Desenvolvido em Parceria Com o INPE e o ITA

Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2016

A missão SPORT - Scintilation Prediction Observations Research Task, que prevê um nanossatélite para estudos de bolhas de plasma na ionosfera, foi selecionada entre projetos apresentados à NASA para financiamento. A iniciativa é coordenada pelo Marshall Space Flight Center, da agência espacial americana, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O nanossatélite, um cubesat de aproximadamente seis quilos, servirá a estudos sobre a formação de bolhas de plasma ionosférico, que são as fontes principais de reflexões de radar na região equatorial. A missão SPORT investigará o estado da ionosfera que acarreta o crescimento das bolhas de plasma. Também serão estudadas as relações entre as irregularidades no plasma em altitude de satélites com as cintilações de rádio observadas na região equatorial da ionosfera.

Os instrumentos a bordo do satélite serão desenvolvidos pelo centro da NASA e universidades dos Estados Unidos, com a participação de pesquisadores brasileiros. Já a plataforma poderá ser semelhante à do Itasat, nanossatélite universitário realizado em parceria pelo ITA, INPE e instituições de ensino.

No Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos (SP), será realizada a montagem e ensaios necessários para o lançamento do nanossatélite. A responsabilidade pela operação em órbita será do Centro de Controle de Satélites (CCS) do INPE e estações brasileiras de cubesats.

O Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace) do INPE fará o processamento, armazenamento e distribuição dos dados científicos da missão SPORT. As informações da rede de sensores de solo do Embrace na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), combinadas com os dados obtidos pelo cubesat, conferem características pioneiras à missão.

O lançamento, de responsabilidade da NASA, será pela Estação Espacial Internacional (ISS). O cronograma prevê o início da missão em março de 2017, sendo que o seu lançamento e comissionamento deverá ocorrer entre novembro de 2018 e março de março de 2019, com uma vida útil de um ano, em função da atividade solar no período e a dinâmica de voo para o lançamento da ISS.

Pesquisadores e tecnologistas de várias áreas do INPE participaram do desenvolvimento da proposta agora contemplada pela NASA. Sob o encaminhamento do ITA, está sendo submetido à FAPESP um projeto temático para o orçamento da parte nacional da missão, bem como sua extensão.

Participantes da missão durante visita ao LIT-INPE.


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: Esta sim é uma grande notícia para se começar a semana, principalmente porque será financiada e cobrada por uma Agencia séria que preza por resultados. Entretanto leitor tenho duas perguntas: Porque não incluir um instrumento ou experimento brasileiro abordo do satélite ou então desenvolver no Brasil um dos instrumentos previstos??? A outra pergunta é porque não desenvolver no Brasil a plataforma cubesat do satélite, já que se não me engano a plataforma do ITASAT-1 foi fornecida pela subsidiária brasileira da empresa holandesa  Innovative Solutions In Space  (ISIS). Note leitor que caso se use a plataforma holandesa e o Brasil não inclua ou desenvolva algum dos instrumentos previstos, teremos de classificar este satélite de tri-nacional, sendo a participação brasileira restrista a parte do financiamento e do controle do satélite. Em minha opinião é preciso rever isto. Acredito que a equipe liderada pelo Dr. Otávio Durão no INPE e pelo o Dr. Luís Loures no ITA, serão quem deverão conduzir o desenvolvimento no Brasil deste projeto.

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