Fotografias do Universo São Usadas Para Ensinar Astronomia na 14ª Jornada Espacial em SJC
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (12/12) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), desatacando que fotografias do universo
foram usadas para ensinar astronomia durante a realização da oficina “Brincando
com as Constelações” do Programa AEB Escola, aos estudantes na 14ª Jornada
Espacial, em São José dos Campos (SP).
Duda Falcão
Fotografias do Universo São Usadas
Para Ensinar Astronomia
Coordenação de Comunicação Social – CCS
12/12/2016
Fotos: Gleice Oliveira/AEB Escola
Lucas Ferreira orienta alunos na oficina
Brincando com as
Constelações.
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A oficina Brincando com as Constelações que ensina a Astronomia a partir do uso de fotografias do universo foi a principal atração apresentada pelo Programa AEB Escola, da Agência Espacial Brasileira (AEB), aos estudantes na 14ª Jornada Espacial, na última terça-feira (06.12), em São José dos Campos (SP).
A atividade com orientação do colaborador do AEB Escola,
Lucas Ferreira consiste em identificar as constelações em uma fotografia do
Astro Project Brazil, projeto idealizado em parceria com o fotógrafo americano
Dennis Asfour.
Para identificar o conjunto de estrelas, o estudante deve
recortar o desenho da constelação e sobrepor a região correspondente na
astrofoto. “O trabalho é um exercício de imaginação e aprendizado, pois é
possível simular a observação do céu noturno e identificar as constelações que
existem no universo”, explicou o colaborador.
Lucas ressaltou ainda que a astrofotografia é um método
de capturar imagens de eventos celestes, por meio de registros gráficos ou
fotográficos. Essa prática possibilita o entendimento do comportamento do
universo e de corpos celestes, como o sol, lua, planetas, cometas, estrelas, nebulosas
e galáxias.
A oficina didática tem o objetivo de despertar o
interesse do estudante de forma lúdica ao mesmo tempo em que aprende conteúdos
como história, física, química, sociologia e filosofia. Para realizar a
atividade foi utilizada uma astrofotografia impressa do céu noturno do verão do
hemisfério Sul, acompanhada de artes das constelações impressas em material
transparente, tesoura e fita adesiva.
“A oficina Brincando com as Constelações foi a melhor
atividade que participei durante a Jornada, pois trata de astrofotografia, uma
das áreas que gostaria de trabalhar no futuro”, afirmou o estudante de João
Pessoa, Sidney Holmes. Ele ainda acrescentou que não conhecia a técnica de
identificar constelações utilizando fotos, mas a ideia é ótima para iniciar o
estudo e a localização das estrelas.
Palestras – Outa atividade que chamou a atenção
dos alunos foi a palestra Introdução ao Direito Espacial, ministrada por Álvaro
Fabrício dos Santos, da Consultoria Jurídica da União (CGU) de São José dos
Campos.
No início da apresentação Álvaro explicou que o Direito
Espacial busca regulamentar a exploração no espaço em prol da segurança da
humanidade, ou seja, é o ramo do Direito Internacional público que interessa a
todos os países.
De acordo com Álvaro, a exploração espacial é sempre
responsabilidade dos países independentemente de ser feita por empresa privada
ou pública. Segundo ele, o país de origem é quem responde as consequências das
atividades no espaço. Nesse contexto o Direito Espacial regula as explorações
do espaço das organizações nacionais e internacionais.
No Brasil não existe uma legislação, mas a Agência
Espacial Brasileira (AEB) criou duas portarias que aprovam o regulamento sobre
os procedimentos necessários para a solicitação, avaliação, emissão e
acompanhamento de licenças para realização de atividades de lançamentos
espaciais no território brasileiro.
Para quem deseja conhecer mais sobre o Direito Espacial,
o palestrante indicou a leitura do livro Introdução ao Direito Espacial, de
autoria do José Monserrat Filho, vice-presidente da Associação Brasileira de
Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA) e diretor honorário do Instituto
Internacional de Direito Espacial. Monserrat também foi chefe da Assessoria
Internacional da AEB.
Visitas – Na segunda-feira (05.12), os alunos
conheceram as instalações do Programa de Estudo Monitoramento Brasileiro do
Clima Espacial (Embrace) e do Laboratório de Integração e Testes (LIT), no
campus de São José dos Campos.
No início da manhã, os estudantes conheceram o centro de
operações do Embrace, onde foram recebidos pelo gerente de operações do
laboratório, Marcelo Banik de Pádua. O gerente esclareceu que o Embrace analisa
os fenômenos que afetam o meio entre o Sol e a Terra, já que o comportamento da
estrela pode causar diversos problemas, como atingir o sinal de canais via
satélite e até mesmo aparelhos de localização de Sistema de Posicionamento
Global (GPS), entre outros problemas graves.
“O trabalho do Embrace é emitir alertas úteis para
operações de satélite, sistema de navegação, de aeronaves, linhas de
transmissão de energia e até mesmo plataformas de petróleo”, explicou Marcelo.
As informações do clima espacial estão disponíveis no
portal do Embrace. Ao acessar o site, o usuário pode acompanhar todos os
produtos de clima espacial que são gerados no Brasil. Também é disponibilizado
um boletim diário e uma central de notícias sobre clima espacial. Todos os
dados são analisados por uma equipe de especialistas da área de astronomia,
geofísica espacial, aeronomia e informática.
O estudante do Espírito Santo, Gabriel Gandra, disse que
se sente privilegiado pela oportunidade de conhecer de perto o trabalho de
monitorar os eventos que ocorrem entre o Sol e a Terra. “Muitos trabalhos
científicos essenciais para a nossa vida, realizados no Brasil são
desconhecidos. Por exemplo, o monitoramento das explosões solares e os efeitos
que podem causar em nossa vida é um fenômeno de extrema importância, mas poucas
pessoas conhecem no país”, ressaltou.
A visita ao LIT foi guiada pelo gerente de relações
industriais, Ciro Hernandes, que apresentou aos professores e estudantes as
instalações do laboratório responsável pela montagem, integração e testes de um
satélite artificial a ser colocado na órbita da Terra. “O LIT propicia as condições
ambientais, nas quais o satélite fica sujeito, desde seu lançamento até sua
operação em órbita. São simuladas no laboratório condições como vibrações
mecânicas e acústicas, que ocorrem durante o lançamento; as condições de vácuo
e temperaturas adversas, que ocorrem durante a operação em órbita e a
susceptibilidade às radiações eletromagnéticas, que ocorrem no espaço ao redor
de sua órbita”, explicou Ciro Hernandes.
Estudantes aprendem a identificar conjunto de estrelas utilizando uma astrofoto.. |
Alunos visitam o Embrace e tiram dúvidas
com Marcelo de
Pádua.
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Professores e estudantes visitam às instalações do LIT.
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Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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