A Esperança é a Ultima Que Morre - Sonhando Com Um Brasil Potencia Espacial

Olá leitor!

Com o exitoso lançamento no dia 09/12 do “Tubesat TANCREDO-1” da galerinha de Ubatuba-SP (na primeira fase do lançamento em direção a ISS, e na segunda fase o TANCREDO-1 será ainda posto em órbita da Terra através de um dispositivo de lançamento japonês), para registro histórico o primeiro picosatélite brasileiro e um dos dois primeiros tubesats (o outro foi o OSNSAT lançado no mesmo voo do TANCREDO-1, desenvolvido que foi pela empresa californiana Open Space Network) da história da Astronáutica Mundial a serem lançados em orbita da Terra, restam agora na programação de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB) os lançamentos dos nanossatélites ITASAT-1, do 14-BISAT, do NANOSATC-Br2 e por ultimo o maior deles, o do CONASAT.

Vale dizer leitor que segundo o que está programado os três primeiros nanossatélites (ITASAT-1, 14-BISAT e o NANOSATC-Br2) deverão ser lançados ao espaço durante o ano de 2017, mas o CONASAT não tem ainda previsão confiável de quando, como e de onde será lançado ao espaço.

Desde que o incompetente presidente da AEB, o Sr. José Raimundo Braga Coelho, resolveu transformar este órgão (já conhecido como cabide de emprego, e também pela ineficiência e insignificância política) em uma Agencia Espacial de Brinquedo, com o seu apoio os pequenos satélites lançados até hoje pelo Brasil foram os seguintes:

Cubesat NanosatC-Br1.
NANOSATC-Br1:  Cubesat 1U desenvolvido pelo Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Lançado ao espaço em 19 de junho de 2014 da Base de Dombarovsky, Oblast de Oremburgo, Rússia, através de um foguete ucraniano Dnepr, este primeiro cubesat brasileiro encontra-se operacional no espaço ate´hoje, demonstrando com isso como foi eficiente coordenação do projeto conduzido pelo Dr. Nelson Schuch (CRS-INPE) e pelo Dr. Otávio Durão (INPE-SJC). Este pequeno satélite em foma de cubo tinha como objetivo realizar duas missões no espaço, sendo uma científica e a outra tecnológica. O objetivo científico da missão era fornecer monitoramento da magnetosfera da Terra através da medição do campo magnético terrestre sobre o Brasil e também estudar os fenômenos magnéticos da Anomalia Magnética do Atlântico Sul e do setor brasileiro do eletrojato equatorial.  Já a missão tecnológica deste satélite consistia em testar, em voo, circuitos integrados (CIs) projetados no Brasil e financiados pelo Projeto CITAR-FINEP para resistência à radiação com um objetivo maior de futuramente serem possivelmente usados em missões com outros satélites brasileiros de maior porte.

Cubesat AESP-14.
AESP-14: Cubesat 1U desenvolvido por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e considerado o peimeiro Cubesat construído e desenvolvido integramanete no Brasil. Lançado ao espaço em 10 de janeiro de 2015 (primeira fase de lançamento em direção a ISS) da Base da Força Aérea Americana de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), através de um foguete Falcon 9 da empresa americana SpaceX , este satélite voo na mesma missão da espaçonave Dragon (desenvolvida pela SpaceX) , que levava suprimentos para a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS). No dia 5 de fevereiro de 2015, foi então finalmente lançado da ISS em óbita (segunda fase do lançamento), mas ficou inoperante por não ter conseguido estender a antena de transmissão como deveria. Vale dizer que os técnicos do ITA tentaram reverter o problema por 15 dias, mas após este período a carga da bateria do dispositivo acabou. Sendo assim, em 4 de março de 2015, após passar um mês em órbita, o AESP-14 foi finalmente declarado inoperante pela AEB devido da falha no sistema de abertura da antena de transmissão, um fim melancólico para um projeto que se esperava muito.

Nanosatélite SERPENS-1.
SERPENS-1:  Cubesat 2U (classificado como nanosatélite) primeiro satélite do projeto SERPENS (Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites) criado pela nossa Agencia Espacial de Brinquedo (AEB), foi desenvolvido pela Universidade de Brasília (UnB) e um convênio acadêmico com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),  Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Federal Fluminense (IFF) e das instituições estrangeiras Universidade de Vigo (ESP), Sapienza Università di Roma (ITA), Morehead State University e California State Polytechnic University (EUA). Este nanosatélite brasileiro infelizmente teve uma coordenação inicial da sua coordenadora italiana da UnB bastante sofrível, com erros infantis sendo cometidos que atrasaram o cronograma de desenvolvimento e evidentemente o lançamento do satélite. Porém graças à dedicação dos alunos envolvidos com este projeto que caminhava para um estrondoso fracasso, o SERPENS-1 veio ao final se tornar um grande sucesso, cumprindo exemplarmente a sua missão. Lançado ao espaço em 16 de agosto de 2015 em direção a ISS (primeira fase do lançamento) por um foguete japonês, finalmente foi posto em órbita às 9h (horário de Brasília) do dia 17 de setembro de 2015, a partir do módulo Kibo JEM (Japanese Experiment Module) da Estação Espacial Internacional (ISS), através do deployer CubeSat JSSOD. J japonês, de onde então permaneceu por seis meses no espaço, finalmente vindo a se desintegrar na atmosfera na madrugada do dia 27 de março de 2016. O SERPENS-1 tinha como principal objetivo prover experiências práticas aos estudantes envolvidos no projeto, o satélite embarcou sistemas em redundância, ou seja, para cada subsistema necessário à missão de coleta de dados, o SERPENS levou ao espaço uma versão de segurança e uma versão experimental. Nos subsistemas com arquitetura de segurança, foram utilizados componentes específicos para o espaço ou que já haviam sido testados com sucesso em órbita. Já nos sistemas com arquitetura experimental, foram usados componentes chamados “de prateleira” (ou COTS, do inglês: Custom Of The Shelf), que são itens comerciais que não são produzidos especificamente para operação no espaço, mas que são facilmente acessíveis a estudantes e comuns nas bancadas de laboratório das universidades. Essas redundâncias deram mais liberdades aos estudantes para construírem subsistemas experimentais, produzirem software ou testar designs nunca utilizados no espaço, pois a missão de coleta de dados estaria garantida mesmo com a perda de sinal ou falha de algum sistema experimental. Ao final uma missão bem sucedida e segundo se comenta sofrerá continuidade com o desenvolvimento de um novo satélite, só que dessa vez sob a coordenação da UFSC.

Tubesat Tancredo-1.
E o ultimo (o quarto) foi o "Tubesat TANCREDO-1" (picosaletélite) já citado, mas fala-se (como já dito acima) na continuidade do Programa SERPENS, do Programa CONASAT e também da continuidade do Projeto UBATUBASAT, mas por enquanto só são promessas com muita água ainda para rolar embaixo dessa ponte, especialmente quando se trata do nosso ‘Patinho Feio’.

Também não se pode deixar de citar a fantástica Missão Lunar Garatéa-L da Airvantis/USP, missão privada brasileira prevista para ser lançada em 2020 que utilizará uma plataforma 2U (nanosatélite) desenvolvida no Brasil, plataforma esta ainda pouco utilizada mundialmente de uma categoria que eu denominaria de “Nanosat Space Probe”, e que colocará o Brasil em evidencia internacional.  

Diante disto leitor, e das perspectivas que poderão surgir nos próximos anos nesta área de pequenos satélites e sondas espaciais, o Brasil precisa urgentemente do seu Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), não podemos continuar dependendo de serviços estrangeiros de lançamentos, e muito menos de promessas vazias e fantasiosas de Coelhos da vida, temos de encontrar urgentemente uma solução, e hoje eu acredito que esta solução passa pela iniciativa privada, mas o governo tem de fazer a sua parte gerando demanda com compromisso, para assim atrair o interesse privado. Já diz o ditado: "A esperança é a ultima que morre", ditado este que continua movendo as ações engrandecedoras de profissionais como o Professor Carlos Henrique Marchi da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o elétrico Prof. Alysson Diógenes da Universidade Positivo (UP), o Eng. Lucas Fonseca da empresa AIRVANTIS, entre outros, que continuam sonhando com um Brasil Potencia Espacial.

Duda Falcão

Comentários

  1. Olá Duda e todos,
    eu sei que muitos vão discordar de mim, mas de todos os presidenciáveis para 2018, o único que vem falando em todos os lugares que o Brasil precisa ser independente tanto na área de foguetes quanto de satélites. Nem o Bolsonaro que muitos falam que a solução para os problemas do Brasil fala isso. Eu até venho divulgando vídeos do Ciro no meu canal no youtube porque sei que ele é nacionalista e preparado de verdade e me lembra muito o Enéas. Enfim, é só minha opinião e sintam-se livres para discordar.

    https://www.youtube.com/watch?v=eMy3UwS9AZA

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    1. Olá Felipe Dias!

      Não se deixe enganar, a escola é a mesma, só esta seguindo uma estratégia para atrair pessoas como você, o Ciro Gomes é um verme como qualquer outro.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Olá Duda,
      Eu entendo a sua raiva para com todos os políticos, mas pela história como político e por nunca ter o nome atrelado a nenhum tipo de corrupção e por ter um projeto nacionalista e desenvolvimentista para o Brasil, eu ainda acredito que ele é o nome certo para ser o novo presidente, mas respeito a sua opinião.

      Abs,
      Felipe Dias

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